Capítulo 4 – Convite Oficial: A Cultura Dele, as Regras Dela

No Dia Seguinte

O sol se erguia sobre Dubai com o brilho dourado do deserto refletindo nas janelas do palácio. Isabela despertou envolta nos lençóis de cetim, o corpo ainda marcado pelos momentos intensos da noite anterior. Estava sozinha na cama, mas o perfume amadeirado dele ainda impregnava o travesseiro.

Levantou-se, vestiu uma camisa branca dele — propositalmente larga — e seguiu até a varanda. A vista era de tirar o fôlego, mas nada comparado ao homem que a esperava na sala de refeições.

Khaled estava sentado à mesa, trajando uma túnica branca impecável, o cabelo levemente bagunçado, com uma expressão de puro controle. Ao vê-la entrar com a camisa dele colada ao corpo nu, os olhos verdes brilharam com desejo.

— Bom dia, ruiva. — ele disse, a voz rouca. — Dormiu bem?

— Depois de ontem? Como se eu tivesse opção... — ela respondeu com um sorriso malicioso, servindo-se de frutas.

Ele se levantou, aproximando-se com a calma de um predador.

— Hoje à noite, haverá um evento formal. Da minha família. Quero que vá comigo.

Isabela arqueou a sobrancelha.

— Algum tipo de jantar de negócios?

— Não. É um evento religioso... uma celebração da minha linhagem. E, se você for... terá que seguir certas regras.

Ela se afastou um passo, cruzando os braços.

— Regras?

— Vestido tradicional. Cabelo coberto. Comportamento... reservado.

O silêncio caiu entre eles. Isabela o encarou como se estivesse desafiando uma tempestade.

— Então você quer que eu vá... e me esconda?

— Não é sobre se esconder. É sobre respeito à minha cultura.

— Eu respeito culturas, Khaled. Mas não me visto como mandam. Eu sou livre.

Os olhos dele endureceram por um segundo. Mas logo suavizaram, como se apreciasse a ousadia dela.

— Eu esperava essa resposta. — ele admitiu, aproximando-se até ficar a centímetros de distância. — Mas também esperava que você me surpreendesse.

Ela sorriu, mordendo o lábio inferior.

— E se eu for? Com minhas regras?

— Vai causar um caos.

— Então é isso que vou fazer.

 

Naquela noite, Isabela apareceu usando um vestido longo vermelho, com fendas ousadas e costas nuas. O cabelo preso apenas parcialmente, com um lenço de seda preso como acessório e não como imposição. Quando entrou no salão ao lado de Khaled, todos os olhares se voltaram para ela.

As mulheres a observaram com espanto. Os homens, com desejo contido. Khaled, com puro orgulho.

— Você está quebrando todas as regras... — ele sussurrou em seu ouvido.

— E você está amando cada segundo disso.

Ele segurou sua cintura com firmeza, os olhos faiscando.

— Você é minha, Isabela. Vai precisar aprender isso.

— E você, Khaled... vai precisar entender que eu não sou domesticável.

 

Durante o jantar, ela percebeu as mulheres recatadas cochichando, alguns homens tentando puxar conversa, e Khaled cada vez mais possessivo. Quando um empresário árabe tentou tocar a mão dela para cumprimentá-la, o olhar de Khaled virou gelo.

— Ela veio comigo. — disse em árabe, sua voz dura, fria.

Isabela apertou a taça com firmeza e o encarou.

— Khaled...

Ele a puxou pela cintura, colando o corpo dela ao dele, sem ligar para os olhares.

— Eu não gosto de dividir.

— Então não me provoque a sair andando sozinha. — ela retrucou, de olhos fixos nos dele.

 

No carro de volta ao palácio, o silêncio estava carregado de tensão sexual. Assim que a porta fechou atrás deles, Khaled a prensou contra o banco de couro.

— Você quer me provocar, ruiva?

— Quero que você entenda que eu não sou um objeto pra mostrar ou esconder.

— Não. Você é um incêndio... e eu sou louco o suficiente pra deixar você me queimar.

Ele a beijou com força, rasgando o vestido no meio da perna, deslizando os dedos pela pele nua. A limusine deslizou pelas ruas iluminadas enquanto o calor entre eles explodia novamente, ali mesmo, entre os bancos de couro, com o vidro escurecido servindo como testemunha de mais uma noite selvagem.

 

Quando chegaram ao palácio, Khaled a carregou nos braços, ignorando criados, tradições, protocolos. Subiu as escadas sem parar, sem fôlego, sem freios.

— Você me destrói. — ele murmurava entre beijos.

— E você me desafia como nenhum outro.

Naquela noite, não houve jogos, nem regras, nem cultura que separasse o desejo dos dois. Houve apenas pele, suspiros, gemidos e um vínculo que, mesmo sem nome, já era inquebrável.

Mais populares

Comments

Marina lopes

Marina lopes

pra que ir vulgar ,as roupas árabes são tão lindas ,vejo cada mulher linda ,não precisava ir com hijab ,mais não precisa causar ,

2025-05-14

0

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!