"Almas Destinadas ao Casamento!": O amor Destinado e as ambições.

Almas Destinadas ao Casamento.

O jantar na mansão Blackwood era um palco de tensões silenciosas e sorrisos forçados. Annelise, impecável em seu vestido de seda e joias cintilantes, pairava ao lado de Lysander, como uma sombra que se recusava a desaparecer. Elizabeth, com seu olhar penetrante e comentários sutis, orquestrava a noite com maestria, tecendo uma teia de manipulações e indiretas.

"Casar-se é uma grande responsabilidade, não é mesmo, Theron?" Elizabeth comentou, com um sorriso que não alcançava seus olhos frios. "É preciso escolher uma mulher que seja uma verdadeira companheira, uma parceira que possa contribuir para o sucesso e a reputação da família."

Annelise, percebendo a deixa, lançou um olhar presunçoso para Lysander e Amara, que estavam sentados lado a lado, em silêncio. "Uma mulher elegante, culta, com um bom pedigree," Annelise acrescentou, com um tom de voz carregado de segundas intenções. "Alguém que saiba se portar em sociedade, que possa representar a família com dignidade e graça."

Lysander sentiu o sangue ferver em suas veias. Ele sabia que Elizabeth e Annelise estavam se referindo a Amara, tentando diminuí-la e humilhá-la com seus comentários venenosos. Ele estava prestes a explodir, a defender Amara com unhas e dentes, mas foi interrompido pela voz calma e ponderada de Theron.

"Com todo o respeito, Elizabeth, Annelise," Theron disse, com um sorriso educado. "Acredito que o casamento seja muito mais do que uma questão de conveniência e status social. É sobre encontrar alguém que te ame incondicionalmente, que te apoie em seus sonhos, que te faça feliz."

Theron lançou um olhar significativo para Lysander e Amara, transmitindo-lhes seu apoio e sua admiração. "Acredito que o amor verdadeiro seja raro e precioso," ele continuou, com um tom de voz firme e confiante. "E quando o encontramos, devemos lutar por ele, independentemente das opiniões alheias."

Elizabeth e Annelise trocaram olhares furiosos, surpresas com a ousadia de Theron em desafiá-las. Elas sabiam que Theron era um homem influente, com conexões poderosas em Londres e em outros centros financeiros importantes. Sua opinião tinha peso, e seu apoio a Lysander e Amara era um obstáculo a mais em seus planos.

"Você é muito romântico, Theron," Elizabeth disse, com um sorriso forçado. "Mas a vida não é um conto de fadas. É preciso ser realista e pragmático, pensar no futuro da família."

"Eu sou realista, Elizabeth," Theron respondeu, com um tom de voz sério. "E acredito que o futuro da família Blackwood está nas mãos de Lysander. E se ele escolheu Amara, devemos respeitar sua decisão e apoiá-lo em sua jornada."

O silêncio pairou sobre a mesa, tenso e carregado de emoções reprimidas. Lysander olhou para Theron com gratidão, sentindo-se aliviado por ter um amigo tão leal e corajoso ao seu lado. Amara sorriu para Theron, agradecendo-lhe silenciosamente por sua defesa.

Elizabeth e Annelise, derrotadas por ora, engoliram suas palavras e continuaram o jantar com um semblante amargo. Mas em seus corações, a raiva e a inveja se intensificavam, alimentando seus planos de vingança e manipulação.

A noite terminou com uma sensação de alívio para Lysander e Amara, que se sentiram mais unidos e fortalecidos pelo apoio de Theron. Mas eles sabiam que a batalha estava longe de terminar, e que Elizabeth e Annelise não desistiriam tão facilmente de seus objetivos.

O amor de Lysander e Amara era um farol de esperança em meio à escuridão da ambição e do preconceito. Mas seria esse amor forte o suficiente para resistir às tempestades que estavam por vir?

A sala de espera da prestigiada empresa pulsava com a ansiedade de diversos candidatos, mas Amara mantinha uma serenidade surpreendente, irradiada pela confiança que Lysander e Theron depositavam nela. A presença de ambos a confortava, transformando o que seria um mar de nervosismo em um lago de esperança. Theron, com sua influência discreta, havia aberto portas que antes pareciam intransponíveis, enquanto Lysander, com seu amor inabalável, a encorajava a acreditar em seu próprio potencial.

A entrevista transcorreu como um sonho. As perguntas, antes temidas, tornaram-se oportunidades para demonstrar sua inteligência e determinação. Amara sentia-se preparada, confiante e, acima de tudo, grata pela chance de recomeçar.

Enquanto Amara trilhava seu caminho rumo à independência, a mansão Blackwood tornava-se palco de um teatro sombrio. Annelise, consumida pela obsessão e pelo desespero, urdia um plano audacioso para reconquistar Lysander.

Naquela noite, Lysander encontrava-se em seu quarto, absorto em seus pensamentos, quando a porta se abriu, revelando a figura de Annelise em trajes provocantes. O vestido escarlate, decotado e justo, realçava suas curvas, enquanto o perfume adocicado invadia o ambiente, buscando seduzi-lo.

"Lysander, meu amor," Annelise sussurrou, aproximando-se com passos felinos. "Sinto tanto a sua falta..."

Lysander recuou, surpreso e incomodado com a ousadia de Annelise. "Annelise, o que você está fazendo aqui?" ele perguntou, com um tom de voz firme e distante.

"Eu vim te mostrar o que você está perdendo," ela respondeu, com um sorriso sedutor. "Eu sou a mulher ideal para você, Lysander. Sou rica, elegante, culta... Sou tudo o que você sempre quis."

Annelise tentou abraçá-lo, beijá-lo, mas Lysander a repeliu com delicadeza, mas com firmeza. "Annelise, pare com isso," ele disse, com um tom de voz exasperado. "Eu não te amo. Eu amo Amara."

A rejeição inflamou a fúria de Annelise, que a trocou por um olhar de desprezo. "Você vai se arrepender dessa escolha, Lysander," ela disse, com um tom de voz ameaçador. "Amara é uma interesseira, uma oportunista que só quer o seu dinheiro. Ela vai te abandonar quando você menos esperar."

Lysander ignorou as palavras venenosas de Annelise, determinado a não ceder às suas provocações. "Eu confio em Amara," ele disse, com um tom de voz firme e apaixonado. "E sei que ela me ama de verdade."

Annelise, derrotada, saiu do quarto de Lysander com o coração amargurado e a alma sedenta por vingança. Ela não se conformava em perder Lysander para uma mulher que considerava inferior, e estava disposta a tudo para destruir o amor que os unia.

Na penumbra do corredor, Elizabeth observava a cena com um sorriso maquiavélico nos lábios. A tentativa fracassada de Annelise em seduzir Lysander não a desanimava, mas sim a motivava a intensificar seus esforços para separar os dois amantes.

"Não se preocupe, querida," Elizabeth disse, aproximando-se de Annelise com um olhar conspiratório. "Eu tenho um plano muito melhor. Um plano que garantirá que Lysander volte para seus braços, e que essa Amara desapareça de nossas vidas para sempre."

Enquanto Elizabeth e Annelise tramavam seus planos sombrios, Lysander pensava em Amara, sentindo-se grato por tê-la em sua vida. Ele sabia que enfrentaria muitos desafios ao lado dela, mas estava disposto a lutar por seu amor, a desafiar as convenções sociais, a enfrentar a oposição de sua família.

O amor de Lysander e Amara era uma força poderosa, capaz de superar qualquer obstáculo. Mas seria essa força suficiente para resistir à maldade e à ambição de Elizabeth e Annelise?

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