— Fernanda/Nanda, está na casa do Caio, seu namorado; os dois acabaram de transar.
Fernanda: Caio, eu não entendo por que é que você nunca é carinhoso comigo na hora em que estamos transando? Não tem aquele carinho, delicadeza, é tudo tão rápido e bruto que às vezes me causa até dor.
Caio: kkkk Fernanda, o negócio é gozar, e não ficar com essa frescura que tu vê em novela e filmes de romance.
Nanda: do jeito que você fala, até parece que só quer sentir prazer.
Caio: "Fernanda, relaxa e esquece isso, eu juro que vou casar com você, eu gosto de você, você é muito gostosa!"
Nanda: "Gosta?" Quando vai dizer que me ama? Gostar não é amar, Caio!
Caio: essa conversa já deu, é melhor você ir para casa e sossegar a mente. Eu vou casar com você e lhe dar uma vida de rainha, como você tanto quer.
Nanda: será?
Caio: você está me estressando demais, Nanda, vaza daqui, paciência tem limite e a minha já acabou, confia em mim, eu vou te fazer feliz.
— Nanda não diz mais nada, veste a roupa e sai, indo para sua casa!
Olá, meu nome é Fernanda Lopes Almeida, tenho 17 anos e resido em Cajazeirinhas, no Sertão da Paraíba. Vivo com minha mãe e com o homem que afirma ser meu pai. Vivemos em uma propriedade rural modesta. Meu pai é um homem agressivo, discute muito com minha mãe e já a agrediu várias vezes. Ainda assim, ela se vê obrigada a conviver com ele, pois ele a ameaça de morte caso ela o abandone. Fico indignada com isso. Como é possível que uma mulher não possa ser livre? Estou namorando o Caio há um ano. Gosto dele, mas às vezes me pergunto se é realmente gostar ou apenas hábito. Ele definitivamente não é o príncipe dos meus sonhos, mas mesmo assim continuo o relacionamento.ele nunca me obrigou a nada e afirma que vai se casar comigo e me proporcionar uma vida de rainha. Muitas vezes, duvido dessas promessas, mas vamos deixar as coisas seguirem seu curso e ver no que dá. Faço bicos e limpo casas de pessoas que vivem bem na cidade. O lugar aqui é pequeno e com poucas oportunidades de emprego. Sempre fui muito dedicada aos estudos e, aos 16 anos, terminei o ensino médio. Tenho um sonho que talvez nem toda mulher compartilhe. Muitas desejam ser modelos, médicas, advogadas, professoras e outras profissões, mas eu sonho em aprender a pilotar um avião. Nunca viajei, mas só de ver pela televisão e pelo celular, imagino como deve ser incrível voar. No entanto, não quero isso como profissão, apenas como hobby. Já sei dirigir carro, uma amiga minha me ensinou. Tenho uma amiga que mora em Porto Alegre, a conheci pela internet em um grupo de leituras online de uma autora maravilhosa, minha amada Thay. Minha mãe trabalha na roça e, às vezes, lava roupas para algumas senhoras da cidade. O indivíduo que se diz meu pai é motorista de ônibus e diz que nunca tem dinheiro, mas sabemos que ele gasta tudo com mulher e bebida. Minha mãe e eu é que compramos as coisas para casa. Muitas vezes, ficamos sem comida suficiente, mas Dona Maria, uma vizinha que considero como avó, sempre nos ajuda. Meu pai só compra as carnes. Nossa vida é bastante desafiadora, mas, apesar disso, somos felizes. A única razão pela qual não somos mais felizes é por causa do meu pai, que é um péssimo marido e um péssimo pai.Minha mãe e eu temos uma forte ligação com Deus e sempre confiamos nossas vidas ao único que realmente pode cuidar e ajudar. Quem sabe um dia possamos melhorar de vida, mas por enquanto vamos vivendo conforme Deus permitir. Minha mãe costuma dizer que o amanhã pertence apenas a Deus e que cada processo em nossa vida tem um grande propósito.
Nanda: "Oi, mãe, está tudo bem?" Estava chorando?
Adriana: oi, filha, nada não! —omite sua tristeza—
Nanda: Mãezinha, eu te conheço, figa logo, foi aquele traste que se diz meu pai? O que ele fez?
Adriana: o de sempre, filha, batendo em minha cara, me obrigando a transar com ele.
Nanda: "Mãe, denuncia esse traste!" A senhora vai viver a vida toda assim, mãe? Não só tem ele de homem no mundo, não, na verdade ele nem de homem merece ser chamado!
Adriana: "Cuidado, minha filha, para não cair na mesma rede do inferno que eu caí. Aquele Caio não me passa confiança!"
Nanda: relaxa, mãezinha!
Adriana: eu sei que você e ele já vivem tendo relação sexual, cuidado, meu anjo, para não engravidar, o que seria de não duas com uma criança agora? Se às vezes quase passamos fome.
Nanda: eu não vou, mãe, eu sou muito nova, e tenho muito o que viver, sonhos a realizar e um dia, mãe, a gente vai sair daqui, eu tenho fé, eu posso não ter dinheiro, mas eu tenho Deus, e se a vida for realmente como a senhora diz, que todo processo é por um propósito, então um dia viveremos esses propósitos. Te amo, não fique triste, eu seria bem mais feliz se a senhora deixasse o meu pai.
Adriana: eu também, filha, mas tenho medo do que ele pode fazer contra nós duas, então vou aguentando essas facadas da vida.
— As duas se abraçam —
— Já pela noite, por volta das 21 horas, o pai da Nanda chega, morto de bêbado, procurando por Adriana.
Bruno: Adrianaaaa – chega gritando –, cadê tu, vagabunda?
— Adriana está no quarto lendo um livro quando então escuta os gritos e vai até a sala.
Adriana: que foi, Bruno? Isso é jeito de chegar falando?
Bruno: eu falo como eu quiser, sua idiota, estou com fome.
Adriana: tem pão com manteiga na cozinha e um bolo que Maria me deu.
Bruno: coloque para mim.
Adriana: nem isso tu não faz?
Bruno: tenho mulher pra que? Vá colocar agora, e, daqui a pouco, quero comer buc€t@.
Adriana: Bruno, eu não sou sua escrava nem objeto de prazer. Estou cansada dessa vida submissa. Nosso casamento é um fracasso, nunca recebi amor, carinho ou qualquer toque que me fizesse sentir amada. Fui tola ao me casar com você para agradar meus pais, e agora estou aqui passando por um verdadeiro calvário. Vá e prepare sua própria comida.
— Bruno lhe dá um tapa na cara, e Nanda vê.
Nanda: ficou maluco, seu idiota?
Bruno: "Olha como fala comigo, garota, eu sou seu pai."
Nanda: palhaço, e dos piores, pois até agressor de mulher você é. Um dia eu saio daqui e levo minha mãe. Isso não é vida, é um inferno.
— Ela diz e vai para o quarto. Adriana vai atrás e Bruno vai para a cozinha.
...----------------...
—Isso é apenas o começo de um longo processo, mas Deus nunca desampara os seus. Toda dificuldade e batalha em nossa vida chega ao fim.
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Atualizado até capítulo 39
Comments
Rhaila Maria Gouveia da Silva
ain...que vontade de bater nesse Bruno até ficar em coma no hospital ou morrer de vez que lixo não dar de pra chamar de homem 😤
esse Caio é outro que tenho certeza que também vai merecer a morte 😈
2025-09-07
11
Adriana Santos
Essa história relata a realidade da vida, muitas famílias passam por isso e não tem coragem de sair de casa, tem medo do agressor e não tem coragem de denunciar um tipo de homem desse. Essa história promete.
2025-09-07
3
Solaní Rosa
esse Bruno é um covarde infeliz, que vontade de quebrar a cara desse monstro e o Caio é outro monstro
2025-09-07
4