A noite caiu rápido em Musutafu. No quarto de Bakugou, o celular brilhava com a notificação de mensagem:
> 🐰 “Minha omma viajou. Só volto a ver ela domingo.”
🐰 “Se você quiser… pode dormir aqui hoje.”
Katsuki leu e releu a mensagem umas dez vezes, o coração batendo forte como se fosse a primeira vez que via Izuku escrever alguma coisa assim. O alfa respirou fundo, os olhos fixos na tela, antes de responder.
> 💥 “Tô indo.”
Só tinha um detalhe.
Ele precisava sair de casa... VIVO.
E pra isso, teria que mentir pra a mulher mais insuportavelmente esperta da galáxia: Mitsuki Bakugou.
—
Na sala da casa Bakugou – 20:12 da noite
— Vai dormir fora? — Mitsuki levantou uma sobrancelha, desconfiada, enquanto dobrava umas roupas no sofá.
— É. — respondeu Bakugou, direto. — Na casa do Kirishima.
— O ruivinho de dente de tubarão?
— É. Esse aí.
— E o que vão fazer? Jogar videogame, ver filme e comer porcaria até explodir?
— Isso aí. — Katsuki já estava calçando o tênis com pressa.
Mitsuki estreitou os olhos, desconfiada.
— Você não gosta de dormir fora, pirralho. Nem quando era criança.
— Cresci. Agora gosto.
— Se você engravidar alguém, vai ter que criar. Só tô avisando. — disse ela, voltando a dobrar roupa como se não tivesse jogado uma granada emocional na sala.
— VELHAAA!! — Bakugou quase tropeçou de tanto acelerar a saída.
Mas antes que ele pudesse abrir a porta, a voz da mãe ecoou de novo:
— Se for o garoto de olhos verdes com cara de quem toma leite quente antes de dormir… usa camisinha.
BAM. Porta fechada.
Bakugou ficou parado na calçada, vermelho até a alma.
— Essa mulher vai me matar um dia…
—
Casa dos Midoriya – 20:54
Katsuki chegou. O prédio era simples, mas aconchegante. O hall cheirava a lavanda e madeira velha. Subiu os degraus dois a dois até parar em frente à porta 302.
Bateu uma vez.
Izuku abriu vestindo uma camiseta larga, o cabelo verde ainda úmido da ducha, e uma expressão meio nervosa, meio feliz.
— Kacchan…
— Tô aqui. — foi tudo o que Katsuki disse antes de entrar, jogando a mochila no canto e olhando em volta.
O apartamento era pequeno, mas arrumado. Fotos de Izuku e Inko decoravam as prateleiras. Havia um cobertor dobrado no sofá, um chá ainda quente na mesa de centro e uma panela no fogão.
— Fez comida?
— Bulgogi… com arroz. Achei que você ia vir com fome.
Bakugou deu um sorrisinho. Aqueles detalhes… sempre ele. Sempre carinhoso demais. Cuidando.
—
Depois do jantar
Estavam no quarto, sentados lado a lado no futon estendido no chão. O celular de Izuku tocava uma música baixa em coreano, e os dois dividiam o mesmo cobertor.
— É estranho… — Izuku murmurou.
— O quê?
— Ter você aqui. Não pela presença. Mas porque… é real.
Bakugou o olhou de lado.
— Sempre foi real pra mim. Mesmo quando a gente só se via por tela.
Izuku corou.
— Você vai dormir aqui, né?
— Eu dormi na sua boca semana passada e você ainda pergunta?
Izuku deu um tapa no braço dele, rindo. — Idiota.
Silêncio.
Katsuki se aproximou, devagar. O rosto sério, o olhar fixo.
— A gente vai dormir… mesmo?
Izuku o encarou.
— Se você quiser.
E ele queria.
Mas antes… precisava dizer.
— Eu nunca dormi com ninguém assim. De verdade. — confessou o ômega, baixinho.
— Eu também não. — admitiu o alfa.
Eles se olharam por um momento. E então, debaixo do cobertor, as mãos se encontraram. Dedos entrelaçados.
Sem pressa, Katsuki se deitou ao lado dele, puxando Izuku contra o peito. O cheiro do ômega — mesmo com supressor — ainda era doce. Seguro. Calmo.
— Tá confortável? — perguntou ele.
— Agora tô.
Ficaram assim. Por minutos. Por talvez uma eternidade.
— Ei, Kacchan… — Izuku sussurrou.
— Hm?
— Se sua mãe descobrir… você tá ferrado.
— Se minha mãe descobrir… você vira oficialmente meu ômega. E aí foda-se o resto.
Izuku sorriu. Se ajeitou mais ainda no peito dele e fechou os olhos.
— Então quero ser descoberto.
—
Cena bônus: Mitsuki espiando a localização do filho no celular
— Rua… Fukuda. Prédio 302. Apartamento... 3.
— …
— Masaru, pega o casaco. Vamos dar uma passadinha num mercadinho ali perto…
— Mercado? Essa hora?
— Bakugou Katsuki tá transando. Eu sinto.
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Atualizado até capítulo 37
Comments
kim taehyng
kkkkkk katsuki ta transando.Eu sinto kkkkkkkk
2025-07-27
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