CAPITULO 5

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Os sinos ressoavam em sincronia com os corações agitados, as floriculturas estavam abarrotadas de pétalas recém-colhidas e os alfaiates quase enlouqueciam com a quantidade de vestidos sendo ajustados. O baile do Duque se aproximava, e os boatos corriam mais rápido que os mensageiros reais.
Alguns falavam que o Duque procurava uma noiva. Outros diziam que ele buscava alianças políticas. Mas, no fundo, a cidade só queria dançar.
E enquanto isso… Lily pensava na carta.
Estava sentada no sofá, mexendo nos próprios dedos enquanto seus olhos ainda viam a caligrafia impecável do pai. As palavras não pareciam duras, mas o silêncio delas gritava mais do que qualquer bronca. Ela era filha deles… ainda era, não era?
O som da porta batendo a trouxe de volta. Ela sorriu antes mesmo de abrir. Sabia de quem era aquele tipo de batida.
Cassandra Miller
Cassandra Miller
Que bom tá viva
Cassandra Miller
Cassandra Miller
Entrando com a mesma energia de sempre. — Desculpa não ter vindo antes, andei ocupada.
Lily ergueu uma sobrancelha.
Lily P.
Lily P.
Sei bem que tipo de “ocupada” você andou sendo.
Cassandra soltou uma risada debochada, tirando a capa.
Cassandra Miller
Cassandra Miller
Trabalho é trabalho. Você esquece que sou uma Miller? Acha mesmo que essa cidadezinha ia suspeitar que uma mocinha de batom faz parte da gangue mais letal do continente?
Lily P.
Lily P.
A parte do batom realmente ajuda na camuflagem — Lily brincou, indo até a cozinha.
Cassandra se jogou no banco da sala, esticando as pernas.
Cassandra Miller
Cassandra Miller
Dessa vez é missão de infiltração. Tem alguém com informações valiosas que a gente precisa rastrear, e é bem no meio dos nobres. E antes que pergunte, não posso contar mais.
Lily apenas assentiu, já acostumada com os limites que a amiga precisava manter. Enquanto preparava a mesa com pratos fumegantes, Cassandra soltou um suspiro dramático.
Cassandra Miller
Cassandra Miller
Não tenho roupa pra esse baile ridículo.
Cassandra Miller
Cassandra Miller
Sabe que odeio vestidos
Lily P.
Lily P.
Então você veio na casa certa. — Lily sorriu. — A gente pode ver o que eu tenho e modificar ao seu gosto. Posso até colocar umas facas escondidas se quiser.
Cassandra Miller
Cassandra Miller
Agora você falou minha língua — disse Cassandra, com um sorriso genuíno.
Lily estava terminando de servir a comida quando ouviram três batidas suaves na porta. Ela abriu e lá estava Apolo, o vizinho alquimista, de expressão serena e garrafa na mão.
Apolo
Apolo
Eu senti cheiro de comida. Trouxe bebida pra combinar — disse ele, sem jeito, mas com a doçura de sempre.
Cassandra Miller
Cassandra Miller
Opa, o príncipe da timidez chegou — provocou Cassandra, já recostada na cadeira. — Achei que ia estar trancado estudando alguma poção pra fazer o tempo parar.
Cassandra Miller
Cassandra Miller
E você ainda aqui? — Apolo respondeu, arqueando uma sobrancelha. — Achei que assassinas trabalhavam melhor no escuro.
Lily riu e os deixou implicarem um pouco enquanto ajeitava os talheres.
A tarde começava a correr tranquila, e mesmo com o peso da carta ainda no coração de Lily, aquele momento — simples, familiar, cheio de picuinhas e comida quente — era um alívio.
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A cidade nunca esteve tão bela.
As luzes pendiam pelas janelas e varandas como se as estrelas tivessem descido para assistir ao baile. Flores encantadas cintilavam nas laterais das ruas, e carruagens de todas as cores cortavam as avenidas rumo ao palácio. Roupas elegantes, perfumes exóticos, sorrisos ensaiados — estava em festa.
O Baile do Duque havia começado.
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O palácio, esculpido em mármore claro e espelhos mágicos, estava vibrante. O salão principal era um oceano de ouro, velas flutuantes e música envolvente. Guardas cerimoniais mantinham a ordem, enquanto nobres e convidados se misturavam entre taças de vinho e olhares calculados.
E então... ela chegou.
Todos comentavam. Era como se o tempo tivesse parado quando Lily Poet atravessou as portas. O vestido vermelho envolvia sua silhueta com perfeição, com detalhes em flores de cetim que pareciam vivas sob a luz. Os cabelos castanho-avermelhados estavam presos com delicadeza, deixando fios soltos emoldurarem seu rosto como pinceladas de arte. Mas não era só a aparência — havia algo nela que transbordava. Uma aura genuína, um brilho que não podia ser costurado.
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E todos viram. Todos sentiram.
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Ela olhou ao redor, com uma esperança silenciosa no peito, procurando por Devon entre os convidados. O havia procurado desde que chegara... Mas então, seus olhos pousaram em algo que a tirou do encanto por alguns segundos.
Seus pais estavam ali.
Parados junto a um grupo de nobres. O pai com seu olhar austero. A mãe, tão impecável quanto sempre. Lily respirou fundo. Não estou aqui por eles. Mas mesmo assim... ela caminhou até eles. Apenas por respeito. Por sua mãe.
Lily P.
Lily P.
Boa noite — disse Lily, com educação. Seu tom era firme, contido.
A Sra. Lissandra Poet a observou com olhos que quase marejaram.
Lissadra P.
Lissadra P.
Você está... lindíssima, minha filha — sussurrou, tocando o braço da jovem de leve.
Lily esboçou um sorriso pequeno, mas sincero.
Eros P.
Eros P.
Está decente
Lily P.
Lily P.
Não vim como filha de vocês.
Antes que se virasse para ir embora, uma nova presença chegou ao pequeno círculo.
A mãe do Duque. Alta, elegante, com o porte digno de uma imperatriz. E ao seu lado... Devon.
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O coração de Lily quase parou. Seu pai, animado pela presença da nobre, falou com um sorriso que raramente usava com ela:
Eros P.
Eros P.
Vossa Graça, é um prazer. Essa é nossa filha, Lily Poet.
Devon a olhou. Seus olhos a fitaram por mais tempo que o apropriado. E então... ele sorriu. Um sorriso tranquilo, quase divertido.
O salão parecia se dissolver ao redor deles.
Lily o encarava. Os olhos verdes dela, tão intensos, estavam cheios de confusão. Devon manteve o olhar firme, como se esperasse por algo — talvez uma reação branda, talvez uma risada. Mas não foi o que recebeu.
Ela apenas o observava. Longamente. Como quem percebe que confiou demais em alguém que sabia de mais e disse de menos.
E então, sem uma palavra, Lily quebrou o momento.
Lily P.
Lily P.
Com licença... — disse, abaixando a cabeça em uma reverência educada. A frieza do gesto doía mais nela do que nele.
Lily P.
Lily P.
Preciso me retirar. Vossa Graça.
Devon, pego de surpresa pelo tom cortante, apenas assentiu, como se respeitasse o espaço que ela colocava entre eles.
Ela se afastou
Seu vestido vermelho dançava com a pressa discreta dos passos. Não queria chamar atenção, mas também não queria permanecer ali — não com todos olhando, não com os olhos dele ainda a acompanhando como uma sombra gentil.
Caminhou até a longa mesa de banquete. Havia frutas, carnes nobres, sobremesas mágicas… mas ela só precisava de uma pausa. Algo pequeno. Pegou um bolinho com cobertura de amora e mordeu de leve.
E então parou.
Aquele sabor. Aquela massa leve, com o toque de mel… o recheio adocicado mas com o toque azedinho no fim... Era o bolinho. Da padaria dos goblins. A que ela recomendou a Devon.
Um sorriso quase escapou, triste, nos lábios dela. Era irônico. Ela conhecia o gosto da bondade mesmo quando tudo ao redor parecia engano. Segurando o bolinho, olhou de canto novamente para o salão. Devon ainda estava ali. Cercado por sorrisos e cumprimentos. Mas seus olhos… ainda estavam nela.
Lily mastigava com lentidão, o olhar perdido nos arranjos de flores encantadas sobre a mesa. Ela tentou se distrair com o sabor — doce, familiar — mas o coração ainda estava inquieto.
Foi quando avistou Cassandra
A amiga estava elegante como sempre, mas seu corpo dizia mais que a roupa. Os passos precisos, o olhar atento. Estava ali a trabalho. Provavelmente vasculhando informações em meio às taças de cristal e sorrisos falsos.
Não devo atrapalhar, pensou Lily, desviando o olhar com discrição.
Mas foi então que viu outra figura familiar mais perto da mesa de bebidas: Apolo. Sorridente, distraído como sempre… e prestes a chamar atenção da bruxa disfarçada.
Ela se aproximou com delicadeza, ajeitando o vestido.
Lily P.
Lily P.
Apolo — disse, com um sorriso gentil, batendo de leve no ombro dele. — Que bom te ver por aqui.
Apolo
Apolo
Lily! — ele se virou, um pouco corado ao vê-la tão bem arrumada. — Você tá… brilhando.
Lily P.
Lily P.
Obrigada. — Ela olhou rapidamente para onde Cassandra estava.
Lily P.
Lily P.
A propósito… toma cuidado pra não cruzar o caminho da mulher de vestido preto e calça alfaiataria com esmeraldas, tá?
Apolo
Apolo
Por quê?
Lily P.
Lily P.
Digamos que ela está trabalhando. E você tende a… atrapalhar.
Apolo franziu as sobrancelhas, confuso.
Mas antes que ele pudesse perguntar qualquer coisa, uma voz grave e suave cortou o ar:
D.Devon
D.Devon
Atrapalhar quem?
Devon. Elegante, com o traje perfeitamente ajustado — claro, graças a ela — e um olhar curioso. Lily se virou para ele, mantendo a compostura.
Lily P.
Lily P.
Nada demais — respondeu com naturalidade. — Estávamos apenas comentando como algumas pessoas podem ser… dispersas em festas grandes.
Apolo soltou um risinho e fingiu se ofender. Devon apenas ergueu uma sobrancelha, mas não insistiu.
D.Devon
D.Devon
Eu estava te procurando — disse, voltando-se totalmente para Lily. — Não tive chance de… me explicar antes...
Ela o encarou com certa reserva.
Lily P.
Lily P.
Eu imaginei. Mas você não me deve explicações. Não éramos nada além de… conhecidos, certo?
Devon desviou o olhar por um segundo, como se escolhesse com cuidado as palavras. Depois voltou a fitá-la.
D.Devon
D.Devon
Não gosto muito de ser tratado diferente só por um título. — A voz era calma, mas sincera. — Com você… eu não precisava ser ninguém além de mim. E gostei disso.
Lily P.
Lily P.
Entendo... títulos realmente nos atrapalham mesmo...— olha para seus pais com olhar de tristeza.
Por um instante, ficaram em silêncio. E ao fundo, a música começou a suavizar, preparando o salão para a primeira dança.
Ele estendeu a mão, como num gesto de trégua e… talvez, um novo começo.
Ela olhou para a mão dele. Depois para os olhos. E sem sorrir, mas com uma leveza no peito, disse:
D.Devon
D.Devon
Então você é filha deles?
Lily P.
Lily P.
So tenho sangue
respondia firme
Apolo
Apolo
Devon...
Apolo o olha para ele parar de perguntar
Lily P.
Lily P.
se conhecem?
Apolo
Apolo
Sim!desde criança.
D.Devon
D.Devon
É desde criança
Lily P.
Lily P.
coitados
D.Devon
D.Devon
(Rir)
Apolo
Apolo
(Rir)
D.Devon
D.Devon
Eu vou cumprimentar os outros convidados,com licença.
Lily P.
Lily P.
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Cassandra Miller
Cassandra Miller
Pensei que o Duque não ia sair daqui mais
Cassandra Miller
Cassandra Miller
Na verdade ele não parava de te encarar
Cassandra Miller
Cassandra Miller
Sua beleza ainda vai te por numa furada
Lily P.
Lily P.
Oque eu posso fazer... É um Dom.
Apolo
Apolo
Trabalhando?
Cassandra Miller
Cassandra Miller
É....E Nada.
Cassandra Miller
Cassandra Miller
frustante
Cassandra Miller
Cassandra Miller
Mas,Não se preucupem
Cassandra Miller
Cassandra Miller
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A música começou a ecoar suave pelos vitrais do salão. Um som de cordas delicadas e passos ensaiados. A primeira dança do baile.
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Todos os olhares se voltaram para o centro, onde O Duque iria escolher alguem para dança … mas so uma mulher em especial, se destacava.
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D.Devon
D.Devon
Me daria a Honra dessa dança?
Devon estendia a mão com respeito. E Lily, mesmo sem sorrir de verdade, permitiu-se aceitar.
Ele guiou-a com gentileza. Os dedos se entrelaçaram de leve. As mãos dele eram quentes. As dela, firmes. Ambos sabiam como dançar — mas não sabiam ainda como estar juntos.
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As luzes encantadas pairavam sobre suas cabeças como pequenas estrelas que desceram só para vê-los. E assim, começaram a girar.
Lily se moveu com a delicadeza de uma flor no vento, o vestido vermelho girando em voltas que marcavam o chão como pinceladas de paixão. Devon a guiava com a precisão de um nobre, mas com o olhar de um homem encantado.
Ela olhava de canto, tentando manter-se neutra, mas era impossível.
O modo como ele a observava era desarmador. Não com fome. Não com sede de poder. Mas com aquela surpresa de quem encontrou algo raro e… não sabe se merece.
D.Devon
D.Devon
Você dança bem — ele sussurrou, aproximando-se o bastante para que só ela ouvisse.
Lily P.
Lily P.
Eu aprendi sozinha… — disse ela, desviando o olhar, como se isso explicasse tudo.
D.Devon
D.Devon
Sozinha? — Devon perguntou, impressionado. — Então o mérito é só seu.
A resposta a pegou desprevenida. Poucos a elogiavam sem condescendência.
Lily finalmente ergueu os olhos e o encarou. E naquele instante, o salão pareceu sumir.
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Era só ele e ela. Rodando. Luz dourada nos olhos verdes. Lábios que não sorriam, mas diziam tudo.
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Devon a puxou com delicadeza para mais perto, respeitando o espaço dela, mas quebrando a distância segura.
D.Devon
D.Devon
Você tem um jeito de me fazer esquecer quem eu sou… e lembrar quem eu quero ser.
O coração de Lily deu um salto. Mas ela não respondeu. Apenas desviou o olhar… com um pequeno rubor nas bochechas.
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Lily P.
Lily P.
Diz isso para todas que dançam com você ?
D.Devon
D.Devon
Nunca danço com outra mulher a não ser a minha mãe
Lily P.
Lily P.
(Surpresa)
Lily P.
Lily P.
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A dança seguiu. E quando o último acorde cessou, ela recuou um passo, respirando fundo.
Lily P.
Lily P.
Obrigada,por não comentar sobre eles essa noite.
Devon inclinou levemente a cabeça.
D.Devon
D.Devon
Obrigado… por não me tratar como um.
E então, ela virou-se… saindo da pista de dança, como uma estrela cadente que passou, brilhou, e foi embora antes de ser capturada. Mas ele ficou ali, imóvel, observando. Com a certeza de que aquela não foi só uma dança. Foi o começo de algo.
Todos os olhares se voltaram para o centro, onde pares se formavam… mas um par, em especial, se destacava.
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Enquanto Lily e Devon deslizavam elegantemente pelo salão, a música ecoando como uma promessa de algo que ainda nem sabiam nomear, Cassandra os observava à distância.
Cassandra Miller
Cassandra Miller
"Seria bom dançar…", pensou, quase se repreendendo logo em seguida.
Foi então que ouviu uma voz baixa ao seu lado.
Apolo
Apolo
Quer dançar?
Cassandra surpresa pergunta
Cassandra Miller
Cassandra Miller
Tá me convidando?
Cassandra se virou devagar, sem acreditar muito no que tinha escutado.
Apolo
Apolo
Sim,me da a honra de uma dança senhorita Miller?
Ela o analisou por um segundo, como se buscasse alguma armadilha naquele convite inesperado. Mas tudo o que viu foi sinceridade. Sem resistir ao sorriso que surgiu em seus lábios, respondeu com um aceno de cabeça:
Cassandra Miller
Cassandra Miller
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Cassandra Miller
Cassandra Miller
Adoraria
A música do baile seguia em tons suaves, entrelaçando os casais como se o salão inteiro respirasse num mesmo compasso. Cassandra e Apolo agora ocupavam discretamente um canto da pista, e mesmo que a presença dos dois não tivesse sido anunciada, eles se destacavam. Cassandra, acostumada com os becos, com lâminas ocultas e passos silenciosos, dançava como quem temia parecer vulnerável. Seus ombros estavam levemente tensos no início, os olhos atentos aos arredores.Mas então, Apolo sorriu.
Não um sorriso provocador, nem um daqueles sorrisos de charme ensaiado. Foi um sorriso genuíno.
Ela relaxou. Seu corpo se moldou à dança, e, mesmo usando botas de salto e um vestido que claramente tinha sido adaptado às pressas, Cassandra parecia flutuar. Apolo a guiava com uma gentileza paciente, como se soubesse que ela era feita de muralhas, e estivesse disposto a respeitar cada uma — mas sem medo de tocá-las.
Apolo
Apolo
Você dança bem — comentou ele, em voz baixa.
Cassandra Miller
Cassandra Miller
Não tanto quanto mato gente — respondeu ela, sorrindo com um canto da boca, fazendo-o rir.
Do outro lado do salão, perto das janelas altas, Lily observava a cena com um sorriso sereno. Estava com a mão repousada no braço de Devon após a dança, ambos respirando ainda sob o calor do momento anterior.
Lily P.
Lily P.
Olha eles ali... — disse ela, apontando com o queixo.
Devon seguiu o olhar e avistou Apolo e Cassandra rodopiando.
D.Devon
D.Devon
Eles realmente... combinam.
E por um breve instante, enquanto o salão continuava dançando, ela acreditou que talvez houvesse um pouco de magia nos encontros que a vida decidia costurar.
Lily P.
Lily P.
combinam
Lily assentiu, encantada com a harmonia inesperada daquele momento. E por um breve instante, enquanto o salão continuava dançando, ela acreditou que talvez houvesse um pouco de magia nos encontros que a vida decidia costurar.
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