📖 CAPÍTULO 3 – GOZO MENTIROso
O relógio marcava 23h14.
Valentina Monroe estava na cama, com o rosto voltado para o teto branco e frio do quarto principal da cobertura.
Vestia uma camisola de seda cor pérola, sem renda, sem decote. Nada provocante. Só conforto.
Os olhos ardiam. A pele estava sensível. A alma... anestesiada.
Gavin entrou no quarto sem dizer uma palavra.
O cheiro do whisky veio primeiro. Depois o som dos sapatos sendo chutados no chão. Ele não estava bêbado. Só... entediado. Como sempre.
Como se o corpo da própria esposa fosse apenas uma extensão da mobília.
Algo que se usa quando precisa. Algo que se ignora quando não convém.
Ela sentiu o colchão afundar do lado dele.
Não olhou. Nem se moveu.
Ele passou a mão na perna dela, puxou a barra da camisola com impaciência e a empurrou de lado, como se moldasse um boneco.
— “Deita de costas,” ele ordenou, a voz grave, sem afeto.
Ela obedeceu.
Sem uma palavra.
Apenas virou o corpo e fechou os olhos.
Gavin não a beijou.
Não tirou sua roupa.
Não a tocou com carinho.
Apenas abriu o zíper da própria calça, se posicionou entre as coxas dela pegou o lubrificante e lambuzou o seu membro o deixando bem molhado para não machucar, e a penetrou de uma vez. Rápido. Cru. Frio.
Como se o sexo fosse uma punição — ou um lembrete de que ela era dele, mesmo sem desejo.
Valentina não gemeu.
Não reagiu.
Ele segurou seus quadris com força, empurrando como se fosse sozinho no ato.
Ela apenas olhava o teto, esperando passar.
Contando as rachaduras invisíveis.
Respirando fundo.
— “Tá apertadinha hoje, hein?” — ele murmurou com um riso debochado.
— “Ficou com saudade do meu pau, é isso?”
Ela engoliu em seco.
— “Gozou, Valentina?” — ele perguntou, com a respiração pesada.
— “Gozou gostoso, porra?”
Ela mentiu.
Como sempre.
— “Gozei, sim…” — a voz saiu baixa, morna, apagada.
— “Boa garota.” Já foi vê para tirar o CHIP eu quero um filho Valentina — ele disse, e com mais três estocadas, terminou dentro dela.
— Já fui, ela disse um pouco ofegante pois ele estava indo rápido e forte, seu corpo balançava bastante. Mais ela mentiu ela não tinha ido tirar o CHIP.
Ele ficou ali por segundos, ainda enterrado, respirando como um homem que acabou de descarregar o próprio ego. Depois saiu, limpou-se com o lençol e foi direto ao banheiro.
Valentina continuou deitada.
As coxas molhadas.
O coração seco.
Ela não chorava mais.
Nem sentia raiva.
Apenas… existia.
---
Enquanto ouvia o som do chuveiro, sua mente foi puxada para o passado.
Para o dia em que ele a bateu.
A única vez.
---
Ela havia saído com Aria para um evento de mulheres líderes. Estava linda. Usava um vestido vermelho justo, batom escuro, salto alto. Quando chegou em casa, Gavin estava deitado no sofá, com o controle remoto na mão e uma garrafa pela metade.
— “Foi caçar homem, foi?” — ele disse, com desdém.
— “Fui representar minha empresa. Coisa que você nunca faz.”
— “Tá se achando gostosa agora?”
— “Tô me achando tudo que você não sabe valorizar, Gavin.”
Ele se levantou.
Andou até ela com os olhos injetados.
Ela não recuou.
— “Você quer mesmo saber?” — ela disse, encarando. — “Sabe por que você nunca me toca direito? Porque seu pau é fino. Tão fino quanto sua personalidade.”
O tapa veio com força no rosto dela.
O som seco ecoou pelo hall.
Mas ele não esperava o que veio depois.
Valentina caiu de joelhos por segundos, mas levantou com os olhos cheios de fúria.
— “Você me bateu, seu merda?” — ela cuspiu. — “Achou que eu era o quê? Sua boneca? Sua cadela de estimação?”
E ela revidou.
Um soco fechado bem no queixo dele.
Ele cambaleou para trás, chocado. Não com a dor — mas com o fato de que ela revidou.
— “Nunca mais encosta em mim assim. Nunca.” — ela gritou. Eu não sou sua boneca Gavin
— “Porque se fizer, eu vou te enterrar com as próprias mãos. E ninguém vai saber.”
Gavin ficou em silêncio. Chorou depois.
Pediu desculpas. Implorou.
Disse que estava bêbado, estressado, arrependido.
E ela acreditou — ou quis acreditar.
Ele nunca mais levantou a mão.
Mas também... nunca mais a tocou com desejo.
---
A água do chuveiro parou.
Ela voltou ao presente.
Valentina se levantou devagar.
Foi até o closet, pegou outra camisola, entrou no quarto de hóspedes e trancou a porta.
Ali, ela se despiu.
Entrou no banho, deixou a água escorrer pela pele e se abraçou.
Não chorou.
Mas também não sentiu nada.
No espelho, depois, olhou para o próprio corpo.
Ainda bonito. Ainda jovem.
Mas cada vez mais apagado.
Gavin a fazia sentir como um objeto de vidro — útil, bonito à vista, mas inútil por dentro.
Ela pegou o celular.
Abriu a conversa com Aria.
Escreveu:
> *“Eu preciso fazer alguma coisa por mim. Qualquer coisa.”*
E antes de se arrepender, apertou enviar.
Porque naquela noite, Valentina Monroe decidiu:
Ou ela quebrava as regras…
Ou as regras quebrariam ela.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 38
Comments
Bia 💙🐈⬛
to com vontade de matar esse cara posso autora tô com ódio dele ele maltrata muito ela precisa ter a vingança dela fazer ele sofrer muito kkkk
2025-07-19
2
Mavia Dantas
e isso ai que bom que você não deixou ele te destruí /Sweat/
2025-07-19
1