A Garota De Programa E O Cego

A Garota De Programa E O Cego

um Despejo

Autora
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Olá meus coraçõezinhos Sejam bem-vindos a mais uma história intensa, cheia de emoções, segredos, recomeços e cicatrizes que nem o tempo conseguiu apagar. Aqui vocês vão encontrar drama, romance, superação e aqueles momentos que fazem o coração acelerar (sim, +18 ). Essa não é só mais uma história de amor. É sobre vidas que se cruzam de forma inesperada, laços de sangue, dores profundas e o renascimento que só o amor verdadeiro pode causar. Preparem-se para mergulhar em uma trama cheia de reviravoltas, personagens marcantes e momentos inesquecíveis. Para quem ama esse tipo de história, não esqueçam de apoiar a autora com seu like, comentário sincero e favorito. Isso me dá forças para continuar postando e criar ainda mais capítulos cheios de emoção pra vocês. vamos começar:
Numa tarde quente, no apartamento de Morgana:
Morgana
Morgana
Miguel, termina de comer, amor. — Morgana puxou a cortina, deixando o sol bater no pequeno quarto. — Mamãe tá com pressa hoje.
Miguel
Miguel
Você vai trabalhar de novo? — ele perguntou, empurrando o macarrão no prato.
Morgana
Morgana
Vou, mas volto rápido. — Ela passou o batom vermelho com um espelho de mão. — Prometo.
Miguel
Miguel
Sempre promete… — murmurou ele.
Ela parou. Observou o reflexo de Miguel no espelho. Cabelinho bagunçado, olhos grandes. Ele parecia tão pequeno naquela cadeira enorme.
Morgana
Morgana
Ei. — Ela se abaixou, segurando o rostinho dele. — Tudo que eu faço é por você. Um dia… a mamãe não vai mais sair à noite. Tá bem?( mesmo não sabendo quando)
Miguel assentiu devagar.
Miguel
Miguel
Posso dormir na sua cama hoje?
Morgana
Morgana
Claro. — Ela sorriu, mesmo com os olhos úmidos. — Mas só se escovar os dentes direitinho. Tá??
Miguel
Miguel
Sim mamã
Ela vestiu o casaco, pegou a bolsa e foi até a porta.
Morgana
Morgana
Tranca tudo, hein? Nada de abrir pra ninguém.
Miguel
Miguel
Tá bom, mamãe.
Ela hesitou um segundo. Depois abriu a porta e saiu. No corredor, o som de uma televisão alta, cheiro de sopa velha.
Lá fora, a cidade gritava. Mas Morgana só ouvia uma coisa: a respiração do seu filho atrás daquela porta.
Morgana
Morgana
Vai dar certo… vai dar certo. — sussurrou para si mesma.
Morgana fechou a porta do apartamento com cuidado. O corredor escuro e malcheiroso era um lembrete constante de sua dura realidade. Ao sair do prédio, deu de cara com Dona Cândida, a proprietária do cortiço, parada na porta com os braços cruzados.
Dona Cândida
Dona Cândida
Morgana, preciso falar com você — disse Dona Cândida, com a voz ríspida. — O aluguel está atrasado há dois meses. Não posso mais esperar.
Morgana
Morgana
Dona Cândida, por favor, me dê mais um tempo — implorou Morgana. — Eu prometo que vou conseguir o dinheiro hoje. Eu vou trabalhar duro e pagar tudo.
Dona Cândida
Dona Cândida
Não me venha com promessas, Morgana. Eu já ouvi isso antes — respondeu Dona Cândida, com um olhar frio. — Se você não me pagar até amanhã, vou ter que te despejar. Não tenho escolha.
Aquelas palavras atingiram Morgana como um soco no estômago. Ela mordeu o lábio com força, sentindo as lágrimas queimarem em seus olhos. Sem dizer nada, virou as costas e saiu andando, deixando Dona Cândida para trás. Morgana caminhava apressada, abraçada a si mesma. O vestido justo não protegia do vento cortante.
Morgana
Morgana
Filha da mãe… — murmurou. — Despejo. Como se eu já não tivesse problemas suficientes...
O celular vibrou no bolso. Uma mensagem: *"Hoje tem movimento. Preciso de você no clube às 21h. Sem atraso." – Mário.*
Ela revirou os olhos.
Morgana
Morgana
Claro, né? Sempre quando tô no fundo, vem o fundo do fundo…
Chegou ao ponto de ônibus ela se encostou num poste. Um homem ao lado olhou de cima a baixo.
bêbado
bêbado
Tanto frio e esse vestidinho? Tá indo pra onde, princesa?
Morgana
Morgana
Pro inferno. Quer carona?
Ele riu, mas ela virou o rosto. A última coisa que queria era conversa fiada.
O ônibus chegou. Lotado. Morgana entrou espremida, se equilibrando nos saltos. Segurava firme a bolsa — era tudo o que tinha. No banco, uma senhora cochilava com sacolas no colo. Ela se sentou ao lado, tentando não chorar.
Morgana
Morgana
Miguel… — murmurou, quase sem voz.
Quando o ônibus parou na frente do clube, as luzes vermelhas e o som abafado da música a engoliram. Ela respirou fundo, limpou os olhos e desceu.
Morgana
Morgana
Vamos, Morgana. Essa noite vale o teto do teu filho.
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