O BANQUETE REAL

— Você está louco? — perguntou Elena.

— Louco? Eu? Você fica de sorrisinhos com outro homem, e eu que sou louco, tem certeza disso? — perguntou Oliver se aproximando de elena.

— Você com certeza é louco, quando me viu de risos com Edward? — Perguntou Elena se afastando e ficando de costas pra ele.

— Ele você chama pelo nome, não é? É eu que na maioria das vezes me trata como príncipe — disse Oliver.

— Essa discussão é idiota, Oliver. Sua reação é inaceitável — disse Elena.

— E você vai fazer o que? Creio que nada, não é mesmo, princesa? — perguntou Oliver se aproximando dela novamente.

— Saia do meu quarto — disse Elena ainda sem se virar pra ele.

— Olhe para mim quando estiver falando comigo — disse Oliver, puxando Elena pelo braço e trazendo-a para perto dele.

Oliver olhou fundo nos olhos dela e viu as lágrimas se formando lentamente em seus olhos.

— Elena... — começou a dizer Oliver, mas foi interrompido por uma leve lágrima que escorreu dos olhos de Elena.

— Está me machucando... — disse Elena, sua voz trêmula.

— Eu... Perdoe-me, princesa. Tenha uma boa noite — disse Oliver, enquanto se afastava, fazendo uma leve reverência e saindo do quarto.

Oliver abriu a porta do quarto e se deparou com sete moças, suas irmãs, que o encaravam como se ele fosse um monstro. E, para elas, naquele momento, ele realmente era.

— A quanto tempo estão aqui? — perguntou Oliver.

As irmãs dele entraram correndo no quarto para perto de Elena, deixando somente Olivia para trás.

— O suficiente, irmão. Trate de não falar assim com ela de novo — disse Olivia, se aproximando dele com raiva nos olhos.

— Elena... — tentou Oliver completar uma frase, mas Olivia o interrompeu.

— Cale-se, Oliver — disse Olivia.

— Querida irmã, não é porque você é minha preferida que vou permitir que fale assim comigo — disse Oliver com um leve sorriso irônico.

— Vai fazer o que, Oliver? Deixar marcas pelo meu corpo, assim como fez com o braço dela? — perguntou Olivia.

Oliver se afastou com um sorriso irônico nos lábios, lançando uma última olhada de preocupação para Elena antes de se afastar completamente.

Olivia entrou rapidamente no quarto, fechou a porta atrás de si e sentou-se na cama ao lado de Elena.

— Não pode se casar com ele — disse Olivia, passando a mão no cabelo de Elena.

— Sabe que eu não tenho escolha... — disse Elena.

— Fale com o seu pai — sugeriu Aurora.

— Não seja idiota, irmã. Qualquer princesa que for prometida em casamento a alguém terá que se casar, não importa o que aconteça. Você sabe bem disso — disse Valentina.

— Cale-se, Valentina. Você fica mais bonita quando está quieta. — disse Olivia.

— Vocês são muitas... — disse Elena.

— Você pensa assim porque é filha única, mas há reis que têm muito mais filhos do que o meu pai — disse Charlotte.

— Eu estou um pouco cansada. Não comentem nada com ninguém sobre o que aconteceu aqui. E amanhã seremos apresentadas no almoço preparado pelo rei Eduardo, então fingiremos que não nos

conhecemos — disse Elena.

— Como preferir. Vamos, meninas. Vamos deixar a princesa descansar — disse Olivia, saindo com as irmãs do quarto e deixando Elena sozinha.

Elena observou as irmãs saírem e se deitou na cama, refletindo sobre a ideia de ter irmãos e irmãs. Pensou que, muitas vezes, mesmo com uma grande família, a solidão podia ser sentida quando o amor dos pais estava ausente. E então, ela percebeu que não era necessário ter muitos irmãos para se sentir sozinho; bastava ser filho ou filha de um rei e uma rainha, ou fazer parte da corte, para experimentar essa sensação de isolamento.

Elena refletia sobre o comportamento de Oliver e como ele a havia tratado. Ela sabia que a reação dele não era motivada por amor ou ciúme genuíno, mas sim por uma insegurança profunda. Oliver estava com medo de que alguém dissesse que ele não era bom o suficiente para ela, que não era capaz de prendê-la ao seu lado. Essa insegurança o levava a agir de forma possessiva e controladora, tentando manter Elena sob seu domínio.

Elena percebia que o comportamento de Oliver era uma forma de compensar suas próprias inseguranças, e que ele não estava realmente preocupado com o bem-estar dela, mas sim com a sua própria imagem e status. Isso a fazia se sentir ainda mais desconfortável com a ideia de se casar com ele.

Elena estava se sentindo cada vez mais perturbada com esses pensamentos, e logo adormeceu, caindo em um sono longo e agitado, cheio de sonhos inquietos e imagens confusas.

Seu corpo e mente estavam exaustos, mas sua consciência continuava a trabalhar, processando as emoções e preocupações que a afligiam. O sono não trouxe alívio imediato, mas sim uma trégua temporária, enquanto seu corpo e mente buscavam se recuperar do estresse e da tensão do dia.

— Bom dia, princesa. Sua Majestade está à espera para um banquete real — disse Joana.

— São quantas horas? — perguntou Elena.

— Já são 9 horas, princesa — respondeu Joana.

— O que? Por que me permitiram dormir tanto tempo? — perguntou Elena, levantando-se rapidamente enquanto se dirigia ao banheiro para tomar banho.

As servas seguiram Elena até o banheiro e a ajudaram a tirar a roupa e a entrar na banheira.

— Anda, me respondam logo — gritou Elena.

— O noivo da princesa informou a todos que a princesa estava se sentindo mal — disse Joana, enquanto ajudava Elena a se lavar —, então o rei Arthur sugeriu que nós a deixássemos dormir até um pouco mais tarde.

— Ah, eu odeio aquele homem — gritou Elena —, ele é um imbecil. —

— Se acalme, princesa — disse Joana —, não faz bem ficar nervosa. —

— Tem razão — disse Elena —, me ajudem a sair da banheira, por favor. Vou me vestir e descer. —

— O soldado Edward ira busca-la, princesa — disse Ana.

— O meu noivo sabe? — perguntou Elena.

— Creio que não, princesa — respondeu Ana.

— Perfeito, mas hoje quero ir sozinha, diga ao Ed por favor Joana — pediu Elena, enquanto a serva joana se retirava. — vamos, me ajude com o vestiodo. O vestido será esse? —

— Foi um presente da família do seu noivo, e realmente é um belo vestido, Alteza — disse Ana.

— É... — disse Elena, com um tom de desinteresse.

Elena parecia determinada a se preparar para o banquete, mas ainda havia um tom de ressentimento em sua voz quando mencionou o noivo.

A serva ajudou Elena a se vestir, e ela vestiu um belo vestido verde, enviado pela família do seu noivo, que realçava sua beleza. O vestido era adornado com uma delicada coroa, cujas pedras combinavam perfeitamente com o tom verde do vestido, adicionando um toque de elegância e sofisticação à sua aparência. Elena agora estava pronta para enfrentar o banquete real com graça e dignidade.

(roupa da princesa elena)

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