Sobre a Guarda de um Demônio
Uma Cama, Dois Corações (E um Vínculo Ardente)
Depois do susto, a figura encapuzada simplesmente... desapareceu.
Kaito havia vasculhado o lugar inteiro com suas correntes escuras, mas o visitante sombrio não deixou rastro. Isso só deixou o clima mais tenso e o vínculo entre ele e Hayko ainda mais instável.
Tão instável que o símbolo no peito de Hayko começou a queimar de novo, como brasa viva.
hayko
“Ah~... de novo essa maldita dor!”
Ele gemeu, se jogando no colchão velho do canto da sala.
hayko
“Isso tá me queimando por dentro!”
Kaito se aproximou e se ajoelhou ao lado dele.
Seus olhos analisaram a marca. Ela pulsava rápido, em vermelho e roxo, como se algo estivesse tentando escapar de dentro.
kaito
"É O vínculo,Ele tá oscilando.” (diz sério)
kaito
“Provavelmente por causa da interferência daquele ser encapuzado. Algo desequilibrou nossa conexão.”
hayko
(arfava) “E como conserta isso?”
Kaito hesitou... depois soltou um suspiro profundo, como quem estava prestes a dizer algo que não queria.
kaito
“Precisamos… dormir juntos.”
kaito
“Fisicamente juntos. O vínculo se estabiliza mais rápido quando há proximidade corporal... e troca energética durante o sono.”
kaito
(Ele olhou para o lado, parecendo até meio envergonhado)
hayko
“Você tá dizendo que... a gente tem que dividir cama?”
kaito
(Levanta uma sobrancelha)
“Você quer continuar ardendo por dentro ou prefere encostar em mim e resolver isso como um adulto?”
hayko
“VOCÊ NÃO É UM ADULTO, VOCÊ TEM DOIS MIL ANOS!”
kaito
“Exatamente. E ainda pareço ótimo.” (respondeu com um sorriso malicioso)
hayko
(Se arrastando pro canto da cama)
“Fica longe. Um centímetro e meio de distância no mínimo.”
kaito
“Medindo agora com régua, é?” 😑
Kaito deitou-se com um movimento felino, o corpo quente como uma fornalha demoníaca. Ele se virou de lado e o olhou diretamente nos olhos.
kaito
“Você tá tremendo.” (voz rouca e suave)
Por alguns minutos, os dois ficaram ali, ouvindo apenas o som da chuva lá fora
Calor que emanava do corpo de Kaito estava ajudando — a dor no peito de Hayko começou a ceder aos poucos.
A pulsação do vínculo estava mais calma. Mais... conectada.
kaito
“Você devia ter medo de mim.” (murmurou de repente)
kaito
“Muitos homens morreram tentando me conter. E você... aceitou me guardar sem nem piscar.”
hayko
“Eu não tive escolha.” (respondeu Hayko, com a voz baixa)
hayko
“Mas agora que eu conheço você... acho que talvez... eu ainda não saiba quem você realmente é.”
kaito
(se vira para ele)
“E se eu for pior do que você imagina?”
hayko
“Então eu descubro... dormindo do seu lado.”
Os olhos de Kaito brilharam por um instante, não com sarcasmo... mas com algo mais suave. Algo antigo. Algo que ele não deixava ninguém ver.
kaito
(se vira de costas)
“Boa noite, guardião.”
hayko
“Boa noite, demônio encrenqueiro.”
E então, no escuro, as batidas de seus corações se alinharam. Pela primeira vez... em perfeita sincronia.
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