Dona Brida atravessa a cozinha com um cesta de legumes. sir aldred está sentado a porta afiando silenciosamente uma lâmina curta.
Edric
(resmungando, esfregando os dedos doloridos)
nunca pensei que colher cenouras exigisse mais esforço que empunhar uma espada...
lyana
(rindo atrás dele, lavando as mãos numa bacia)
A terra não se curva com ameaças. ela responde ao tempo. como tudo por aqui.
Edric
( encarando-a por um momento, meio serio meio curioso)
e você? também se curva ao tempo?
lyana
eu me curvo ao que floresce. E resisto qo que destroi.
silêncio. edric a observa de lado, intrigado com aquela firmeza sem arrogância.
sir Aldred
lyana, não devias estar no celeiro?
lyana
E você não devia parar de me lembrar de tudo o que devia?
ela sai, mas ha um leve sorriso nos lábios. edric a segue com o olhar.
Edric
E sempre assim....?
sir Aldred
sempre. foi criada entre bichos e espinhos. sabe como sobreviver.... .as nunca soube abaixar a cabeça.
Edric
você teme por ela?
sir Aldred
por ela. pela minha mãe. por essa vila inteira. porque o tempo aqui e quieto... mas o mundo fora destas colinas grita. E mais cedo ou mais tarde, o grito sempre encontra o caminho.
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