Capítulo 4: Recuperação

Local: Casa de Victor – Sala adaptada para fisioterapia

O sol da manhã atravessava as janelas da casa de Victor, iluminando o chão onde colchonetes, pesos e barras de apoio haviam sido improvisados. O ar estava quente, carregado de esforço e silêncio. Martin estava deitado, suando, o rosto contorcido enquanto levantava a perna machucada com dificuldade.

Victor segurava um cronômetro, impassível.

— Mais cinco repetições — disse, com firmeza.

— Já fiz quinze... — Martin rosnou, o músculo da coxa tremendo.

— E vai fazer vinte. Ou quer voltar a andar arrastado?

Martin soltou um gemido de dor, mas continuou. Cada repetição era uma agulhada de fogo na perna, mas ele não parou.

— Quatro... cinco. — Ele caiu de costas no colchonete, ofegante, o braço cobrindo o rosto. — Isso é tortura.

Victor caminhou até ele e ajoelhou-se ao lado.

— Isso é reabilitação. Se quer matar seu irmão, tem que conseguir ficar em pé primeiro.

Martin respirava como se tivesse corrido uma maratona. Victor pegou uma toalha e jogou no rosto dele.

— Você tá agindo como se tivesse o luxo de descansar. Mas a Parallax não tá esperando. Eles estão crescendo. Se você não quiser ser só mais um corpo enterrado, levanta.

Martin arrancou a toalha do rosto e o encarou com os olhos ardendo.

— Eu vou levantar. Mas não só por mim… — Ele se sentou devagar, apoiando-se com esforço. — Por todos que eles tiraram de mim. Por cada maldito grito que eu ouvi. Por cada sangue que derramaram.

Victor assentiu, sério.

— Ótimo. Porque amanhã começamos o treino com arma e combate. Você vai voltar a ser o Martin que eu treinei… mas mais rápido, mais forte. Mais implacável.

Martin sorriu, mesmo com dor.

— Não. Amanhã não. A gente começa agora.

Victor arqueou a sobrancelha, surpreso por um momento. Mas então sorriu de volta, satisfeito.

— É assim que se fala, fantasma

Local: Casa de Victor – Galpão nos fundos (transformado em área de treinamento tático)

Algumas horas depois

Martin cambaleava em meio ao galpão mal iluminado. O braço ainda doía, a perna esquerda respondia com rigidez, mas ele mantinha os olhos fixos no alvo: um boneco de treino pendurado por correntes no centro do espaço.

Victor observava da lateral, braços cruzados, enquanto uma música instrumental grave tocava ao fundo, marcando o ritmo do treinamento.

— Vamos ver se ainda lembra como se faz — disse ele, arremessando uma faca curta ao chão, perto dos pés de Martin.

Martin se abaixou com dificuldade, pegou a lâmina e se posicionou. Ele fechou os olhos por um segundo, lembrando de quando Victor o treinava anos atrás, nos tempos em que ainda era um cadete faminto por justiça.

Agora, ele era um homem faminto por vingança.

De repente, Victor gritou:

— Vai!

Martin se lançou para frente, com dificuldade no primeiro passo, mas compensando com agressividade. Ele golpeou o boneco com um corte horizontal, depois outro vertical. Rodou o corpo, desequilibrado, mas conseguiu cravar a faca no ponto exato que simulava o pescoço.

— De novo! — Victor gritou. — Controle o centro de gravidade!

Martin puxou a faca e repetiu o movimento. Cada vez mais rápido. Cada vez mais preciso. A dor nas costelas latejava, mas ele ignorava. Era como se cada corte naquele boneco fosse contra Javier. Contra os políticos corruptos. Contra a Parallax.

Victor jogou outra faca.

— Combinação dupla. Alvo na garganta e no rim. Vai!

Martin obedeceu. Um giro, dois passos e cravadas rápidas. Errou por centímetros no primeiro movimento.

— De novo!

E ele fez. Mais uma. E mais uma.

Até que, no sétimo ciclo, Martin parou de tremer. Seus pés estavam firmes. Seu corpo respondia. E, acima de tudo, sua mente estava afiada.

Victor caminhou até ele e disse:

— Bem-vindo de volta, Martin.

Martin tirou a faca do boneco e respondeu sem olhar:

— Não. Esse Martin morreu.

— Agora… quem voltou é o Fantasma

Local:Apartamento desconhecido

Uma mulher que aparentava ter seus 25 anos andava de um lado para o outro na sala do seu apartamento

-Chegou a hora, chegou meu momento de entrar em ação,meu pai já não está mais aqui,e eu jurei vingança por ele

Ela pegou o celular e fez uma ligação

-Victor? Ele já está bem?

-Sim,já retomou o treinamento,acho que chegou o momento de você se apresentar

-Chego aí,amanhã de manhã,vamos começar,temos que treinar mais e ficar prontos para o que está por vir

-Ótimo,estou ansioso pela sua chegada.....

Local: Escritório de Javier

Javier estava em seu escritório fazendo uma ligação

-Clark,preciso de um favor seu

-Claro Javier o que precisa?

-Preciso que libere todo estoque do pó mágico que está sob o poder da polícia,na época do desgraçado do Lawrence e do fantasma perdemos muitas cargas,agora sem esses empecilhos no caminho,a distribuição precisa voltar a todo vapor

-Pode deixar chefe,eu vou dar um jeito

-Ótimo,qualquer movimentação estranha me informe,o Sánchez ainda está no departamento quero que fique de olho nele,e caso ele dê muito trabalho,já sabe o que fazer

-Com certeza Javier,pode ficar tranquilo....

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