Capítulo 2: O Jogo da Sedução

Os dias que se seguiram ao encontro na galeria foram preenchidos por uma mistura de ansiedade e excitação. Clara se pegou verificando o celular com frequência, a expectativa pulsando em seu peito a cada notificação. Lucas havia se tornado uma presença constante em sua vida, mesmo que virtualmente. As mensagens eram um jogo divertido de palavras, repleto de trocas de piadas e provocações sutis.

-Você sabia que a arte e a fotografia têm muito em comum?

Lucas escreveu em uma das mensagens.

-Ambas capturam momentos, mas apenas uma delas pode ser realmente apreciada no Instagram.

Clara não pôde conter uma risada.

-Ah, então você está dizendo que meu trabalho não é digno de likes?

Respondeu ela, desafiadora.

-Não é isso! Eu só estou dizendo que você deve me deixar fazer uma sessão fotográfica sua! Assim, podemos ver quem realmente chama mais atenção nas redes sociais

Ele provocou. Clara sentiu um frio na barriga com o convite implícito. A ideia de ser fotografada por Lucas era intrigante, mas também intimidante. Ela estava ciente de que cada mensagem trocada era como uma dança — um passo à frente e outro para trás, enquanto tentava proteger seu coração. Enquanto as conversas progrediam, Clara começou a abrir um pouco mais sobre si mesma. Compartilhou histórias de sua infância, suas ambições e até seus medos mais profundos. Lucas fazia perguntas que pareciam penetrar em sua alma, revelando camadas dela que nem sempre eram fáceis de expor.

-Você sabe

Ele escreveu certa noite

-A vida é como uma fotografia. Às vezes precisamos ajustar o foco para ver as coisas com clareza.

A profundidade da mensagem fez Clara parar para refletir. Estaria ela se permitindo ver Lucas com clareza ou estava apenas se deixando levar pela emoção? As flertes continuavam a aumentar em intensidade e Clara percebeu que estava se sentindo cada vez mais atraída por ele. Era como se uma conexão mágica estivesse se formando entre eles, mas ao mesmo tempo, a voz interna de Clara insistia:

-Cuidado! Você não conhece bem esse cara.

E então veio o convite inesperado.

-Oi, Clara!

Começou Lucas numa mensagem.

-Estava pensando... que tal um encontro? Uma verdadeira sessão fotográfica com direito a café? Podemos explorar a cidade juntos e eu prometo capturar seu melhor ângulo!

O coração de Clara disparou ao ler as palavras. Um convite para um encontro real significava dar um passo além do mundo virtual — significava abrir-se completamente para algo novo e desconhecido. Ela hesitou por um momento, ponderando sobre as implicações disso tudo.

-Um encontro? Assim do nada?

Respondeu ela, tentando manter um tom descontraído apesar da adrenalina correndo em suas veias.

-Sim! Não quero só ver você através de uma tela

Lucas respondeu rapidamente.

-Quero conhecer você de verdade! E quem sabe descobrir se essa química toda é real.

Clara sentiu um misto de empolgação e medo. O desejo por aventura e novas experiências lutava contra a insegurança que vinha acumulando dentro dela. Afinal, o que era realmente essa química? Ela estava pronta para explorar isso? Após alguns minutos de reflexão — durante os quais sua mente saltou entre os prós e contras — decidiu que não podia deixar essa oportunidade passar. O medo nunca deve ser um impeditivo para viver algo bonito.

-Ok

Ela digitou finalmente, seu coração batendo forte enquanto fazia isso.

-Vamos lá! Estou dentro!

A resposta foi quase imediata:

-Perfeito! Vamos nos encontrar amanhã às 10h no café da esquina da sua rua? E não se preocupe — prometo ser o fotógrafo mais encantador que você já conheceu!

Clara sorriu ao ler a mensagem. Havia algo refrescante na confiança dele — uma energia vibrante que fazia seu coração pulsar mais rápido. Ao mesmo tempo, ela sabia que precisava estar atenta; não queria se deixar levar pela empolgação sem considerar os riscos. O capítulo termina com Clara olhando pela janela do seu apartamento enquanto o sol começava a nascer no horizonte. A cidade acordava lentamente e ela sentia-se cheia de expectativa pelo dia seguinte. A ideia de encontrar Lucas pessoalmente fazia seu estômago revirar — mas talvez fosse hora de deixar as defesas caírem e abrir-se para o desconhecido.

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