CAPÍTULO 05
Capítulo 05:
Silêncio Entre Quatro Paredes.
Enzo Valentini
Ei, você é aquele cadeirante, né?
Luna moretti
*Dá um leve tapa no ombro de Enzo*
Enzo!
Enzo Valentini
Ai, que foi?
Luna moretti
Não precisa falar desse jeito...
Enzo Valentini
*fica confuso por um segundo*
💭 Ela tá... defendendo ele? 💭 desculpas.
Luna moretti
*fica em silêncio, observando*
Enzo Valentini
Então você é o ex-famoso do basquete?
Dante Ferraz
sorri fraco* É… o pior é que sou mesmo.
Luna moretti
*nota o sorriso dele… mas continua quieta, apenas observando*
Enzo Valentini
Nossa, cara… antes você era uma estrela.
Vivendo no centro das atenções, sempre cercado de gente… e de muitas gatinhas também, né?
*fica perto dele*
Dante Ferraz
É… *olha pro lado, desconfortável*
Enzo Valentini
Deve ser foda p...
Luna moretti
*interrompe, com um olhar frio*
Enzo.
Luna moretti
*tampa a boca do Enzo antes que ele fale mais alguma besteira*
Me desculpa, mas estamos indo agora. A gente se vê por aí.
*começa a arrastar Enzo*
Dante Ferraz
Ok... tchau...
*vendo eles se afastarem, solta um suspiro de alívio*
Ainda bem que eles foram...
Narrador: Quando Dante volta o olhar para a mesa, percebe algo.
A garota havia esquecido o livro.
Dante Ferraz
*pega o livro nas mãos*
Ela esqueceu...
*olha para a porta por onde Luna saiu"
Posso entregar pra ela amanhã...
*lembra do que Enzo havia dito*
Hum… o nome dela é Luna...
Narrador: Já era fim de tarde na escola.
O som do sinal ecoou pelos corredores, liberando uma onda de adolescentes apressados para fora das salas.
Dante, como sempre, saiu por último da sua turma.
Rodando calmamente pelos corredores, observava o pôr do sol tingindo o céu, e a noite se aproximando.
Dante Ferraz
Aham… tenho que sair logo. A noite é bem perigosa.
Narrador: Com passos firmes em sua cadeira, Dante segue seu caminho, saindo da escola e entrando nas ruas.
A cidade já começava a mudar.
E Dante sabia… o verdadeiro silêncio vinha com a escuridão.
Enzo Valentini
*olhando para Dante*
isso deve ser uma Pena para ele.
Luna moretti
Por que sente pena?
Enzo Valentini
Bem… antes de você chegar nessa escola, aquele garoto era bem famoso.
Ele tinha tudo: amigos, popularidade, talento.
Mas perdeu tudo num acidente de carro. Agora... vive sozinho.
Luna moretti
*olha discretamente para Dante*
Dante Ferraz
*puxa as rodas da cadeira, seguindo sozinho pelo pátio*
Enzo Valentini
A vida e assim… é triste pra todos nós, no fim das contas.
Luna moretti
*fica em silêncio, os olhos ainda acompanhando Dante*
Dante Ferraz
*se afastando aos poucos, em silêncio*
Luna moretti
💭 Ele… é sozinho? 💭
Enzo Valentini
Olha, o motorista chegou.
Luna moretti
*sai dos pensamentos e volta para o momento presente*
Ah… certo. Vamos. Tenho uns assuntos pra resolver.
Enzo Valentini
Ok, ok… não precisa falar dos seus "assuntos". *entra no carro com um sorrisinho sarcástico*
Luna moretti
* Agora volta para casa*
Dante Ferraz, narrador:
Pode até ser escuro nessas ruas… meio assustador também.
Mas pelo menos aqui, algumas pessoas ainda são boas…
Na verdade… nem todas são.
Dante Ferraz, narrador: Esse é meu apartamento… um lugar de paz e conforto. Poderia ser diferente, mas, de certa forma, é muito bom.
Dante Ferraz
*entra em casa*
Narrador: larga a mochila no sofá e segue direto até a geladeira
pega um suco de caixinha, toma um gole e suspira
à mesa da cozinha, encara a tela do celular.
Narrador: Dante se dirigir, vai até o sofá e, com esforço, se deita sem se machucar
apoia a cabeça numa das almofadas macias.
Dante Ferraz
Dante: — Aham…
Narrador: o silêncio do apartamento ecoa como um grito, lembrando-o do que insiste em ignorar
ele está sozinho no mundo.
Dante Ferraz
Dante: — Que solidão enorme… dói demais.
Dante Ferraz, narrador:
Para algumas pessoas, morar sozinho deve ser perfeito…
Mas pra mim, é apenas solidão pura. Sem ninguém… só uma vida triste e isolada.
Dante Ferraz
*olha pela janela, escutando barulhos vindos da rua*
Parece que todos se divertem...
Narrador:
A cidade brilhava lá fora, viva e em movimento.
Pessoas se encontrando, se apaixonando, brigando, reatando…
Enquanto isso, a rotina de Dante seguia igual.
Ninguém entrava. Ninguém saía.
Dante Ferraz, narrador:
Eu não tenho muita coisa pra me distrair nesse apartamento.
Como um cadeirante pode se divertir entre quatro paredes?
Talvez eu devesse ligar pra minha família…
Mas será que vão me atender? Ou só vão me ignorar… como sempre?
Dante Ferraz
*pega o celular e começa a ligar, hesitante*
Narrador:O telefone toca.
Uma vez. Duas. Três.
Mas ninguém atende.
No fundo, Dante já sabia disso…
Mas ainda assim, havia uma faísca de esperança dentro do seu coração solitário.
Dante Ferraz
...Por favor, atende...
Narrador: A ligação cai.
Sem resposta.
Sem retorno.
Dante abaixa o celular, derrotado.
Dante Ferraz
...Por que eu ainda tenho esperança...?
Eles não se importam comigo…
Foi por isso que me mandaram pra cá.
Dante Ferraz
...Por que eu ainda tenho esperança...?
Eles não se importam comigo... foi por isso que me mandaram pra cá.
Narrador: Com esforço, Dante usa os braços para se levantar da cadeira.
Vai até seu pequeno quarto.
Cada movimento exige energia, mas ele já se acostumou.
Dante Ferraz
*se aproxima da cama, se apoia com os braços e se deita devagar
solta um suspiro frustrado, mas também... aliviado*
Narrador: Ele tenta dormir.
Mas o sono não vem.
O silêncio do apartamento agora parece ainda maior.
Como se ecoasse dentro dele.
Dante se vira na cama, encara o teto escuro e suspira mais uma vez.
O celular vibra ao lado.
Seu coração aperta, por um momento.
Talvez... talvez alguém tenha mandado uma mensagem.
Dante Ferraz
*De pega o celular com rapidez, mas logo vê a notificação*
Só um vídeo...
*Nenhuma mensagem... como sempre*
Dante Ferraz, narrador:
Será que eu deveria mandar uma mensagem pra alguém?
Talvez... pros meus irmãos?
Fica um tempo indeciso, só encarando a tela acesa. No fim, bloqueia o celular e o larga na mesa ao lado da cama.
Dante Ferraz
amanhã... Ou talvez nunca.
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