Capítulo 5 – Proposta ou Armadilha?

No Dia Seguinte

O sol começava a se pôr quando Khaled surgiu na porta do quarto com um sorriso misterioso no rosto. Trajava roupas tradicionais, mas com um toque moderno que só ele sabia carregar. Nos braços, um lenço de seda e um olhar perigoso.

— Vista isso. Vamos sair.

— Pra onde? — Isabela perguntou, desconfiada.

— Confie em mim.

— Eu confio... mais desconfio. — ela disse, rindo enquanto pegava o lenço das mãos dele.

Ele riu, mas seus olhos estavam sérios.

— Apenas venha.

 

Meia hora depois, estavam em um jipe de luxo, cortando as dunas do deserto como se voassem sobre areia dourada. O vento bagunçava os cabelos dela enquanto o céu ia ganhando tons laranja e púrpura. Khaled dirigia em silêncio, os olhos fixos no horizonte.

Isabela observava tudo com um misto de encantamento e curiosidade.

— Vai me enterrar viva no deserto se eu recusar casar contigo? — ela brincou, tirando-o do silêncio.

Ele olhou para ela com um sorriso enviesado.

— Se fosse pra te enterrar, seria debaixo de mim. — respondeu, rouco, e ela sentiu um arrepio percorrer a espinha.

— Grosseiro. Mas sexy.

— Sempre os dois.

 

O carro parou no alto de uma duna. À frente, uma tenda montada, com almofadas coloridas, velas, frutas, vinho e incensos. O som suave de instrumentos árabes preenchia o ar.

— Isso tudo é pra mim? — Isabela perguntou, descendo do carro.

— É. Porque eu não consigo mais parar de pensar em você.

Ela arqueou a sobrancelha.

— Você disse isso pra quantas antes de mim?

— Nenhuma que importasse.

Ele se aproximou, tirando o lenço que ela usava nos cabelos. Passou os dedos em seus fios ruivos como se tocasse fogo.

— Você me tira do eixo. Me faz questionar tudo o que jurei controlar.

— E por isso estamos aqui?

— Sim. Porque eu quero você... aqui. Comigo. Por mais tempo.

— Por quanto tempo, Khaled?

Ele a puxou suavemente para sentar entre as almofadas, servindo o vinho em taças douradas.

— O suficiente pra te fazer ficar.

— Isso é uma proposta ou uma armadilha?

— Talvez os dois. — ele disse, olhando-a profundamente. — Quero que more comigo. Quero que seja minha. Quero te mostrar meu mundo… e dominar o seu.

Ela encarou a taça. O coração acelerado, a mente em alerta.

— E se eu disser não?

Ele se aproximou, colando o corpo ao dela, os olhos verdes queimando de desejo e possessão.

— Então eu te faço dizer sim. Com beijos. Com língua. Com dedos. Com tudo.

Isabela não respondeu. Apenas tomou o gole do vinho e, num impulso, montou sobre ele, jogando-o contra as almofadas.

— Então prova que vale a pena ficar.

 

Ali mesmo, no meio do deserto, sob o céu estrelado, ela foi dele. Com a areia ainda quente sob seus pés e os corpos nus envoltos na luz das velas, o prazer se transformou em vício.

Ela gemeu seu nome contra os lábios dele, e ele sussurrou o dela como se fosse uma prece.

Entre cada investida, Khaled a marcava. Com mordidas, com promessas. Com uma intensidade que queimava.

— Você não vai fugir de mim, ruiva.

— Eu só fico... se quiser.

— E você quer.

Ela não respondeu com palavras, mas com um beijo que dizia tudo.

 

Depois, deitada em seu peito, ouviu o coração dele bater forte.

— Eu não prometo me moldar à sua cultura, Khaled. Mas posso criar uma nova com você.

— Isso é um sim?

— Isso é um talvez... perigoso.

Ele sorriu, puxando-a para mais perto.

— Então é o começo.

 

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Comments

Dione Lopes

Dione Lopes

Será que ela vai se acostumar a viver numa cultura totalmente diferente da dela, ela tem o espírito livre é dona de si acostumada a viver o momento. Ele um sheik com suas tradições, um choque de cultura ela não vai se submeter uma vida onde as mulheres não tem voz ativa. Vamos ver até onde eles vão conseguir viver com a diferença de costumes de ambos.

2025-05-13

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