—Júlia foi repreendida fortemente, o gerente
nem sequer tentou ouvir sua desculpa—. Está
despedida, gritou furioso, e nem tente receber seu pagamento—. Será descontado pelos danos—. A
modelo exigiu que cubram a peça, sabe
o quão cara é uma peça que essa mulher usa?
pronunciou furioso—. Era injusto! Pensava a garota mais pálida que um papel—. Baixou o olhar
mordendo a língua para não dizer o que sentia,
—Saiu do edifício para pegar um táxi, mas lembrou
que não podia se dar ao luxo de gastar—. Caminhou
A uma parada de ônibus, sem prestar atenção
subiu—. Foi ali sentada,.., onde sentiu o
peso do sucedido.
—Seus olhos começaram a pingar para se converterem
em cascata—. O que ia fazer? Tinha medo,
Sua mãe precisava de um tratamento—. E com
O dinheiro que ganharia cobria—. Lembrou como essa gente rica se regozijava de tantos luxos.
—Ela só queria trabalhar para ajudar sua
família, limpou os olhos com o tronco do braço
desceu do ônibus—. Mas se deu conta de que ainda estava a algumas quadras de chegar a sua casa,
ia cansada, e com esses sapatos que Emma a convenceu a usar—. Matam seus pés—. Bom, já não tenho que usá-los—. Sorriu com sarcasmo, já não trabalha mais nesse lugar—. Tinha que seguir
aguentando o porco, da cafeteria onde ainda
trabalha.
—Chegou em casa entrando em seu quarto sem
prestar atenção a sua mãe, e Roma sua irmã
não se atreve a dar-lhe essa preocupação, como
tomariam? Tirou os sapatos, já não os suporta,
—Deitou-se na cama, começando a lembrar,
E o cruel da vida—, não pôde evitar voltar a
chorar—. O que mais doía, era como ia
pagar o tratamento de sua mãe—. Colocou um travesseiro em cima, para abafar os soluços
—Roma olhou dissimuladamente para Júlia, era óbvio
que algo lhe acontecia—, Não perguntou para que sua
mãe não se preocupasse—. Quando se retirou para
dormir— Quis saber o que lhe sucedeu, mas antes de tocar escutou os soluços de sua irmã.
—Tocou perguntando se estava bem, Júlia ficou em silêncio—. Roma conhecia o quão difícil
era para Júlia lutar sozinha—, mas sempre se
opôs a que a ajudasse a conseguir um
emprego para ajudá-la um pouco.
—Escutou o silêncio, não quis insistir, até que ela decidisse contar-lhe.
—Emma a melhor amiga de Júlia, estava
impaciente para perguntar a sua amiga como
lhe foi—. Emma trabalha como enfermeira em um
hospital do centro de Los Angeles. Ganha muito bem para ela sozinha—, mas sua amiga, ultimamente
estava passando mal—. Ajudava-lhe um pouco com dinheiro, para os tratamentos de sua mãe, Eram caros, e vinham, um após o outro.
—Sacou seu celular, assim que entrou em seu apartamento, jogou os sapatos e a bolsa—. Encontrou
seu nome, era seu primeiro contato, tocou duas
vezes Emma!, pronunciou Júlia antes que perguntasse nada—. Emma imaginou que havia chorado,
seu pensamento começou a trabalhar a mil por
segundo —,vou para aí respondeu, pondo os sapatos e pegando sua bolsa.
—Era assim a amizade que as unia desde que
eram escolares elementares—. Emma também
se criou sozinha, quando morreu sua mãe—, seu pai
se casou com a mulher atual—, mas nenhuma se
suportou, decidiu, estudar e trabalhar—, afastando-se
de seu pai, que até hoje, não a buscou.
—Emma chegou apressada, pressentindo algo ruim,
Mas ver Sandra dormida seus ombros
descansaram da pressão que sentiu—. Roma lhe
fez um sinal com os olhos—. Emma entendeu
assentindo, não tocou, só girou a maçaneta.
—Júlia girou a cabeça, quando a olhou, abraçou-se nela, soluçando explicou—. Como que te
despediu por isso? Perguntou Emma indignada
Júlia moveu a cabeça assentindo com os olhos inchados, não se preocupe—, buscaremos o que
fazer sempre juntas, disse-lhe sua amiga sentada junto a ela.
—Emma lhe causa nostalgia e tristeza—. E agora
seguir trabalhando na cafeteria, e saber que o maldito dono do local, sempre se quer passar
de esperto—. Júlia já o pôs em seu lugar, mas o muito porco lhe segue insistindo, dizendo que se aceita lhe põe casa, e lhe ajuda a que sua mãe tenha melhor atenção com a doença.
—Infelizmente desde que Sandra
adoeceu de câncer—, Júlia pôs todo seu esforço em levar seus tratamentos—, gastou suas economias, e cada dólar ganho guarda como um tesouro—, Sandra ajudou-lhe, em um tempo tinham mais solvência, mas com as Quimioterapias cada
vez seu corpo se deteriora e a debilidade a
consome.
—Sandra sua mãe, tem um talento nato na costura, fazendo méritos com muita gente que lhe dava trabalho e recompensavam com mais clientela, Júlia herdou seu talento, mas o tempo e falta de dinheiro as obrigou a vender as máquinas para
poder comprar medicamentos.
—Emma lhes ajuda muito—, lhes compra despensa, algum livro que Roma necessite, inclusive remédios que custam mais.
Júlia, Roma e Sandra sempre vivem agradecendo-lhe, mas Emma apesar de seu forte caráter
tem um coração de ouro.
Júlia!.....E se volta com a costura? Diz-lhe de repente sua amiga, deixando-a pensativa—, te
ajudo a conseguir uma ou duas maquininhas e te
põe a criar essas maravilhas que saem de sua
cabecinha—, lhe diz tocando a cabeça de Júlia.
Emma! Já me ajudaste muito, não é justo para ti, Emma a cala com um gesto e um ademão
com seus dedos, aceito!—, mas me deixarás
pagá-lo quando se possa.
as amigas ficaram de acordo—, ao final do mês começamos com nosso pequeno negócio
as duas se abraçaram—, Júlia sentiu-se mais relaxada, ainda que era um pensamento a futuro, era o
que tinham.
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Atualizado até capítulo 60
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