Sobre a Guarda de um Demônio
O Peso de um Demônio
Depois da batalha, o silêncio caiu pesado.
O corpo retorcido do demônio caçador havia se dissolvido em fumaça negra, deixando apenas marcas queimadas no chão de pedra
Hayko estava sentado contra a parede, os braços tremendo. Sua respiração era irregular, o peito ainda ardia com o calor do símbolo
hayko
“Isso foi…” (ele tentou falar, mas a garganta falhou.)
kaito
“Intenso? Quente? Excitante?”
Kaito, agachando-se à sua frente com aquele sorrisinho cínico que ele parecia colecionar
kaito
“Ou tudo isso junto?”
hayko
(Revira os olhos, mesmo com o rosto vermelho)
hayko
“Eu ia dizer assustador, mas se você quiser se sentir sexy, tudo bem.”
kaito
“Você precisa comer alguma coisa, humano. Guardiões fracos morrem rápido... e, bom, você ainda me deve uma alma viva por ter me libertado.”
hayko
“Engraçado, pensei que já tivesse dado a minha.”
kaito
“Você deu o corpo, o vínculo... a alma vem depois. Normalmente num momento mais íntimo.”
kaito
(piscou, claramente se divertindo com a provocação.)
hayko
(Bufou e se levantou, mesmo tonto.)
hayko
“Eu não sou seu brinquedo, Kaito.”
kaito
“Não?” (Kaito inclinou a cabeça.) “Então por que você treme quando eu me aproximo?”
De repente, ele encurtou a distância entre eles. Estavam tão próximos que Hayko podia sentir o calor anormal que Kaito emanava — não era um calor comum... era como fogo antigo, primordial.
kaito
“Seu coração está batendo rápido.” (murmurou Kaito, os olhos cravados nos de Hayko.)
kaito
“Você acha que é medo… mas eu conheço esse som.”
hayko
“A-afasta...” (disse em voz baixa, mas sem dar nenhum passo.)
kaito
(sorri perigosamente satisfeito.)
kaito
"quer mesmo q eu me afaste?"
Mas antes que o clima ficasse ainda mais denso... um rangido alto ecoou do andar de cima.
Hayko virou o rosto imediatamente.
hayko
“Tem alguém aqui...?”
Kaito voltou à postura alerta num piscar de olhos. Os olhos dele brilharam vermelho.
kaito
“Não é humano. E... não é meu.”
kaito
“Talvez. Ou algo pior.”
Kaito estalou os dedos, e correntes surgiram em seus braços como serpentes prontas para atacar.
kaito
“Fique atrás de mim, guardião.”
hayko
“Eu não sou de ficar atrás de ninguém.”
kaito
“Bonito. Agora cala a boca e abaixa a cabeça.”
O som de passos começou a descer as escadas. Eram lentos... pesados. Como se a própria madeira estivesse sendo corroída por algo que não devia existir nesse mundo.
Hayko sentiu um arrepio passar por sua nuca.
Kaito, por sua vez, não sorriu dessa vez. Apenas ficou sério.
kaito
“Se for quem eu acho que é... então nosso pequeno contrato vai atrair muito mais do que caçadores.”
hayko
“Quem você acha que é?”(sussurra)
kaito
“...Alguém que quer você mais do que eu.”
E então, a porta do andar de cima se abriu com um estalo seco.
Lá estava uma figura encapuzada, sem rosto visível... e com um olhar invisível que os fazia querer correr.
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