capítulo 4

SEIS MESES DEPOIS...

TERAPEUTA- E como anda a sua vida?

EMILY - Estaria melhor se eu pudesse voltar a trabalhar com o que eu gosto, mais infelizmente a senhora ainda está atrapalhando isso.

TERAPEUTA - Eu sei que não gosta de vir aqui, mais você passou por uma situação muito difícil e o seu tenente, acha que você não esta preparada para voltar a campo.

EMILY - A senhora já tirou a vida de alguém doutora ou já viu algum morrendo na sua frente?

TERAPEUTA - Não.

EMILY - Imaginei, quando a senhora passar por isso, vai entender que isso, uma coisa que te muda para sempre, foram as escolhas que eu tive que fazer, mais isso não significa que eu não conseguia voltar a trabalhar com o que eu gosto, eu não nasci para ficar atrás de uma mesa, preenchendo papelada, por favor doutora, me libera.

TERAPEUTA - Emily, estamos nisso a seis meses, eu ainda não sinto que você esta pronta para voltar a campo.

EMILY - Porque não, eu já fiz todos os testes que a senhora me pediu, passei em todos, provei que estou bem.

TERAPEUTA - Você não passou pelo seu luto, está bem fisicamente, mais você tem reprimido os seus sentimentos por muito tempo, e é por isso, que eu ainda não posso te liberará, você precisa se abrir, conhecer pessoas novas.

Emily não disse mais nada, apenas se levantou e saiu da sala de sua terapeuta, bateu a porta com força e disse.

EMILY - Merda.- Esbrabejou.

HOMEM - Também não gosta de ter que fazer terapia.- Disse um belo homem, que estava sentado na sala de espera, esperando a sua vez de ser atendido.

EMILY - Desculpa, achei que estava sozinha.

HOMEM - Não tem problema.- Disse se levantando.- Sebastian, paciente a três meses.

EMILY - Emily, paciente a longo seis meses.

SEBASTIAN - Bom, acabaram de cancelar a minha consulta, esta afim de tomar um café?

EMILY - A minha mãe sempre disse que eu não devo aceitar nada de estranhos.

SEBASTIAN - Realmente, mais estamos em um consultório psiquiátrico, então todos seram estranhos.

EMILY - Pois é, pensando por esse lado.

SEBASTIAN - Eu insisto senhorita, o meu médico disse que eu tenho que fazer amigos.

EMILY - Foi a mesma coisa que a minha disse.

Emily relutou por mais um momento, mais acabou indo com Sebastian, apesar de claramente ter alguma coisa que o afligia, ele ainda conseguia ser charmoso e galante.

Sebastian levou Emily para uma cafeteira próxima a clínica que os dois se consultavam, Sebastian não sabia pelo que a mulher havia passado, mais como ela fazia terapia, ele preferiu um lugar mais movimentado, para que a mulher se sentisse mais segura.

SEBASTIAN - Vai querer só o café? - Perguntou assim que os dois cafés chegaram.

EMILY - Sim, estou sem fome, tudo o que a minha doutora disse, me desanimou.

SEBASTIAN - Então qual é a sua história?- Perguntou e tomou um gole de seu café.- Porque está fazendo terapia?

EMILY - A minha melhor amiga foi assassinada a dois anos e meio, e apesar de negar para todos, até para mim mesmo, eu não consigo superar.- Disse e também tomou um pouco de seu café.

SEBASTIAN - Eu sinto muito, da para ver em seus olhos que você a amava, é difícil perder quem amamos.

EMILY - E a sua história?

SEBASTIAN - O estopim foi a morte do meu pai a alguns meses, mais já tem quatro anos que a minha vida anda despencando.

EMILY - Também não tem sido anos fáceis para mim.- Disse sorrindo, ela comentou, mais não pretendia falar nada sobre, ela não queria que Sebastian a achasse estranha.

SEBASTIAN - Mais aposto que você não perdeu as três pessoas que mais amava em menos de quatro anos.- Disse e abaixou a cabeça por um breve momento.- A minha mãe faleceu de câncer, a minha namorada, a mulher que eu achava que era a mulher da minha vida, me trocou pelo meu irmão, e agora o meu pai, que apesar de não ter sido muito presente na minha vida, foi bom para mim.

EMILY - O seu irmão roubou a sua namorada?

SEBASTIAN - Não exatamente, ele não sabia que ela era a minha namorada, parece que os dois se apaixonaram e eu fui jogado para escanteio, mais não odeio o Simon, ele foi um ótimo irmão, ele que cuidou de mim, enquanto os nossos pais trabalhavam.

EMILY - A vida é dura, depois que a minha amiga se foi, eu não consegui fazer amizade com mais ninguém, não confio em ninguém, estou ficando paranoica e isso está afetando diretamente o meu trabalho.

SEBASTIAN - Confia em mim.- Disse segurando a mão da mulher, que pela primeira vez em anos, resolveu relaxar na presença de alguém.

Emily nunca tinha se apaixonado por ninguém, claro que já havia ficado com outros homens, mas amor, ela nunca havia sentido, com ele as coisas parecia funcionar perfeitamente bem, foi assim que a jovem se permitiu abrir a guarda e se entregar a esse novo sentimento.

Com o passar do tempo eles foram se aproximando cada vez mais, sem nem perceberem ja não precisavam mais de terapia, um curou o outro.

Três meses depois, Sebastian pediu Emily em namoro, no começo ela ficou meio apreensiva, pois o seu corpo ainda tinha algumas marcas das facadas, mas disse a ele que não queria falar sobre àquilo e ele não ligou.

Quando eles fizeram 6 meses de namoro, Sebastian a pediu em casamento, eles se casaram poucos meses depois, em uma cerimônia simples, do jeito que ela sempre sonhou e foi lindo, mais como tudo acaba, um dia, as paredes do conto de fadas da mulher se quebraram.

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Comments

Valdiceia Santos

Valdiceia Santos

eu acho que ele era amigo do psicopata 🤔

2025-07-07

2

amalia de oliveira muniz

amalia de oliveira muniz

já ansiosa por mais capítulos...

2025-07-07

1

Tania Cassia

Tania Cassia

Será que ele era amigo do assassino

2025-07-08

0

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