Capítulo 2

—Júlia foi repreendida fortemente, o gerente

nem sequer tentou ouvir sua desculpa—. Está

despedida, gritou furioso, e nem tente receber seu pagamento—. Será descontado pelos danos—. A

modelo exigiu que cubram a peça, sabe

o quão cara é uma peça que essa mulher usa?

pronunciou furioso—. Era injusto! Pensava a garota mais pálida que um papel—. Baixou o olhar

mordendo a língua para não dizer o que sentia,

—Saiu do edifício para pegar um táxi, mas lembrou

que não podia se dar ao luxo de gastar—. Caminhou

A uma parada de ônibus, sem prestar atenção

subiu—. Foi ali sentada,.., onde sentiu o

peso do sucedido.

—Seus olhos começaram a pingar para se converterem

em cascata—. O que ia fazer? Tinha medo,

Sua mãe precisava de um tratamento—. E com

O dinheiro que ganharia cobria—. Lembrou como essa gente rica se regozijava de tantos luxos.

—Ela só queria trabalhar para ajudar sua

família, limpou os olhos com o tronco do braço

desceu do ônibus—. Mas se deu conta de que ainda estava a algumas quadras de chegar a sua casa,

ia cansada, e com esses sapatos que Emma a convenceu a usar—. Matam seus pés—. Bom, já não tenho que usá-los—. Sorriu com sarcasmo, já não trabalha mais nesse lugar—. Tinha que seguir

aguentando o porco, da cafeteria onde ainda

trabalha.

—Chegou em casa entrando em seu quarto sem

prestar atenção a sua mãe, e Roma sua irmã

não se atreve a dar-lhe essa preocupação, como

tomariam? Tirou os sapatos, já não os suporta,

—Deitou-se na cama, começando a lembrar,

E o cruel da vida—, não pôde evitar voltar a

chorar—. O que mais doía, era como ia

pagar o tratamento de sua mãe—. Colocou um travesseiro em cima, para abafar os soluços

—Roma olhou dissimuladamente para Júlia, era óbvio

que algo lhe acontecia—, Não perguntou para que sua

mãe não se preocupasse—. Quando se retirou para

dormir— Quis saber o que lhe sucedeu, mas antes de tocar escutou os soluços de sua irmã.

—Tocou perguntando se estava bem, Júlia ficou em silêncio—. Roma conhecia o quão difícil

era para Júlia lutar sozinha—, mas sempre se

opôs a que a ajudasse a conseguir um

emprego para ajudá-la um pouco.

—Escutou o silêncio, não quis insistir, até que ela decidisse contar-lhe.

—Emma a melhor amiga de Júlia, estava

impaciente para perguntar a sua amiga como

lhe foi—. Emma trabalha como enfermeira em um

hospital do centro de Los Angeles. Ganha muito bem para ela sozinha—, mas sua amiga, ultimamente

estava passando mal—. Ajudava-lhe um pouco com dinheiro, para os tratamentos de sua mãe, Eram caros, e vinham, um após o outro.

—Sacou seu celular, assim que entrou em seu apartamento, jogou os sapatos e a bolsa—. Encontrou

seu nome, era seu primeiro contato, tocou duas

vezes Emma!, pronunciou Júlia antes que perguntasse nada—. Emma imaginou que havia chorado,

seu pensamento começou a trabalhar a mil por

segundo —,vou para aí respondeu, pondo os sapatos e pegando sua bolsa.

—Era assim a amizade que as unia desde que

eram escolares elementares—. Emma também

se criou sozinha, quando morreu sua mãe—, seu pai

se casou com a mulher atual—, mas nenhuma se

suportou, decidiu, estudar e trabalhar—, afastando-se

de seu pai, que até hoje, não a buscou.

—Emma chegou apressada, pressentindo algo ruim,

Mas ver Sandra dormida seus ombros

descansaram da pressão que sentiu—. Roma lhe

fez um sinal com os olhos—. Emma entendeu

assentindo, não tocou, só girou a maçaneta.

—Júlia girou a cabeça, quando a olhou, abraçou-se nela, soluçando explicou—. Como que te

despediu por isso? Perguntou Emma indignada

Júlia moveu a cabeça assentindo com os olhos inchados, não se preocupe—, buscaremos o que

fazer sempre juntas, disse-lhe sua amiga sentada junto a ela.

—Emma lhe causa nostalgia e tristeza—. E agora

seguir trabalhando na cafeteria, e saber que o maldito dono do local, sempre se quer passar

de esperto—. Júlia já o pôs em seu lugar, mas o muito porco lhe segue insistindo, dizendo que se aceita lhe põe casa, e lhe ajuda a que sua mãe tenha melhor atenção com a doença.

—Infelizmente desde que Sandra

adoeceu de câncer—, Júlia pôs todo seu esforço em levar seus tratamentos—, gastou suas economias, e cada dólar ganho guarda como um tesouro—, Sandra ajudou-lhe, em um tempo tinham mais solvência, mas com as Quimioterapias cada

vez seu corpo se deteriora e a debilidade a

consome.

—Sandra sua mãe, tem um talento nato na costura, fazendo méritos com muita gente que lhe dava trabalho e recompensavam com mais clientela, Júlia herdou seu talento, mas o tempo e falta de dinheiro as obrigou a vender as máquinas para

poder comprar medicamentos.

—Emma lhes ajuda muito—, lhes compra despensa, algum livro que Roma necessite, inclusive remédios que custam mais.

Júlia, Roma e Sandra sempre vivem agradecendo-lhe, mas Emma apesar de seu forte caráter

tem um coração de ouro.

Júlia!.....E se volta com a costura? Diz-lhe de repente sua amiga, deixando-a pensativa—, te

ajudo a conseguir uma ou duas maquininhas e te

põe a criar essas maravilhas que saem de sua

cabecinha—, lhe diz tocando a cabeça de Júlia.

Emma! Já me ajudaste muito, não é justo para ti, Emma a cala com um gesto e um ademão

com seus dedos, aceito!—, mas me deixarás

pagá-lo quando se possa.

as amigas ficaram de acordo—, ao final do mês começamos com nosso pequeno negócio

as duas se abraçaram—, Júlia sentiu-se mais relaxada, ainda que era um pensamento a futuro, era o

que tinham.

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