Capítulo 4: Conexões Inesperadas (e Química Impossível de Ignorar)
Min-Jun
Min-Jun: amigo de Jae-Hyun, coreano, cursa Design, simpático e mais descontraído que Jae, mas muito observador. Vive provocando o amigo com indiretas.
Theo
Theo: amigo de Luan, brasileiro, faz Psicologia, super extrovertido, sempre metido nos rolês e vive shippando Luan com Jae (mesmo sem eles saberem).
Theo
— Luan, você vai ou não? — Theo perguntou, já de pé, com uma mochila jogada no ombro. — A galera vai se reunir no pátio hoje depois da aula
Luan
— Não tô muito no clima, não… — Luan respondeu, enfiado nos próprios pensamentos desde a conversa com Jae-Hyun na biblioteca.
Theo
— Ah não, você não vai ficar aí sofrendo por um boy que nem sabe se quer te beijar ou te matar. — Theo cruzou os braços.
Theo
— Vai levantar essa bunda e socializar, ouviu?
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Na outra ponta da universidade, Min-Jun encostava no parapeito do segundo andar, observando os alunos lá embaixo.
Min-Jun
— Você tá estranho ultimamente. — disse para Jae-Hyun, ao lado dele.
Jae-Hyun
— Eu sou estranho o tempo todo.
Jae-Hyun respondeu, sem humor.
Min-Jun
— Sim, mas agora você tá… estranho emocionalmente.
Min-Jun sorriu.
Min-Jun
— Tem nome esse caos? Começa com L e termina com “uan”?
Jae-Hyun bufou, mas não respondeu. Apenas olhou para o céu. Cinza. Como se fosse chover.
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O encontro no pátio acabou virando quase uma festa improvisada. Música baixa, lanches de cantina, gargalhadas por todos os lados.
Luan estava sentado num banco, com Theo do lado, até que a presença de Jae-Hyun e Min-Jun chamou a atenção.
Theo
— Ih... olha ali, Luan. — Theo deu uma cotovelada nele.
Theo
— O seu crush chegou.
Luan
— Para. — Luan murmurou, nervoso. — Não é assim...
Theo
— Claro que é. Olha como ele te procura no meio da multidão.
De fato, os olhos de Jae-Hyun passaram por todo o pátio até pararem em Luan. Os dois se encararam por alguns segundos. Nenhum dos dois sorriu. Mas também não desviaram o olhar.
Theo
— E quem é o amigo coreano dele? Bonitinho. — Theo comentou, curioso. — Vou lá puxar assunto, hein.
Luan
Luan arregalou os olhos. — Theo, não!
Mas já era tarde demais
Theo se levantou, ajeitou a camisa e foi até onde Min-Jun estava encostado numa árvore, com um fone em um só ouvido.
Theo
— Oi. Disse Theo com aquele sorrisinho de quem não tem medo de nada
Theo
— Você é o amigo do Jae, né?
Min-Jun tirou o fone e respondeu com um leve sorriso.
Min-Jun
— Sou. E você é o amigo do Luan. Já ouvi falar.
Theo
— Espero que só coisa boa.
Min-Jun
— Depende da definição de “boa”. — Min-Jun disse, divertido.
Min-Jun
— Você sempre chega assim, direto?
Theo
— É o meu charme. Se eu enrolar, alguém chega antes. — Theo cruzou os braços.
Theo
— Quer vir dar uma volta ou prefere continuar fingindo que tá ouvindo música?
Min-Jun
Min-Jun deu uma risadinha curta. — Você é impossíve
Theo
— E você ainda não viu nada.
Theo piscou de novo, saindo na frente. Min-Jun hesitou por um segundo… e foi atrás
Enquanto isso, mais afastado, Luan e Jae-Hyun ficaram frente a frente. Luan enfiou as mãos nos bolsos.
Luan
— Então… você veio.
Jae-Hyun
— Min-Jun insistiu.
Jae-Hyun
— E talvez... eu quisesse ver você...
Luan
— Você quer conversar?
Jae-Hyun
— Sim. Mas só se for em um lugar onde a gente não precise fingir que é só raiva o que sentimos.
Luan
— Então vamos sair daqui.
Eles caminharam juntos, lado a lado, sem encostar. Mas a tensão entre os dois… dava pra sentir no ar. Cada passo, cada silêncio. Tudo gritava o que eles ainda não conseguiam dizer.
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