📖 Capítulo 5 – Veneno à Mesa
A mesa do café da manhã, naquele sábado cinzento, parecia mais fria do que nunca. Jade entrou na sala com o salto estalando no mármore, cada passo marcado pela arrogância que se tornara sua marca registrada. Seu perfume caro antecedia sua presença, enjoativo como suas palavras.
— Então, a bastarda agora vai brincar de médica? — disse ela, quebrando o silêncio com a voz arrastada e venenosa. — Que lindo… já pensou em dar plantão em favelas? Vai combinar com você.
Suspirei, controlando a fúria que queimava por dentro. Levantei os olhos, encarei-a com calma e respondi em italiano impecável, para que nosso pai entendesse cada sílaba:
— Meglio lavorare onestamente che vivere come un parassita. (*É melhor trabalhar honestamente do que viver como um parasita.*)
Jade arregalou os olhos, ferida no orgulho. Tentou disfarçar, mas o ódio borbulhava em suas feições.
— Você deveria ter morrido junto com aquela mulherzinha — cuspiu, em português, como se fosse um sussurro cruel só para mim.
Antes que eu respondesse, o som estrondoso da mão do nosso pai batendo na mesa ecoou pela sala como um trovão. O cristal das taças tremeu.
— Basta! — a voz dele soou como um rugido que fez até o relógio da parede parecer se calar. — Chega, sua mimada inútil!
Jade empalideceu. O silêncio que se seguiu pareceu eterno.
— Aprenda a respeitar as pessoas e suas conquistas — continuou Alessandro, a voz dura e implacável. — Você está parecendo uma criança invejosa e mimada. Em vez de se preocupar em humilhar sua irmã, deveria se preocupar com seu casamento que ocorrerá dia 20 de dezembro com Dimitri Volkov.
Jade arregalou os olhos, o rosto perdeu toda a cor e a pose altiva se desfez como vidro estilhaçado.
— Casar? — repetiu, a voz falhando num grito desesperado. — Eu não, pai! Por favor, não faça isso comigo!
Ele se levantou, imponente como um juiz, o olhar afiado como lâmina:
— Chega, Jade. Já decidi. O conselho escolheu você, e eu aprovei. Essa aliança é ótima para nós. Nosso capô está imensamente feliz, já que ele não tem filhos ainda.
Ela se levantou de supetão, a cadeira caiu para trás com estrondo. Seu rosto se contorceu em ódio e pânico. Jade saiu correndo, furiosa, batendo a porta com tanta força que o som reverberou pelos corredores da mansão.
Fiquei sentada, imóvel, o coração disparado. O assunto não me pertencia — mas meu silêncio era minha armadura. Sabia que, a partir dali, algo sombrio se aproximava.
E no fundo dos olhos de Alessandro, vi o reflexo do fogo que começava a consumir nossa família por dentro.
Depois do clima horrível que ficou na mesa, meu pai se levanta, me deseja um bom dia e sai, eu me limpo e me retiro da mesa subo para o meu quarto, me trocar para ir ao curso, coloco o uniforme amarro, os meus cabelos em um rabo de cavalo passo um batom roxo e apenas um lápis de olho, não gosto de muita maquiagem, gosto de um batom chamativo mais de outras coisas não. Depois de pronta chamo o meu motorista para podermos irmos.
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Atualizado até capítulo 57
Comments
Janna
começando a ler agora, dia 03 de julho. e amando./Heart//Heart//Heart/
2025-07-04
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