📍 Universidade Federal de Nova Aurora – Bloco C, Sala 207
🕒 14h12
O sol de outono atravessava as janelas largas do laboratório de matemática aplicada, iluminando o quadro branco repleto de fórmulas e rabiscos aleatórios. O cheiro de giz e café recém-passado preenchia o ambiente silencioso.
Lucas Freitas ajeitava os óculos com o dedo indicador enquanto revisava suas anotações. A concentração era tanta que ele mal notou quando a porta se abriu com estrondo.
Caio Ramos entrou jogando a mochila no chão, fones no pescoço e um sorriso fácil no rosto. O cabelo bagunçado denunciava uma manhã preguiçosa, e os olhos, atentos, já avaliavam o espaço.
😏 Caio Ramos
*com voz provocativa*
E aí, nerds, essa é a sala certa pra fazer o projeto interdisciplinar?
Lucas revira os olhos, mas permanece calado, mordendo o lábio inferior em nervosismo.
🍰 Professora Vera Matos
*com um sorriso irônico, do fundo da sala*
Ramos, finalmente. Você e o Freitas vão trabalhar juntos. Tema livre, mas precisa relacionar matemática e comportamento humano.
😏 Caio Ramos
*encarando Lucas*
Ele? Sério? *aponta com o queixo*
🧠 Lucas Freitas
*com sarcasmo seco*
Também estou empolgado. Quase tanto quanto pra fazer canal no dente.
Caio ri baixo, se sentando ao lado de Lucas, que finge desinteresse, mas não consegue evitar o leve rubor no rosto.
😏 Caio Ramos
*com um sorriso malicioso*
Então, gênio, qual vai ser nossa tese? Amor dá pra calcular?
Lucas hesita. Morde a tampa da caneta, inspira fundo e fala com a voz calma e segura que a física lhe ensinou a ter:
🧠 Lucas Freitas
Na verdade, eu pensei exatamente nisso.
😏 Caio Ramos
*arqueando uma sobrancelha*
Mentira. Você acha mesmo que dá pra prever o momento exato em que alguém se apaixona?
🧠 Lucas Freitas
Se há padrões no comportamento humano, então deve ser possível modelar — com uma margem de erro, claro.
Caio sorri, gostando do desafio.
😏 Caio Ramos
Beleza, aceito. Mas se você se apaixonar por mim durante a pesquisa, vai ter que me incluir na conclusão do artigo.
Lucas sente um calor inesperado no peito. Desvia o olhar, pegando o caderno para anotar algo.
🧠 Lucas Freitas
(pensando):
Variáveis inesperadas devem ser previstas na fórmula. Sempre.
Eles começam a rabiscar hipóteses no quadro, as palavras “paixão”, “comportamento” e “variáveis sociais” espalhadas entre gráficos e equações.
O relógio na parede marca 15h45, mas nenhum dos dois percebe a passagem do tempo.
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