05

“Você salvou minha vida”, ele diz com uma voz divertida.

"Quem eram eles?", pergunto, minha voz quase um sussurro.

Ele olha para mim, e o medo corre pelas minhas veias. Ele não parece mais um homem. Parece o diabo, e eu me encolho diante daquele olhar.

“Eles são homens mortos.”

...DOMINICO...

"Por que você quis me encontrar aqui?", pergunta Marco, pegando um livro de pinturas de nus da prateleira ao lado. "Desde quando frequentamos livrarias?"

Arranco o livro da mão dele e o devolvo à prateleira. "Já que você é um porco inculto, deveria ler mais."

"Isso é jeito de falar com seu melhor amigo?" Ele pega o livro novamente. "Qual é o verdadeiro motivo?"

Abro a porta escondida ao lado dele. "Porque está fechada, é à prova de som e esse chorãozinho não quer calar a boca."

Entro pela porta. A figura encapuzada e amarrada na cadeira de aço imediatamente começa a gritar através da mordaça. Dou-lhe um tapa. "Cala a boca, ainda não estamos falando com você."

Ele puxa as cordas que o prendem à cadeira. Marco franze a testa. "Quem é ele?"

“Eu me certifiquei de que tivéssemos tirado um vivo do ataque que me atingiu.”

"Você está colecionando inimigos agora? Pensando em abrir um zoológico?"

"Quero saber quem contratou ele e sua equipe." Arranco o capuz da cabeça do homem. Sangue escorre do corte em sua bochecha, seus olhos estão inchados, quase fechados. Faltam três dentes.

Inclino-me para perto dele, baixando a voz. "Quem te contratou?"

"Não faço ideia. Acabei de receber uma mensagem me oferecendo o emprego. Cinquenta mil por um golpe. Se eu soubesse que era você, nunca teria aceitado. Por favor, Don Caruso. Tenha piedade."

Os olhos do homem estão arregalados de puro terror, sua respiração ofegante. Dou-lhe um sorriso frio. "Você conhece a minha reputação. Já ouviu falar de alguma vez em que mostrei misericórdia aos meus inimigos?"

O olhar do homem percorre-nos rapidamente, em busca de algum resquício de piedade. "Por favor", diz ele. "Eu não sei de nada."

Farejo o ar. "Sinto cheiro de mentiroso." Aceno para Marco, que saca a arma. "Se as próximas palavras que saírem da sua boca forem qualquer coisa além de um nome, seu cérebro vai bater naquela parede atrás de você." A arma pressiona sua testa. Ele estremece quando Marco começa a apertar o gatilho.

"Vincent Marconi." Ele começa a tagarelar. "Nos deram a localização e os códigos do controle do elevador, mas ele nunca disse que era você. Só disse para tirar quem quer que tenha saído do elevador..."

Silencio-o com um aceno de mão. Inclinando-me, acaricio seus cabelos suados. "Não foi tão difícil, foi?"

O rosto do homem muda de medo para um vislumbre de esperança. "Então, você vai me deixar ir?", ele pergunta, com a voz em um misto de esperança e desespero.

Meu sorriso é gelado quando respondo: "Claro que não".

Seu rosto se contorce em desespero ao perceber a finalidade da sua situação. "Mas eu te disse a verdade! Eu confessei tudo. Por favor, tenha misericórdia!", ele implora, sua voz agora um lamento lamentoso.

"Você aceitou um contrato envolvendo o meu prédio e não achou que eu teria problema com isso? Você viu que era eu saindo do elevador e decidiu tentar me matar de qualquer jeito. Agora sua equipe está morta e você vai se juntar a eles. Espero que tenha valido a pena."

Faço um leve sinal para Marco com a cabeça. "Certifique-se de que ninguém encontre o corpo."

Conforme Marco se aproxima, os gritos do homem preenchem a sala, um protesto inútil contra o inevitável. "Você é um monstro, Dominic! Um monstro! Você vai queimar no inferno por isso."

Eu me afasto, seus gritos desaparecendo no fundo, o peso de suas palavras não deixando marcas em minha consciência. Saio da loja e olho para o sol da manhã. Vai ser um dia quente mais tarde.

Marco aparece ao meu lado um minuto depois. "Você acha que ele está falando a verdade?"

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***