No Dia Seguinte
O sol se erguia sobre Dubai com o brilho dourado do deserto refletindo nas janelas do palácio. Isabela despertou envolta nos lençóis de cetim, o corpo ainda marcado pelos momentos intensos da noite anterior. Estava sozinha na cama, mas o perfume amadeirado dele ainda impregnava o travesseiro.
Levantou-se, vestiu uma camisa branca dele — propositalmente larga — e seguiu até a varanda. A vista era de tirar o fôlego, mas nada comparado ao homem que a esperava na sala de refeições.
Khaled estava sentado à mesa, trajando uma túnica branca impecável, o cabelo levemente bagunçado, com uma expressão de puro controle. Ao vê-la entrar com a camisa dele colada ao corpo nu, os olhos verdes brilharam com desejo.
— Bom dia, ruiva. — ele disse, a voz rouca. — Dormiu bem?
— Depois de ontem? Como se eu tivesse opção... — ela respondeu com um sorriso malicioso, servindo-se de frutas.
Ele se levantou, aproximando-se com a calma de um predador.
— Hoje à noite, haverá um evento formal. Da minha família. Quero que vá comigo.
Isabela arqueou a sobrancelha.
— Algum tipo de jantar de negócios?
— Não. É um evento religioso... uma celebração da minha linhagem. E, se você for... terá que seguir certas regras.
Ela se afastou um passo, cruzando os braços.
— Regras?
— Vestido tradicional. Cabelo coberto. Comportamento... reservado.
O silêncio caiu entre eles. Isabela o encarou como se estivesse desafiando uma tempestade.
— Então você quer que eu vá... e me esconda?
— Não é sobre se esconder. É sobre respeito à minha cultura.
— Eu respeito culturas, Khaled. Mas não me visto como mandam. Eu sou livre.
Os olhos dele endureceram por um segundo. Mas logo suavizaram, como se apreciasse a ousadia dela.
— Eu esperava essa resposta. — ele admitiu, aproximando-se até ficar a centímetros de distância. — Mas também esperava que você me surpreendesse.
Ela sorriu, mordendo o lábio inferior.
— E se eu for? Com minhas regras?
— Vai causar um caos.
— Então é isso que vou fazer.
Naquela noite, Isabela apareceu usando um vestido longo vermelho, com fendas ousadas e costas nuas. O cabelo preso apenas parcialmente, com um lenço de seda preso como acessório e não como imposição. Quando entrou no salão ao lado de Khaled, todos os olhares se voltaram para ela.
As mulheres a observaram com espanto. Os homens, com desejo contido. Khaled, com puro orgulho.
— Você está quebrando todas as regras... — ele sussurrou em seu ouvido.
— E você está amando cada segundo disso.
Ele segurou sua cintura com firmeza, os olhos faiscando.
— Você é minha, Isabela. Vai precisar aprender isso.
— E você, Khaled... vai precisar entender que eu não sou domesticável.
Durante o jantar, ela percebeu as mulheres recatadas cochichando, alguns homens tentando puxar conversa, e Khaled cada vez mais possessivo. Quando um empresário árabe tentou tocar a mão dela para cumprimentá-la, o olhar de Khaled virou gelo.
— Ela veio comigo. — disse em árabe, sua voz dura, fria.
Isabela apertou a taça com firmeza e o encarou.
— Khaled...
Ele a puxou pela cintura, colando o corpo dela ao dele, sem ligar para os olhares.
— Eu não gosto de dividir.
— Então não me provoque a sair andando sozinha. — ela retrucou, de olhos fixos nos dele.
No carro de volta ao palácio, o silêncio estava carregado de tensão sexual. Assim que a porta fechou atrás deles, Khaled a prensou contra o banco de couro.
— Você quer me provocar, ruiva?
— Quero que você entenda que eu não sou um objeto pra mostrar ou esconder.
— Não. Você é um incêndio... e eu sou louco o suficiente pra deixar você me queimar.
Ele a beijou com força, rasgando o vestido no meio da perna, deslizando os dedos pela pele nua. A limusine deslizou pelas ruas iluminadas enquanto o calor entre eles explodia novamente, ali mesmo, entre os bancos de couro, com o vidro escurecido servindo como testemunha de mais uma noite selvagem.
Quando chegaram ao palácio, Khaled a carregou nos braços, ignorando criados, tradições, protocolos. Subiu as escadas sem parar, sem fôlego, sem freios.
— Você me destrói. — ele murmurava entre beijos.
— E você me desafia como nenhum outro.
Naquela noite, não houve jogos, nem regras, nem cultura que separasse o desejo dos dois. Houve apenas pele, suspiros, gemidos e um vínculo que, mesmo sem nome, já era inquebrável.
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Atualizado até capítulo 30
Comments
Marina lopes
pra que ir vulgar ,as roupas árabes são tão lindas ,vejo cada mulher linda ,não precisava ir com hijab ,mais não precisa causar ,
2025-05-14
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