Sombras do Passado
Em um cenário de uma casa aconchegante de três quartos, com jardins ao redor. Grace, de 34 anos, entra em cena abrindo as cortinas da janela e acorda sua filha, Belinda, de sete anos. Ao mesmo tempo, flashbacks de sua vida com o ex-marido surgem em sua mente, lembranças de agressões físicas e do espírito controlador dele. Porém, Grace se recompõe rapidamente ao observar sua filha.
Grace:
Acorda, meu tesouro! Hoje é segunda-feira, não vou colocar sua farda e ir para a escola no seu lugar. (Faz cócegas nas palmas dos pés de Belinda, rindo alegremente.)
Belinda:
Ah, mamãe! Assim não vale, você me pegou de surpresa! (Ergue-se e revida as cócegas na mãe, rindo. Ela mostra um dos dentes da frente ausente, devido à troca de dentição.)
Grace:
Pronto, pronto! Eu me rendo! Vamos ao banho, porque a vida não para. (Se levanta da cama, após Belinda lhe fazer cócegas.)
Luisa:
Minha netinha está tão linda hoje! Cadê o beijo da vovó? (Ela tem 60 anos, é mãe de Grace, e se anima ao notar sua neta sentada à mesa, colocando torradas no prato. Luisa beija a neta e recebe o
beijo em retribuição.)
Grace:
Ela nunca esquece, mãe. (Sorriso e olhar terno.)
Luisa:
Você vai à terapia hoje, filha? (Pergunta após beber um gole de café.)
Grace:
Sim. Não posso lidar com todos os traumas sozinha, depois de tudo o que passei com o Ted. E o melhor é que minha psicóloga é minha melhor amiga. (Após um longo suspiro, fala com voz lenta e semblante sério.
Luisa: Ah, querida, disso eu não tenho dúvidas. (Fala com entusiasmo, colocando a mão sobre a de Grace, apertando firme, demonstrando apoio.)
Belinda:
Mamãe, o meu pai é um monstro daqueles que as crianças têm medo de quando vão dormir? (Olha corajosamente.)
Grace:
Filhinha, você ainda não tem idade para pensar nisso agora, mas tenha certeza de uma coisa: se o seu pai fosse bom o suficiente, eu nunca teria o impedido de participar da sua vida. (Fala suavemente.)
Luisa:
Querida, sua mãe nunca escondeu quem é o seu pai, mas também já explicou várias vezes que, quando você tiver uma compreensão melhor da vida, ela contará os detalhes. (Voz carinhosa,
acariciando o rosto da neta).
Grace leva Belinda para a escola e segue para o consultório de sua amiga psicóloga.
Grace:
Ted... Falar sobre ele hoje não é tão pesado como antes, mas... não posso negar, ele continua sendo a minha sombra. É impossível não lembrar dele, porque a Belinda é a cara dele. (Meio eufórica.)
Lauren (psicóloga):
O importante é que você já melhorou 80% dos 100% de tristeza que tinha quando veio até mim, há cinco anos. Hoje, você não sente tanto medo dele, e isso é crucial para a sua filha. Ela precisa de
uma mãe que a defenda, especialmente nessa idade em que ela está, onde as crianças veem seus pais como heróis. No seu caso, você é a heroína dela. (Voz amigável e suave.)
Grace:
Falando na Belinda, hoje no café da manhã ela me perguntou sobre o pai, se ele era igual aos monstros que assustam as crianças. Eu fiquei sem palavras. (Tensa.)
Lauren:
Não fique sem palavras. Já é hora da Belinda entender o tamanho da maldade do pai dela. Com calma e em um ambiente tranquilo, poderemos falar sobre isso.
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Atualizado até capítulo 30
Comments
Elaine Rocha
isso que eu chamo de livro de verdade, um livro que não foca em pornografia, porquê vou dizer aqui o quanto muitos autores estão colocando baixaria em seus livros, deixando muito a desejar o profissionalismo e o respeito com os leitores.
2025-06-19
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