febre e sentimentos

A noite caiu devagar, e a mansão parecia ainda mais silenciosa do que o habitual.
Jiseok havia passado o dia inteiro com Jun-ho — brincando, alimentando, colocando para dormir e até cantando músicas que nem lembrava que sabia. O bebê sorria sempre que o via, como se ele fosse sua pessoa favorita no mundo.
Mas naquela noite... algo estava diferente.
Jun-ho estava mais quieto do que o normal. Não sorria. Mal brincava. Seu corpinho tremia levemente, mesmo enrolado na manta.
Jiseok se aproximou, encostando os lábios na testa do bebê. Quente. Muito quente.
kim jiseok
kim jiseok
Ei... você tá com febre?
Murmurou, puxando o termômetro da gaveta da cômoda.
38.9ºC. Merda.
Ele pegou o bebê no colo com cuidado e correu pelos corredores da mansão, ignorando o protocolo ou qualquer limite de onde podia ou não ir. Seu instinto gritava mais alto.
Desceu as escadas correndo, os passos ecoando na madeira escura. Viu a governanta no corredor e quase gritou:
kim jiseok
kim jiseok
Onde está o Wonwoo?!
governanta
governanta
No escritório, mas—
kim jiseok
kim jiseok
Ele precisa vir agora! O Jun-ho tá com febre!
A mulher arregalou os olhos e correu atrás dele.
Jiseok empurrou a porta do escritório com o ombro e entrou sem bater.
Wonwoo estava em pé, falando com dois homens armados ao lado de uma mesa cheia de mapas e documentos. Ao ver Jiseok ali, com o bebê nos braços e o rosto sério, o mundo dele parou por um segundo.
kim jiseok
kim jiseok
Ele está com febre. Quase 39 graus. Não reage.
Jiseok falou direto, sem formalidade
kim jiseok
kim jiseok
Precisamos levá-lo ao hospital.
Wonwoo se aproximou num segundo, a expressão fria completamente varrida do rosto. Ele pegou o filho nos braços com mãos quase trêmulas.
jeon wonwoo
jeon wonwoo
Merda... Jun-ho...
kim jiseok
kim jiseok
Ele não tá bem.
Jiseok repetiu, agora mais calmo, mas firme.
kim jiseok
kim jiseok
Eu sei que você tem recursos. Usa eles agora.
Wonwoo olhou para um dos homens na sala.
jeon wonwoo
jeon wonwoo
Chama o doutor Han. Voo imediato. Agora.
O homem saiu correndo. Jiseok olhou para Wonwoo, que tentava esconder o pânico. Ele sussurrava para o bebê, acariciando seus cabelos, murmurando coisas que ninguém entendia.
Era um lado completamente novo dele. Um lado... humano.
Jiseok se aproximou devagar.
kim jiseok
kim jiseok
Você não precisa esconder isso. Eu tô aqui.
Wonwoo o encarou. Os olhos escuros estavam úmidos. Não chorando, mas... à beira.
jeon wonwoo
jeon wonwoo
Ele é tudo que eu tenho, Jiseok.
Foi a primeira vez que ele disse seu nome.
kim jiseok
kim jiseok
Eu vou cuidar dele.
Disse Jiseok, com voz baixa.
kim jiseok
kim jiseok
Não importa o que aconteça, eu vou proteger esse bebê. E você... você não tá sozinho.
O silêncio entre eles era denso, cheio de tudo que ainda não sabiam dizer.
Minutos depois, o médico chegou de helicóptero particular. Uma enfermeira entrou com os equipamentos. A febre foi controlada rapidamente, com medicamentos e compressas.
Jun-ho adormeceu no colo de Jiseok.
Wonwoo ficou sentado ao lado, observando.
jeon wonwoo
jeon wonwoo
Você não é só um babá.
Disse, sem encará-lo.
kim jiseok
kim jiseok
E você não é só um chefe de máfia.
Jiseok respondeu no mesmo tom.
Ambos sorriram, mesmo que só por dentro.

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