Alice Dias
O dia seguinte amanheceu com uma luz dourada que parecia mais intensa do que o normal. Eu me arrastei até a varanda do hotel, olhando para a cidade que nunca dormia. Las Vegas continuava pulsando lá fora, mas dentro de mim, um turbilhão de sensações girava sem controle. A lembrança de Alexandre Toledo não me deixava em paz. Cada detalhe dele, cada palavra, cada gesto… tudo queimava minha mente como uma chama que eu não podia apagar.
Foi então que recebi a mensagem:
"Encontro às 20h, salão do hotel. Só você."
— Alexandre.
Meu corpo respondeu antes da mente. Um arrepio percorreu minha espinha. Eu sabia que estava entrando em território perigoso, mas havia algo viciante na forma como ele me consumia apenas com presença e palavras.
À noite, vesti algo simples, mas elegante. Um vestido que destacava minhas curvas sem revelar demais. Ao chegar ao salão reservado, o ambiente estava escuro, iluminado apenas por lustres de cristal e velas que lançavam sombras dançantes nas paredes. Ele estava lá, encostado em uma poltrona de couro, com o terno perfeitamente ajustado, olhando para mim como se cada passo meu fosse um presente que ele estava ansioso para desembrulhar.
— Alice… — Ele murmurou meu nome como se fosse a melodia mais deliciosa do mundo. — Você está maravilhosa.
Eu engoli em seco, sentindo cada palavra dele atravessar meu corpo. O calor se acumulava em minhas costas, nas mãos, no peito. E ainda assim, tentei manter a postura firme.
— Boa noite, senhor Toledo. — Minha voz soou mais firme do que eu me sentia.
— Pode me chamar de Alexandre. — Ele se aproximou, medindo cada passo com calma, como se cada movimento tivesse sido calculado para me deixar vulnerável. — Gostaria de conhecer suas regras. Ou será que você não tem coragem de jogar?
Não foi apenas uma pergunta. Foi uma provocação. Eu sabia que aceitar aquele jogo significava me render, e cada fibra do meu corpo gritava que eu queria ceder. Mas a mente lutava. Casamento. Moral. Tudo que era “correto”.
— Eu não jogo. — Tentei soar firme, embora minha voz tremesse.
Ele sorriu, um sorriso lento e calculado, e deu um passo mais próximo. O ar parecia carregado, mais denso, mais íntimo. Senti o calor dele antes mesmo de perceber o cheiro inebriante do perfume amadeirado.
— Ah, mas você já está jogando, Alice. — Ele se inclinou levemente, e a ponta dos dedos dele tocou o braço, de forma tão sutil que quase parecia casual. — Cada olhar, cada hesitação… cada pensamento seu sobre mim. Isso é um jogo muito mais perigoso do que qualquer aposta em Las Vegas.
Um arrepio subiu da minha nuca até a ponta dos dedos dos pés. Meu corpo reagia contra a minha vontade, cada nervo vivo respondendo à presença dele, ao toque mínimo, à voz grave que parecia me envolver. Eu queria recuar, mas meus pés não se moviam. Eu queria falar, mas minha boca secava.
Ele se aproximou ainda mais, tão perto que eu podia sentir o calor do corpo dele. O toque das mãos dele parecia convidativo, quase proibido. Uma tensão elétrica entre nós se formou, carregada de promessa e perigo.
— Alice… — Ele baixou a voz, tão próxima que o som parecia roçar minha pele. — Você sabe que eu posso fazer você querer isso. Só precisa deixar.
Eu engoli em seco, tentando não ceder ao impulso de estender a mão, de me aproximar, de permitir que ele quebrasse todas as barreiras que eu ainda tentava manter. Mas a verdade era clara: cada palavra dele, cada gesto, já tinha me possuído.
Aproximei-me, só um passo, e senti o perfume dele envolvendo minha mente, desarmando meu raciocínio. Ele sorriu, como se tivesse esperado exatamente por isso.
— Um passo por vez, Alice. — Ele murmurou, tão próximo que podia sentir sua respiração. — Mas saiba: uma vez que o próximo passo seja dado… o jogo muda para sempre.
Meu corpo queria avançar, minha mente gritava para parar. Mas no fundo, eu sabia que já estava perdida. Ele não precisaria me tocar mais. A presença, o olhar, o poder que emanava dele já me consumiam por inteiro.
A noite avançou em silêncio tenso, nossos olhares se cruzando como facas, medindo forças, desejos e limites. Cada gesto dele era calculado, cada palavra uma provocação. Não havia pressa, não havia intimidade física ainda, mas o erotismo do poder, do controle e da tensão era sufocante. Eu sentia cada fibra do meu corpo reagir, cada músculo tenso, cada batida do coração acelerada.
Quando finalmente me retirei do salão, sentindo minhas pernas bambas e o corpo vibrando de tensão, percebi que aquele encontro tinha deixado marcas que nenhum tempo poderia apagar. Não era apenas desejo físico. Era algo mais profundo, mais intenso. Algo que me havia atingido no centro da razão e da alma.
E, pela primeira vez, percebi que o jogo de Alexandre Toledo tinha começado de verdade, e eu não sabia se queria ganhar… ou perder.
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...Alexandre Toledo...
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Lydiani Ginani
gente cadê o marido??? ela mora em hotel????
2025-09-01
0
Leni Rocha
Ohhh papai que Deus grego e esse..
2025-08-29
1