2. Sorrisos que Mordem
Depois de um breve tour por meu novo 'lar', Reiji me leva até a sala de estar da mansão, ele para no centro e fica ali
Confusa, decido perguntar o que estava acontecendo
Lysandra
— O que estamos esperando..?
Reiji
— Seja paciente. — Ele sequer olha para mim
Algo dentro de mim dizia para sair correndo dali, e não esperar o que viria em seguida, mas minha tolice inocente falou mais alto
Meus olhos admiravam cada detalhe do cômodo, tudo estava limpo e perfeitamente arrumado, olho de relance para Reiji; ele com certeza tinha manias de limpeza.
Desprevenida, sinto uma respiração em meu pescoço.
Meu corpo congela, e eu não consigo me mover, até minha respiração some
Ayato
— O que temos aqui...? Carne nova?
A voz do desconhecido era extremamente arrogante
Lysandra
— Perdão? — Digo estupefata com a falta de respeito
O garoto tinha cabelos cor de carmesim, e olhos mais brilhantes que jade
Ele usava roupas desleixadas, o total oposto de Reiji
Ayato
— Que sotaque é esse? — Ele disse surpreso
Ayato
— Reiji, você trouxe uma caipira? — O garoto riu alto, como se tivesse visto um palhaço bem na sua frente
Minhas bochechas esquentaram de raiva.
Lysandra
— Com você ousa. — Fechei meus punhos com a maior força que pude e rangi os dentes. — Eu NÃO sou uma caipira.
Reiji suspirou decepcionado
Reiji
— Você já ouviu falar sobre erros genéticos? Pois bem, aqui está um exemplo. Lysandra esse é Ayato, um dos irmãos. — Ele lançou um olhar de repreensão para o garoto ruivo
Ayato
— É, tirando o sotaque engraçado, você é bem bonitinha... — Ele sorriu maliciosamente e segurou meu queixo, me fazendo olhar pra ele
Ayato
— E tem...curvas maravilhosas.
Senti meu pescoço esquecentar, e como uma ação automática, lhe dei um tapa no rosto
De fundo, pude ouvir uma risada abafada por Reiji. Enquanto isso, Ayato esfregava a bochecha
Ayato
— Você é nervosinha em? — Ele me olhou com leve desprezo, mas o tom zombeteiro não desapareceu
Fechei os olhos e respirei fundo
Lysandra
— Peço desculpas, fui impulsiva no agir. Mas peço educadamente que não se refira a mim dessa forma novamente. — Ergui uma sobrancelha
Ayato fez uma careta assustada, mas ao mesmo tempo irônica
Ayato
— Ótimo, mais uma certinha com vocabulário difícil na casa — Ele esfregou o rosto com ambas as mãos
Pouco a pouco, o que eu achava ser um mito aconteceu, a história de terem seis irmãos era verdadeira
Todos tinham suas respectivas características, algumas eu nunca tinha visto antes na vida
Eu me sentia um ratinho em meio a felinos prestes a me devorar
O que mais me aterrorizava, é que eu moraria na mesma casa que seis homens desconhecidos
Isso não podia estar sendo verdade, deve ter havido algum engano
Por favor, que seja um engano.
Lysandra
— Com licença... — Nenhum dos irmãos me ouviu
Lysandra
— Agora, algum de vocês pode me explicar o que está acontecendo? O acordo era, um casamento arranjado, mas... há seis, e, eu não sou poligamica — Franzi o cenho
Kanato
— Ela ainda não entendeu? — Kanato me analisou com tédio
Laito
— Acho que não — Ele sorriu maliciosamente
Ayato
— Que tal mostrarmos a nossa querida caipirinha como as coisas funcionam aqui?
Os gêmeos Laito e Ayato se entreolharam.
O clima estava denso, tão denso que podia ser tocado se eu tentasse
Meus pés começaram a recuar
O que estava acontecendo ali?
Reiji
— Parem vocês três. — Reiji se pronunciou com rigidez
Reiji
— Está tarde, e nossa hóspede precisa descansar.
Reiji deu um sorriso sombrio. Eu me sentia mais confortável quando ele não sorria.
Reiji
Ele ajeitou os óculos — Seu quarto é no andar de cima. Subaru, leve a senhorita Tsukimura para os aposentos dela. — Ele encarou diretamente o garoto de cabelo esbranquiçado
Subaru
— Por que eu? Ela tem pernas. Sabe andar muito bem sozinha. — Ele revirou os olhos e usou sua mão esquerda para apoiar a cabeça
Reiji
— Vocês são lamentáveis, sinceramente.
Lysandra
— Subaru tem razão, sei me virar — Disse determinada — E eu me lembro onde fica meu quarto, quando me mostrou a casa Reiji
Lysandra
— Bem, boa noite a todos vocês — Fiz uma saudação, mas antes de subir as escadas amarrei o casaco que estava usando em minha cintura. Precauções nunca são demais.
Quando estava no 6° degrau, Reiji me chamou novamente
Reiji
— Esqueci de avisar, nossa jantar é as 23:30. Não se atrase.
Lysandra
— Sim senhor — Sorri e fiz uma continência
Quando cheguei ao corredor, parei para ouvir os murmúrios no andar de baixo
Laito
— Eu gostei dela. — Laito afirmou com uma voz sedutora
Shu
— Laito. Você gosta de qualquer coisa que use saia.
Ao ouvir isso, segurei o riso, e fui rapidamente para o meu quarto
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