Irmão Raven

Isadora narrando ..

Meu salto ecoava pelos corredores de vidro da empresa como um relógio marcando cada batida do meu coração. Era minha primeira semana como secretária executiva da Raven Industries, e já sabia duas coisas com absoluta certeza:

Aquele era o trabalho dos sonhos.

Eu estava ferrada.

Porque os donos da empresa os irmãos Raven não eram só absurdamente poderosos, ricos e inteligentes. Eles eram, sem exagero, perigosamente irresistíveis.

Cael Raven, o mais velho, era o CEO formal. Frio, calculista, e com olhos cinzentos que pareciam atravessar qualquer mentira. Ele falava pouco, mas quando falava, o mundo escutava.

Dante Raven, o mais novo, era o oposto. Carismático, ousado, dono de um sorriso capaz de parar o tempo. Ele brincava, seduzia, e tinha o talento de transformar qualquer reunião numa dança de tensão.

E eu? Eu só queria fazer meu trabalho.

Mas eles…

Eles pareciam determinados a transformar minha rotina em um jogo perigoso. E, no fundo, uma parte de mim… não queria sair dele.

Naquela manhã, os dois estavam na sala de reuniões. E eu, com a prancheta na mão e um café em cada copo, respirei fundo antes de entrar.

Mal sabia que, a partir dali, eu não seria mais apenas a secretária deles.

Seria a mulher que colocaria irmãos contra irmãos… por amor.

A Raven Industries parecia outro planeta.

Vidros espelhados, mármore preto, pessoas apressadas com olhares afiados e passos certeiros. Eu, com minha pasta contra o peito e o coração na garganta, ainda tentava entender o que estava fazendo ali.

Meu currículo? Sólido.

Minha competência? Ninguém podia negar.

Mas o ambiente… era outro mundo. E eu era só uma recém-contratada com um crachá provisório e um salto que já começava a machucar.

— Isadora Nunes Rocha? — perguntou a recepcionista.

Assenti com um sorriso contido.

— Pode subir. O senhor Cael quer recebê-la pessoalmente.

Pessoalmente?

Travei no lugar por um segundo. Eu esperava ser apresentada ao departamento, talvez passar por um treinamento… mas o CEO me esperando no topo da torre? Algo não batia.

O elevador parecia subir em câmera lenta. Quando as portas se abriram no 45º andar, o ar ficou mais rarefeito — ou era só minha ansiedade tomando o controle.

A primeira coisa que vi foi uma sala enorme, toda de vidro. Lá dentro, um homem de costas, observando a cidade..

Ele se virou lentamente. Os olhos cinzentos encontraram os meus como se já soubessem exatamente quem eu era. Aquela presença… era impossível descrever. Silenciosa, mas brutal. Uma força que não precisava levantar a voz para dominar a sala.

Cael- Senhorita Nunes. — Sua voz era firme, baixa.

Cael- Seja bem-vinda.

Tentei sorrir. Acho que consegui.

Isadora - Obrigada. É uma honra estar aqui.

Cael - A honra será sua… se souber jogar. — ele respondeu, seco, caminhando até minha direção.

Antes que eu pudesse perguntar o que ele queria dizer com aquilo, a porta se abriu com força.

Dante - Irmão, por que ninguém me avisou que a nova secretária era tão bonita?

Dante Raven.

Diferente do irmão, ele entrou como uma tempestade. Jaqueta escura, cabelos desalinhados, sorriso nos lábios. Os olhos castanhos me percorreram como uma carícia não autorizada.

Cael - Dante — Cael advertiu, sem paciência.

Dante - Calma, só estou sendo cordial — ele riu. Depois, se virou pra mim e estendeu a mão.

Dante - Dante Raven. Responsável por tudo que dá certo por aqui… e metade do que dá errado também.

Peguei sua mão com hesitação. Era quente. Segura. Perigosa.

Naquele momento, eu soube:

Um podia me queimar.

O outro podia me congelar.

E eu estava entre os dois.

Bem-vinda ao jogo, Isadora…

Isadora - É um prazer senhor Raven ..

Dante me olha fixamente parecia me decifrar por completo , solto sua mão retornando ao meu corpo novamente ..

Dante - Dante pode me chamar de Dante ..

Cael respira fundo saindo de trás da mesa e vindo até nós ..

Cael - Bom senhorita Nunes seja bem vinda , agora se puder nos deixar a sós !

Toda sem jeito e um pouco perturbada eu digo ..

Isadora - Claro , claro que sim ! Bom até logo ..

Olho para os dois completamente sem jeito e saio da sala , meu corpo suava instintivamente antes de sair da sala bato em um dos vasos deixando cair no chão sem querer ..

Isadora - Ai meu Deus me perdoem , eu sinto muito ..

Dante - Não tem problema Isa . Essa antiguidade tinha que ser jogado no lixo a anos , fique tranquila .. — Olho para o Dante que sorria para mim como o próprio diabo .. sorrio para ele me esquecendo de onde eu estava ..

Isadora - Rummmmm bom sinto muito com licença ..

Saio da sala o mais rápido que eu posso até que enfim consigo respirar outra vez ! Paro a poucos metros falando sozinha ..

Isadora - Perfeito Isa você causou uma péssima primeira impressão, vão achar que você é uma idiota . Nossa .. saio dali o mais rápido que eu posso sem olhar para trás ..

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