pov: Helena
Depois daquela cena horrível no escritório, eu e lukas combinamos de que iríamos esquecer o que aconteceu e continuar a viver normalmente.
Mordi os lábios com tanta força que senti o gosto de sangue, eu precisava-me concentrar na missão.
Nos últimos dias, eu estava bastante focada, eu sabia tudo sobre William, essa missão seria fácil, ele tem uma cafeteria preferida chamada owelen, ele vem aqui para trabalhar, ele também vai num restaurante italiano para comer com os seus clientes, de manhã ele sai para correr numa praça perto da sua mansão, nos domingos ele passava o dia inteiro em casa.
Eu que não perdi tempo, precisava-me aproximar dele, então pedi uma vaga de emprego na cafeteria, pois entre qualquer local que ele ia, ele vinha mais para cá.
O lugar era bonito, as paredes eram de vidro, a iluminação era amarelo claro o que combinava bastante, eu estava limpando o balcão.
......................
pov: William
Eu estava na sala do meu escritório quando Natália entrou sem nem ao menos bater na porta, ela é a filha de um cliente.
— o que você quer? — perguntei sem a menor paciência, continuei a olhar para os papéis que estava revisando
— quero te chamar para tomar um café — convidou ela com um sorriso no rosto, ela é realmente insuportável — naquela cafeteria que você gosta, owelen —
Eu levantei o olhar, ela percebendo o meu interesse repentino sorriu ainda mais.
Enquanto íamos até a cafeteria, Natália colocou a mão na minha coxa e começou a subir os movimentos, eu já sabendo aonde ela queria chegar, segurei o seu pulso bruscamente e o afastei de mim.
— se você continuar, serei obrigado a jogar-te para fora do carro — falei com uma expressão séria, mas sem olhar para ela
— desculpe... — pediu ela enquanto abaixava a cabeça, provavelmente envergonhada
A fama de Natália nessa cidade é pesadíssima, toda a semana, ela saia numa novapolêmica, na semana passada, ela foi vista saindo de um motel com um homem, mas seu pai fez com que apagassem a notícia e fez com que o repórter que tirou as fotos se desculpasse e desmentisse aquilo em uma live, mesmo tendo todas as fotos que acusavam Natália.
Quando finalmente chegamos na cafeteria, eu fui o primeiro a descer do carro, entrando rapidamente na cafeteria mas assim que eu entrei, dei de cara com a moça que tinha esbarrado em mim, ela me olhava com surpresa enquanto eu sorri-lhe com um sorriso provocador, fazia um tempo que eu queria vê-la novamente, pedi para que a encontrassem, mas era como se ela nunca tivesse existido e agora ela estava ali, diante de mim com a farda da cafeteria, olhei no crachá que estava do lado esquerdo do seu peito, o seu nome era Helena.
Eu e Natália nos sentamos numa mesa perto do vidro, Natália falava, mas eu não conseguia tirar os olhos de Helena, parecia que toda a beleza do mundo havia caído direto nela.
— garçonete! — chamei ela com um sorriso simpático no rosto
— sim?! Vai pedir algo? — perguntou ela mantendo a sua expressão profissional
— quero um café sem açúcar — eu falei calmamente enquanto mantinha o meu sorriso e os meus olhos observando-a
Ela, por outro lado, anotava o meu pedido sem nem ao menos me dá atenção, ela virou-se para Natália.
— a senhorita pedir algo? — perguntou ela olhando para Natália
Natália provavelmente havia percebido a minha fixação pela moça e então esboçou um sorriso debochado.
— acho que vou querer o mesmo — disse ela com um sorriso debochado
Helena, por outro lado, não havia se importado com o deboche de Natália, ela apenas guardou o bloco de notas, sorriu e deu-nos as costas.
Enquanto esperávamos, Natália tentava chamar a minha atenção, fazendo movimentos um pouco exagerado o que estava me deixando extremamente desconfortável.
Quando o nosso pedido finalmente chegou, eu tomei o meu café, mas Natália empurrou o café para longe.
— você demorou! O café perdeu a graça — disse Natália com indiferença — mas serei boazinha com você, traga-me um café com açúcar —
Helena apenas suspirou e deu-nos as costas, ela não podia reclamar, pois, seu trabalho era esse e infelizmente ela era obrigada a aceitar aquilo.
Eu olhei para Natália com julgamento, ela não podia fazer isso com as pessoas.
— não tinha necessidade disso, se você queria com açúcar deveria ter pedido antes — eu falei enquanto levava a xícara para os meus lábios
— quer virar o defensor agora? — perguntou ela com um certo sarcasmo — eu sou cliente, e sou eu que vou dar o dinheiro para ela poder se sustentar, então eu posso pedir o que eu quiser e ela deve-me agradecer por eu não ir falar com o dono dessa cafeteria —
Eu olhei para ela com negação, não adianta discutir, pessoas ignorantes não ouvem a ninguém além de si mesmos.
Logo Helena trouxe o café para ela, mas ela usou a desculpa que tinha muito açúcar então mandou ela preparar outro, Natália estava fazendo Helena de lerda, pois sempre que Helena trazia o café, Natália não queria e inventava alguma coisa.
Depois de um tempo, Natália estava levando aquilo mais a sério e Helena estava perdendo sua paciência, Helena trouxe mais outro café para Natália, mas ao invés de tomar ou de reclamar, Natália simplesmente deixou a xícara com café cair no chão se quebrando em pedaços, um pouco de café caiu no tênis branco de Helena, sujando um pouco.
Eu arregalei os olhos com aquilo, mas antes que eu pudesse falar, Helena tomou a minha frente.
— você está de palhaçada comigo? — perguntou Helena chegando ao limite da sua paciência
— eu sinto muito... não foi por mal... eu só queria café — disse Natália mudando rapidamente de expressão, adotando uma expressão de culpa e inocência
Helena olhou-me e viu a minha xícara na mesa, ela viu que ainda tinha café e então pegou a xícara.
— você quer café? então pega aqui! — falou ela irritada jogando café na blusa de Natália
Natália que não esperava por essa reação, rapidamente se levantou irritada.
— eu fui muito boazinha com você! — disse Natália com uma expressão irritada
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Atualizado até capítulo 29
Comments
Matsuri :v
Pegou minha atenção.
2025-05-08
1