⚠️ Dr. Liam Johnson, por favor comparecer à sala da direção.⚠️
Droga, nunca tenho paz para fazer nada nesse lugar!
—Liam, não ouviu o sinal do painel eletrônico? Estão chamando por você.
—Eu sei, Edward,é o meu pai.
—Como sabe?
—Ele me ligou dezenas de vezes,como não o atendi, encontrou outros meios de me chamar atenção.
Ando pelos corredores do hospital, onde sou cirurgião geral e diretor,visitando a ala que temos dedicada a pessoas em situações de vulnerabilidade.
—Por que não quer atendê-lo?
—O meu pai quer fechar o atendimento a essas pessoas, Ed ! O sistema de saúde do nosso país é deficiente, nem todos podem bancar por tratamentos, o quê fazemos aqui é mais do que caridade,é controle de saúde pública.
—Mas você sabe que as contas o hospital não vão bem. Será necessário cortar gastos, e o primeiro setor da lista é esse.
—Eu sei, e vou lutar para isso não acontecer! - o entrego meu tablet com as informações dos pacientes - Dá um suporte no leito 7 por favor,eu já volto.
O Hospital Metodista Johnson pertence à minha família há quase setenta anos, foi fundado por meu avô ,hoje o meu pai e meus tios revezam a presidência e o próximo serei eu, por isso me colocaram no cargo de diretor geral após uma votação interna. Os outros herdeiros abriram mão e o cargo ficou entre Ed e eu, mas por unanimidade, fui o escolhido. Agora meu primo Edward, dirige a parte da emergência,porém, assim como os outros herdeiros, todos estão subordinados a mim.
Chego no andar da direção.
—Dr.Liam, o Dr. Mark está nervoso,só falta o senhor para começar a reunião. - a secretária já vem tensa para o meu lado, aliás tensão é o que não falta nesse lugar ultimamente.
—Já estou aqui! Traga-me um expresso duplo? Acredito que irei precisar!
Entro na sala onde encontro o meu pai, andando de um lado para o outro,meus tios,primos e alguns acionistas.
—Até que enfim, Liam! Estávamos apenas aguardando você!
—Primeiro meus pacientes, o senhor sabe disso. - respondo
Sento na minha cadeira, meu expresso chega e a reunião,enfim, começa.
—As coisas não estão boas, não é novidade. Precisamos de injeção de capital. - diz meu tio
—De quanto estamos falando? - pergunta um dos acionistas
—Cerca de 10 milhões de dólares
Um silêncio assustador toma conta de todos.
—Não temos como injetar esse dinheiro todo, ou fechamos algumas alas e encerramos contratos, ou fechamos o Hospital.
—Calma pai! Quanto drama. - digo
—Dessa vez seu pai não está fazendo drama,Liam. A situação é realmente desesperadora.
Minha prima Sarah ,que administra o financeiro, me apresenta os dados. É...realmente está complicado.
—Quais são as opções reais que temos ,Sarah? - pergunta
—Fechar a ala conveniada à Caritas - justamente a ala de caridade - Ou fechar a emergência e ficarmos somente com as cirurgias eletivas e ambulatórios.
Meu pai está desolado, sei como se sente fracassado,é o legado de uma família desmoronando. Duas gerações lutaram por esse hospital e justamente a terceira o deixará falir? Eu preciso fazer alguma coisa.
—Mas temos a terceira e mais difícil opção. Conseguir um sócio que injete esse valor no hospital. - diz Sarah
— Um sócio que injete esse valor será detentor de 35% do hospital. É muita coisa! - meu pai esbraveja - Vamos fechar a ala da Caritas!
—Não, não vamos! - digo confiante - Vamos começar a procurar algum interessado em injetar os dez milhões.
O burburinho começa,Sarah olha os gráficos e responde.
—Não sei se conseguiremos, mas...podemos tentar.
—Isso não vai dar certo! Eles podem exigir muito em troca! - fala meu pai
—Vamos negociar pai, temos que tentar. Qual é o prazo confortável para encontrarmos alguém, negociar e fechar ,Sarah?
—No máximo um mês.
Sinto-me confiante.
—Beleza! Nós iremos conseguir !
Após mais um dia de estresse no hospital, volto para a minha cobertura na Midtown. Deixo meu Porshe na garagem e subo o elevador privativo.
Moro sozinho desde os vinte e cinco anos e hoje aos trinta e cinco,continuo a morar sozinho. Gosto da minha independência, privacidade, de poder sair e voltar a hora que desejo,de bagunçar e ninguém reclamar nas meias na cadeira e da toalha molhada em cima da cama.
Namorada? Artigo raro. Tenho um ou outro affair,mas prefiro não me envolver com seriedade. Está ótimo assim!
—Alexia, meia luz!
🔊Quer relaxar, Liam? Trouxe alguma companhia especial?
—Está querendo saber demais!
🔊Aff...estou magoada!
Ela é temperamental, e não obedece mais os meus comandos. Até como máquina a mulher é um ser genioso!
Quinze dias depois,uma nova reunião é convocada, provavelmente conseguimos nosso sócio. Na sala aguardamos a chegada de todos.
—Qual é o grupo, Sarah?
—Não é grupo,é uma pessoa.
—Hum...- olho para os lados - Onde estão todos? O atrasado sou sempre eu!
—Será uma reunião...íntima - ela coça a garganta e abaixa a cabeça - Olha Liam,eu não estou de acordo com isso, tá legal?
—Do que você está falando,Sarah?
Nesse momento, o meu pai entra na sala com Tom More,um multimilionário com mais dinheiro do que a minha família, dono de uma gigantesca rede de clínicas médicas e laboratórios espalhados pelo país. Ele chega acompanhado de advogados e da sua filha, Rachel.
Rachel e eu tivemos um breve namoro há um ano, ela é médica obstetra,nunca se conformou com o fim do nosso relacionamento,aliás,nem as nossas famílias.
—Bom dia,Liam! Quanto tempo! - ela me abraça e beija
—Bom dia...- respondo confuso - Ah...por que estão aqui?
—Liam,que grosseria! - diz meu pai
—Não, é que não estou entendendo a presença deles aqui.
—Já vamos explicar.- meu pai está estranhamente empolgado - Tom interessou-se em ser o nosso salvador!
—Na verdade a Rachel me convenceu, disse que o Hospital Metodista Johnson é referência na cidade de Nova York e sua falência será algo devastador.
—Eu acredito no potencial do corpo médico, a infraestrutura é de ponta...falindo ou caindo em mãos erradas seria uma lástima. - ela completa a fala do pai
—Que ótimo! Fico mais aliviado que teremos bons sócios.- digo
—Mais do que isso ,filho! Será uma grande união entre as famílias Johnson e More.
Sarah se levanta,seu semblante aponta preocupação e descontentamento.
—O Dr.Tom More colocou uma única exigência para associar-se a nós. - Escuto atentamente - Que você, Liam, casa-se com a Rachel.
—Que brincadeira idiota! - dou uma risada sarcástica
Olho para os lados e vejo que ninguém ri.
—Vocês estão falando sério?!
—Liam,você e a Rachel já tiveram um relacionamento, não são desconhecidos.
—Pai, não estamos na idade média onde se força uma pessoa a se casar com a outra em troca de um dote !
—Ah Liam,por favor! Esse tipo de acordo no nosso meio é muito comum e você sabe disso! Sessenta por cento dos casais no meio artístico e bilionário é fachada! Vocês serão apenas mais um.
—Entre aspas papai,sabe que tenho real intenção em fazer dar certo esse casamento. - Rachel dá um sorriso enigmático para mim.
—Pois eu não aceito! Não sou moeda de troca! Procurem outro investidor.
Levanto-me irado batendo a porta atrás de mim, Sarah vem atrás de mim.
—Liam! Espera!
—Por que não me avisou desse absurdo, Sarah?!
—Eu estava tentando contornar as coisas, achar outra opção. Liam, não há outros interessados, o prazo está quase esgotado.Ou você aceita ou os cortes serão feitos com, ou sem o seu consentimento. Me perdoe, primo!
Levo as mãos à cabeça, não acredito que me colocaram nessa situação. Respiro fundo, indignado, raivoso, incrédulo, impotente...
—Eu aceito.
...❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️...
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Atualizado até capítulo 28
Comments
Livia Pereira
Eu tenho um Helô Google, acho ele mais gentil que Alexia kkkkk. No apartamento do meu filho quando falo algo chamando Alexia, logo vem a bomba. Desculpas Sra, mas o seu filho não vai gostar. Foge do programa dele. kkkk
2025-07-08
0
zuleide Cutrim
Alexa querendo saber da vida do dono que fofoqueira kkkkkk
2025-06-30
5
Maria Joana
Fica triste não liam kkķkkk alexa vai colocar essa sem noção no lugar dela afff
2025-07-02
1