Voltei pro alto da CDD com o Miguel do meu lado e a missão cumprida na cabeça, assim que entrei em casa meu pai estava na varanda com seu copo de whisky na mão e a cara de quem já sabia a resposta
PLAYBOY: Fala - ele disse sem nem virar
VINCENT: fechei por dois milhões cada,sem transmissão e a gente escolhe como e quando, com pagamento a vista - Ele se virou pra mim soltando uma gargalhada curta e orgulhosa
PLAYBOY: Moleque é foda
VINCENT: eu sou teu filho né? - retruquei com um sorriso de canto
PLAYBOY: Vai longe vincent, mas lembra sempre que confiança é só até o primeiro vacilo, até de mim - assenti, isso eu já tinha aprendido antes de aprender a escrever meu nome
Entrei na cozinha e dei de cara com a minha mãe e minha irmã rindo enquanto contavam alguma coisa... Valentina tava com a blusa amarrada na cintura e uma faca na mão, perigosa daquele jeito que só ela conseguia ser.
VALENTINA: olha aí,o reizinho da CDD apareceu - ela fala provocando
VINCENT: cuidado com essa faca aí Val...vai acabar cortando tua língua venenosa
VALENTINA: melhor venenosa do que falsa igual fingindo que não baba na Bia - ela falou rindo
VINCENT: Tu é doida - balancei a cabeça - e tu mãe...vai deixar essa demônia falar assim comigo?
MANU: desde que ela não corte teu pau fora,tá tudo certo
Miguel deu risada e Valentina fez um brinde com a faca...e eu amava aquela bagunça, a família era o único lugar onde eu ainda ria de verdade.
VINCENT: Bora russo - falei - vamos descer na lanchonete
A lanchonete era nosso ponto, nossa vitrine de onde a gente mandava sem precisar levantar a voz. Sentamos na mesa de canto e Miguel acendeu um cigarro enquanto a gente falava dos alvos,dos pagamentos,da movimentação da milícia da zona oeste... até que elas chegaram....eram três, uma loira,uma ruiva e uma morena.....Eram novas na área, recém chegadas da Pavuna, roupas curtas,olhos afiados...a loira tinha olhos azuis de um jeito de quem queria provocar, a ruiva veio direto no Miguel e a morena era só fogo nos olhos.
VINCENT: Caralho...- murmurei olhando pro Miguel
MIGUEL: a ruiva é minha - ele falou sem pensar
VINCENT: então a loira é minha - respondi com um sorriso de canto
Levantei e encarei a loira sem falar nada, só levantei o queixo e fiz sinal sutil com os dedos e ela entendeu e me seguiu sem pensar.
Atravessamos os fundos da lanchonete até um dos barracos vazios que usávamos quando o sangue fervia, entrei primeiro e ela em seguida e fechei a porta com força
VINCENT: Tu quer? - perguntei encarando de cima
***: quero - ela respondeu sem pestanejar
Foi o que bastou e segurei firme sua cintura,puxei pela nuca e beijei com força,sem espaço e sem pausa...ela retribuiu com a mesma fome cravando as unhas nos meus ombros e joguei ela na cama de solteiro encostada na parede onde o colchão rangeu e meu corpo foi por cima....Coloquei o preservativo e os beijos foram brutos,a mão passando por onde bem entendi, meu prazer,meu ritmo e nada de carinho,nada de promessas, apenas instinto.
Ela gemeu meu nome mas não respondi, não era sobre sentimentos,era sobre poder e sobre domínio, e quando acabou...eu levantei, vesti a calça e acendi um cigarro e disse com frieza
VINCENT: Pode ir
Ela não reclamou, sabia que era só isso...pente e rala.
Sai do barraco sem pressa, ajeitando a camisa,cigarro aceso no canto da boca e a mente limpa como só depois de um bom descarrego.
O céu da CDD já começava a escurecer e eu subia na moral sentindo o cheiro do feijão da Dona Cida misturado com o do lixo queimado na esquina.
Chegando perto de casa vi a cena de longe, o Tabuada tava com a cara fechada, braços cruzados,do jeito que só ele ficava quando queria bater e não podia, a Japa estava firme como sempre e apontava o dedo no meio da cara da própria filha....A Bia...a filha do caos e a melhor amiga da minha irmã, a desgraçada que adorava me provocar.
Me aproximei com calma já rindo por dentro da cara de deboche que só a Bia conseguia fazer
VINCENT: que porra é essa aí? - perguntei acendendo outro cigarro
BIA: Eu só dei um soco no otário que tentou me beijar - ela disse rindo de lado
VINCENT: soco? - levantei a sobrancelha - só um?
BIA: foi com o joelho também - ela completou com orgulho
JAPA: e foi pouco - emendou a Japa - era pra ter quebrado os dentes
TABUADA: eu vou resolver isso agora! Ninguém toca na minha filha
VINCENT: calma aí - levantei a mão - Deixa que eu resolvo, só me diz o nome dele
TABUADA: Juninho,o vapor da laje da Grota - eu dei risada
VINCENT: O moleque novo né?
BIA: Novo e burro - ela retrucou com raiva - achou que só porque me viu rindo podia me agarrar
VINCENT: não gosto de homem que força nada,nem toque e nem olhar - fui direto no meu radinho preso na cintura
📱Miguel desocupa aí, deu ruim com um vapor
📱 Caralho nem gozei ainda
📱Vai gozar na porrada,te espero aqui na porta
Desliguei o rádio,dei um beijo na testa da Bia, mesmo ela reclamando e olhei pra ela
VINCENT: ninguém vai encostar em tu
Ela assentiu e no fundo eu sabia que a Bia era chata,mas era família e se fosse preciso eu queimava o morro por ela.
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Atualizado até capítulo 95
Comments
Leitora compulsiva
amei esse casal filho da Manu com a filha da japa hahhahahhahahaha aiii que sdd que eu estava dessa turma,mais solta as fotos
2025-08-21
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Graciela Rosa
já tô sentindo a história ♥️
2025-09-04
0