Acordei com aquele barulho irritante no meu ouvido. Sim, o maldito despertador.
Me arrastei até o banheiro com os olhos ainda meio fechados. Fiz minha higiene, tomei um banho e, claro, saí enrolado numa toalha porque — como sempre — esqueci de separar a roupa antes. Parei em frente ao espelho e dei uma boa olhada no reflexo.
Não é me achando, mas… pra um ômega, até que meu corpo tá em forma. Academia três vezes por semana não é só vaidade, é sobrevivência.
Fui até o closet e separei a roupa para o trabalho e outra pra faculdade — por sorte, o escritório tem um banheiro com chuveiro. Isso facilita minha vida nos dias corridos, como hoje.
Com a mochila nas costas e o celular no bolso, fui até a cozinha tomar café. Ao descer, encontrei meus pais já sentados à mesa.
— Bom dia, mãe. Bom dia, pai — cumprimentei, me sentando.
— Bom dia, meu bebê! — disse minha mãe, sorrindo.
Lá vamos nós…
— Bom dia, filho — completou meu pai.
— Mãe, já pedi pra parar de me chamar assim. Não acha que eu já tô grandinho?
— Pra mim, você sempre será meu bebê — ela respondeu, sem nem pestanejar.
Suspirei e preferi não prolongar a discussão. Apenas tomei meu café em silêncio.
Minutos depois, me levantei, dei um beijo em cada um e fui trabalhar. Ainda bem que o trânsito hoje estava mais tranquilo que o normal — o que, sinceramente, era raro em Springday.
Cheguei ao prédio da empresa faltando uns 10 minutos pro meu horário. O escritório tinha quinze andares; o último era da presidência, mas eu ficava no 12º, no departamento jurídico.
Peguei o elevador na garagem e subi. Ao sair, cumprimentei os colegas com um leve aceno e um sorriso rápido.
— Bom dia, pessoal. Bom dia, Cristian.
Cristian é meu amigo desde que comecei a trabalhar aqui. Ele também é um ômega, mas nunca tive coragem de contar que eu sou um ômega puro. Não é que eu não confie nele… É só que isso pode mudar tudo.
— Bom dia, Henryzinho! — respondeu ele, com aquele tom irritantemente animado.
— Cristian, já pedi pra parar com esse apelido.
— E eu já disse que não vou parar. Atura ou surta, querido — respondeu ele, com a típica cara de deboche.
Nem sei como conseguimos ser amigos. Nossas personalidades são completamente diferentes, mas de algum jeito, a amizade funciona.
O dia passou tranquilo. Prazos, planilhas, e mais prazos. Quando meu turno acabou, me despedi do Cristian e fui em direção à faculdade.
— Tchau, Cris! Até amanhã!
— Tchau, Henryzinho! — gritou, mandando um beijo no ar.
Revirei os olhos, mas sorri. É impossível ficar bravo com ele por muito tempo.
Peguei o carro na garagem e segui em direção à faculdade. O fim de tarde já escurecia o céu. Estava tudo indo bem... até o sinal vermelho.
Enquanto esperava pacientemente, um barulho ensurdecedor invadiu a rua. Um grupo de motociclistas surgiu do nada, passando com velocidade pelas faixas estreitas. No meio da confusão, um deles raspou no meu carro e quebrou o retrovisor.
Fiquei em choque por uns segundos. Depois, o sangue subiu.
Desci do carro, furioso.
— SEU FILHO DA PUTA! VOLTA AQUI E PAGA PELO CONSERTO DO MEU CARRO!
Gritei tão alto que atraí olhares curiosos de pedestres e motoristas. Mas já era tarde demais. As motos haviam sumido. O desgraçado nem olhou pra trás.
Resmungando e xingando cada motoqueiro da cidade, entrei novamente no carro. O pior era saber que eu ia perder a primeira aula — justo a que eu gostava.
Na faculdade, segui direto pra minha sala. Meus amigos já estavam lá: Benício, Katty, Jhone e Alice. Quando entrei, todos me olharam com aquela cara de “o que aconteceu?”.
Alice foi a primeira a perguntar:
— Por que essa cara, Henry?
— Vocês nem vão acreditar no que acabou de acontecer — respondi, jogando a mochila com força sobre a cadeira.
— Fala logo, cara. Tô curioso — disse Benício.
— Claro que tá. Tá pra nascer fofoqueiro maior que você — retrucou Jhone.
Ben levantou o dedo do meio pra ele, e todos rimos.
— Gente, silêncio! Deixa o Henry contar — disse Katty.
Respirei fundo, ainda meio puto.
— Então… eu tava indo pra aula, parei no sinal vermelho, tranquilo. Do nada, passa um bando de motoqueiros e um deles simplesmente quebrou meu retrovisor! E, óbvio, nem parou. Sumiu como se nada tivesse acontecido. Eu fiquei sem reação.
Contei todos os detalhes até que o professor entrou na sala. A conversa morreu ali, e todo mundo se ajeitou. Ou fingiu que prestava atenção, no mínimo.
Eu, sinceramente, não consegui focar em nada. Só conseguia pensar no maldito retrovisor quebrado e na cara de pau daquele motoqueiro.
A aula passou arrastada. Quando terminou, fui direto pra casa. Meus pais já estavam dormindo.
Subi para o quarto, guardei minhas coisas e fui direto para o banho. Um banho quente e relaxante era tudo o que eu precisava.
Depois, vesti meu pijama, liguei o ar-condicionado e me joguei na cama. Amanhã, tudo recomeçaria. Mas alguma coisa me dizia que essa semana ainda ia render — e muito.
Olá queridos leitores! (Não são muito, mas são queridos kkkk)
Então, eu publiquei essa história no ano passado, mas havia perdido minha conta e só consegui recuperar agora, vou voltar a publicar MEU ALFA CRIMINOSO.
Do ano passado para cá eu evolui na escrita então reestrurei o que já tinha escrito aqui e algumas coisas mudaram, como o nome dos pais do Henry, tirei alguns personagens e coloquei outro e aparência deles também mudou.
Dito isto, espero que apreciem o que foi escrito o livro está pronto mas não publicarei todo de vez porque não sei como vai ser a reação de vocês com as mudanças.
Curtam, comentem e compartilhem.
Obrigada 😊😘
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Atualizado até capítulo 35
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