CAPÍTULO 03:
CAPÍTULO 3:
Quem é àquela garota?
Narrador: Pelos corredores da escola Saint-Michel, Dante Ferraz caminhava sem rumo, perdido em seus próprios pensamentos. As lembranças das últimas horas não saíam de sua cabeça
especialmente dela. Como alguém podia ser tão perfeita... e ao mesmo tempo tão assustadora?
Dante Ferraz
💭 Por que eu não tiro ela da cabeça...? Eu nem conheço direito... Não deveria estar pensando nela assim... mas aqueles olhos... aquele jeito... 💭
Narrador: Ele passa a mão pelos cabelos, frustrado, tentando afastar a imagem dela de sua mente.
Dante Ferraz
💭 Ela não é como as outras... tem algo nela... algo que assusta e ao mesmo tempo atrai. Mas por quê...? 💭
Narrador: Os pensamentos de Dante foram bruscamente interrompidos quando sentiu um soco forte atingir seu rosto, fazendo-o cambalear para trás. Ele levou a mão ao local atingido, atordoado, e ao levantar o olhar, seu coração acelerou.
Dante Ferraz
Dante: coloca a mão no rosto e olha para ele com os olhos carregados de raiva contida Vocês nunca mudam, né?
alunos
(Sorriso de lado)
Ah, não se preocupa, Dante… só devolvi o soco que você merecia. Se aquela garota não tivesse aparecido naquela hora, eu já teria acabado com você.
Dante Ferraz
*segurando a raiva apertando os pulhos com raiva*
alunos
Tá irritadinho porque perdeu de novo, Dante? Mais que decepção
Dante Ferraz
*segurando as lágrimas para não chorar*
alunos
Vamos embora, cara. Deixa ele aí... sofrendo sozinho como sempre.
Narrador: Eles saíram rindo, fazendo piadas de mau gosto enquanto se afastavam pelo corredor. As risadas ecoavam, como se a dor de Dante fosse motivo de diversão.
Dante Ferraz
*coloca a mão no rosto, sentindo o sangue escorrer*
Droga... tá saindo sangue...
abre a mochila, pega um pedaço de papel amassado e limpa o rosto com pressa
Preciso ir pra sala de aula...
Narrador: Dante continua seu caminho até a sala. Ele abre a porta devagar, entrando no ambiente onde todos conversam animados ou jogam no celular, alheios ao que aconteceu.
Dante Ferraz
*puxa a cadeira de rodas devagar até o fundo da sala, ficando isolado dos outros alunos*
Narrador: Todos na sala continuavam se divertindo, rindo alto, fazendo piadas entre si. O clima era leve, animado… para eles.
Lá no fundo, onde a luz mal chegava, Dante permanecia em silêncio. Observava tudo à distância, vendo todos felizes… enquanto ele, mais uma vez, estava sozinho. Como sempre.
Dante Ferraz
*olha para todos se divertindo, conversando, rindo juntos*
💭 engraçado... todo mundo parece tão à vontade... tão leve...💭
*baixa o olhar, suspira baixo*
💭 e eu aqui... como sempre... invisível.💭
Dante Ferraz
*pega os fones de ouvido da mochila, coloca devagar
abre o caderno de desenho e começa a rabiscar em silêncio, se perdendo na música*
💭 pelo menos aqui... ninguém me incomoda.💭
Dante Ferraz
💭 Sempre me escondi da sociedade… evito ficar perto de pessoas que possam me machucar.
Na escola, não é diferente. Sempre fico no fundo da sala, onde ninguém pode fazer bullying comigo.
Mas... até parece legal ficar aqui, né?
solta um leve suspiro, irônico
Quem eu quero enganar? Essa é a pior parte de todas...💭
*olha para o celular e dá um pequeno sorriso triste*
💭 Pelo menos tenho minhas músicas… e posso desenhar um pouco. Isso ninguém pode tirar de mim.💭
Dante Ferraz, narrador:
Escutar uma boa música sempre me deixa mais calmo… mais relaxado.
É como se eu saísse dessa realidade, como se eu vivesse em um lugar onde os problemas não existem.
Nunca tive talento pra desenhar… mas depois de tanto tempo nessa solidão, comecei a focar nisso.
Desenhar virou meu jeito de não me sentir tão sozinho… de não afundar de vez nessa tristeza.
Os traços no papel me distraem. Me salvam.
E assim eu fico… quase a aula inteira, com os fones no ouvido e o caderno no colo.
Desenhando. Escapando.
Só pra essa sensação de tristeza… não me alcançar.
Dante Ferraz
*continua desenhando em silêncio, os fones tocando baixo
se concentra em cada traço, como se o lápis fosse sua única saída daquele mundo.*
Narrador: Até que a porta se abre. A professora entra na sala com passos firmes.
No mesmo instante, todos os alunos se apressam para sentar em seus lugares e o barulho some, como se alguém tivesse apertado o botão de “pausa” na bagunça.
A sala fica em silêncio.
Menos Dante…
Que continua no fundo, fones no ouvido, ainda desenhando, alheio a tudo ao redor.
professora
Alunos, hoje teremos aula de Matemática, então se preparem.
Dante Ferraz
*tiro os fones de ouvido devagar, percebendo o silêncio da sala
Abaixo o olhar e encaro o desenho que acabei de fazer*
💭 eu... desenhei ela!💭
Narrador: Os detalhes do desenho estavam diferentes… mas havia algo nele.
O olhar… a postura… a expressão fria.
Era ela.
A garota.
Mesmo sem querer, Dante havia desenhado exatamente como ela parecia... fria, misteriosa… e marcante.
Dante Ferraz
💭 Por que eu desenhei ela? Não era pra eu fazer isso... Por quê?
Dessa forma, tô ficando obcecado por ela... 💭
Narrador: Dante pega o caderno e guarda com cuidado.
Tenta prestar atenção na aula, mas a mente está longe, só pensa na garota de cabelos pretos e olhos frios.
As aulas passam devagar, e logo chega o intervalo.
Todos saem da sala, deixando Dante sozinho, ainda preso aos pensamentos.
Quem será ela? Ele sente que precisa descobrir quem é essa misteriosa garota.
Dante Ferraz
Dante: Aham~ *começa a mexer na cadeira de rodas saindo da sala mas acaba encontrando alguém, que não queria ver*
???
Oh Dante (sorriso falso)
Comments