Chegamos em casa o sol ja estava quase nascendo.
- Não faça barulho, se não alguém pode acordar. - sussuro.
Lia concorda.
Subimos as escadas da forma mais silenciosa possível, deixo Thalia na porta do seu quarto e vou para o meu.
Acordo e vou para o banheiro, jogo uma água no rosto e me olho no espelho.
- Tomara que tudo não tenha passado de um sonho. - digo para o meu reflexo.
Desço as escadas e vejo a porta da frente de casa se abrir. Jace me lança um olhar assassino.
- Ahh então você ta aqui seu filho da mãe. - ele vem na minha direção. - Ficamos te esperando no saguão do hotel por 1 hora.
- Jace não grita, nossos pais ainda estão dormindo. - Shina para ao lado de Jason. - Você sabe que a mamãe odeia ser acordada. - percebo o tom de medo na voz de Shina, mesmo depois de tantos anos, todos já estavamos adultos, mas nossa mãe ainda dava medo.
- Você deveria ter ligado cara. - diz Antony aparecendo na sala. - O Jace aqui quase morreu achando que você tinha sido sequestrado.
- Eu tive que vir embora. - tento explicar.
- É seu telefone não funciona não? - Jace estava furioso.
- Cara ele já é bem grandinho. - Shina diz. - E pelo amor de Deus, não grita. Hoje é domingo, se a mamãe acorda a gente ta ferrado.
- Vocês já estão ferrados. - Anne aparece no pé da escada. - Acabei de passar pela porta do quarto dos nossos pais, a mamãe ja vai descer. - ela abre um sorriso macabro. - É melhor vocês terem uma boa desculpa por terem sumido a noite toda e não ter avisado ela. Tchauzinho. - ela sai e vai para a cozinha.
- O que a gente faz agora? - olhamos assutados uns para os outros.
- Parece que vocês viram um fantasma. - me viro e vejo Lia descendo as escadas.
- Se eles viram eu já não sei, mas ja ja eles vão ser fantasmas. - minha mãe estava parada na ponta da escada, nossa mãe era uma mulher de uns 46 anos, mas ainda era a mulher mais linda do mundo, alta de cabelos escuros, mesmo ela sendo um pouco mais baixa do que os filhos homens, só com um olhar nós ja tremiamos. - Espero que vocês tenham uma ótima explicação por terem sumido noite passada. - ela diz descendo as escadas.
- Vocês estão mortos, eu vou nessa. - Lia sai de fininho.
- Você pode ficar parada bem ai mocinha. Ou você acha que eu não percebi que você também saiu sem dizer nada ontem?
Todos olham para Lia. As lembranças da noite passada voltam com tudo na minha cabeça, Lia deitada na cama, sua voz ofegante, seu corpo suado no meu. Sinto meu rosto queimar.
- Vocês tem 5 segundos para se explicarem.
Em meio ao desespero todos começam a falar ao mesmo tempo, não consigo tirar os olhos de Lia.
- Eiiii já chega. - nossa mãe grita. - Lin, pode falar. - minha mãe me tirar de meus devaneios.
- Oi??
- Explique-se. Por todos vocês.
- Ann.....nós saimos ontem para comemorar meu aniversário. - digo por fim.
- Todos vocês sairam?
- Sim. - dizem todos juntos.
- A Lia não estava....- piso no pé de Tony. - Aii.
- A Lia não voltou com a gente.
Nessa hora aporta se abre.
- Ahhh Lia, finalmente eu te achei, fiquei tão preocu.....- Mari para e observa acena. - E.....oi tia. - ela da um sorriso tímido e balança a mão.
- Oi Mari.
Percebo que Lia olhou para Mari de forma suplicante.
- Eu volto depois. - ela da meia volta.
- Pode ficar ai. Você saiu com eles ontem também?
- Eu.....- Mari olha o rosto de cada um de nós para saber o que fazer. - Sim, estava sim. - ela abre um sorriso alegre.
Minha mãe respira fundo.
- Vocês já são adultos, mas isso não significa que podem sair e me deixar aqui preocupada. Entenderam? - todos balançam a cabeça. - Ótimo. Mari fique e tome café com a gente. - ela se aproxima de nós. - Bom dia meus amores. - ela da um beijo no rosto de cada um. Ela para na minha frente. - 25 anos, parece que foi ontem que você corria pelado pela casa. - ela coloca a mão no meu rosto.
- Mãe...- digo envergonhado.
- Relaxa Lin, a gente sabe que você era um menininho livre. - todos riem.
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Atualizado até capítulo 46
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