capítulo 2

O vestiário estava silencioso demais.

Luca sentia a respiração dos dois alfas nas costas, como se o ar estivesse pesado, carregado de algo quente, proibido… e delicioso.

Rafael estava à esquerda, com os braços cruzados e os olhos escuros cravados em cada pedacinho de pele exposta de Luca.

Thiago à direita, postura impecável, mas com os dedos batendo no balcão como se quisessem fazer outra coisa — como se quisessem tocar.

Luca tirou a camiseta devagar, deixando-a cair no chão.

— Estão esperando o quê? Um convite por escrito?

Rafael deu um passo à frente.

— Não preciso de convite quando um ômega me olha como se estivesse implorando pra ser pego.

— Eu não imploro. Eu provoco. E provoco porque sei o que quero — Luca respondeu, a voz baixa, olhos fixos nele.

Thiago se aproximou por trás. A mão dele tocou levemente a cintura de Luca, e a pele do ômega arrepiou inteira.

— Você tem noção do que tá fazendo? — Thiago sussurrou no ouvido dele. — Dois alfas, trancados com você num vestiário… isso podia acabar de mil formas. Nenhuma inocente.

Luca virou o rosto, a boca tão próxima da de Thiago que só o calor já bastava pra deixar tudo mais intenso.

— Talvez eu esteja esperando por isso.

Rafael rosnou baixo.

— Então para de falar.

Em um segundo, ele puxou Luca pela nuca e o beijou. Um beijo forte, faminto, possessivo. A língua invadindo sem permissão, os lábios esmagando, e o corpo de Luca derretendo contra o dele.

Thiago observava, os olhos ardendo de ciúmes e desejo. Quando o beijo terminou, ele segurou Luca pelo queixo.

— Agora é minha vez.

E o beijo de Thiago foi o oposto. Devagar. Profundo. Intenso. Como se quisesse provar cada centímetro da boca de Luca, como se quisesse marcar com gosto e intenção.

Luca gemeu baixinho entre os lábios dele.

— Os dois são bons. De jeitos diferentes.

— E você é pior do que imaginei — Rafael murmurou, apertando a cintura dele com força.

— Eu avisei — Luca provocou, mordendo o lábio. — Só pareço fofinho.

Rafael o virou de costas, encostando Luca contra o armário frio do vestiário. Thiago ficou na frente, os olhos fixos nos do omega, enquanto as mãos de Rafael desciam pela pele exposta dele.

— Fala pra mim, Luca… quem você quer primeiro?

— E se eu quiser os dois ao mesmo tempo?

Os alfas se entreolharam. A tensão virou fumaça densa entre os corpos.

Thiago lambeu os lábios.

— Não hoje. Mas um dia… você vai implorar pelos dois.

Luca sorriu. Maldito, doce, perigoso.

— Promete?

Rafael puxou a bermuda de Luca levemente, só até deixar a curva da cintura à mostra. Mordeu a pele com força, deixando uma marca vermelha.

Luca arfou.

— Que isso fique de lembrança — disse ele. — Pra quando estiver sozinho e lembrar que tem dois alfas te caçando.

Luca se virou devagar, com o rosto corado, a respiração acelerada, os lábios inchados.

— E quando é que vocês vão parar de brincar e me levar a sério?

Thiago se aproximou, colando os lábios no ouvido dele.

— Quando a gente tiver você preso entre nós, na nossa cama, com gemidos demais pra esconder e marcas demais pra contar.

— Aí sim vai ser sério — completou Rafael, pegando a camiseta do chão e entregando pra ele com um sorriso torto.

Luca vestiu, olhando os dois com desafio.

— Então que venham. Mas lembrem-se…

Ele caminhou até a porta do vestiário, abrindo-a devagar.

— Um dia vocês vão implorar por mim. E eu vou escolher quem merece primeiro.

E saiu. Com o short justo, o cabelo bagunçado e o perfume doce deixando os dois alfas no inferno.

Rafael fechou os olhos e sussurrou:

— Eu vou marcar esse omega.

Thiago respondeu com frieza:

— Só por cima do meu cheiro.

🔥 Continua…

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