As Notícias

O carro seguiu seu caminho, deixando para trás a tensão do encontro com Vicent. Dentro do veículo, o silêncio reinava, mas era um silêncio carregado de pensamentos e sentimentos conflitantes. Eu me sentia exausta e frustrada, com a mente borbulhando de perguntas não respondidas. Mas, ao mesmo tempo, eu estava agradecida por estar longe de Vicent, mesmo sem saber ao certo como ele havia se afastado de mim de forma tão fria.

Chegamos ao meu apartamento, e eu respirei aliviada ao entrar no ambiente acolhedor, mas o peso da situação ainda me seguia. As meninas estavam visivelmente preocupadas com o que havia acontecido, e o clima entre nós estava tenso.

– Eu não estou acreditando até agora no que aconteceu. – Joyce foi a primeira a quebrar o silêncio. – Quem esse Vicent pensa que é? Achei que ele fosse mais… educado, sabe? Não esperava isso dele.

– Eu também. – Sendy concordou, ajeitando o cabelo enquanto se sentava no sofá. – Eu pensei que ele fosse diferente. Do jeito que ele age, parece ser um tipo bem arrogante.

Eu me sentei ao lado delas, sentindo uma mistura de cansaço e indignação.

– Ele tem hotéis de luxo, né? – Joyce continuou, quase sem acreditar. – Já ouvi falar. E pelo jeito ele acha que está acima de todo mundo.

Sendy me olhou com uma expressão pensativa.

– Ele é dono de vários hotéis, sim. – Respondi, tentando manter a calma. – Ele tem uma rede de hotéis de luxo em várias partes do mundo. Não é o tipo de cara que se vê todo dia, isso é certo.

– Uau, então ele é realmente um grande empresário. – Joyce disse, impressionada. – Mas isso não justifica a atitude dele com você. Nenhuma mulher merece ser tratada assim. Isso foi completamente desrespeitoso.

Eu suspirei, lembrando-me do momento em que ele me ignorou completamente, sem nem ao menos olhar para mim.

– Eu sei. Ele parece achar que pode fazer o que quiser, como se todo o mundo tivesse que se curvar a ele. – Eu disse, tentando entender o comportamento dele. – Mas a questão é que… Ele não tem respeito por ninguém.

Sendy me olhou com um olhar curioso e, de repente, a expressão dela mudou, como se algo tivesse lhe ocorrido.

– Espera aí… – Sendy começou, sua voz cheia de dúvida. – Ele não é o cara do metrô? O que pediu para você casar com ele, lembra? O homem que parecia um psicopata?

Eu congelei por um momento, sentindo o impacto da pergunta. Olhei para Sendy, atônita, sem saber o que responder imediatamente.

– O… o que você está falando? – Eu perguntei, tentando entender onde ela queria chegar.

Sendy olhou para mim com seriedade, sem desviar o olhar.

– Evellin… você não está me dizendo que o cara do metrô era o Vicent, né? O homem que você encontrou e que pediu para você casar com ele de repente?

Joyce também ficou em silêncio, seus olhos se fixando em mim, aguardando a resposta. Eu sabia que isso poderia mudar completamente a visão que elas tinham sobre o que aconteceu naquela noite.

Eu respirei fundo, olhando para minhas amigas. O que eu ia dizer? A verdade? Será que eu devia revelar que o homem que me fez sentir tão desconfortável no metrô, de repente, era o mesmo Vicent que se achava acima de todos?

– Sim. – Falei, finalmente cedendo ao peso da verdade. – Ele é o mesmo. O homem do metrô era o Vicent. Eu só não sabia naquele momento. Eu não sabia quem ele era.

As duas ficaram em silêncio por um momento, como se as peças do quebra-cabeça começassem a se encaixar. A revelação era chocante.

– Então, você estava com ele no metrô e não sabia quem ele era? – Joyce perguntou, com uma expressão entre surpresa e preocupação.

– Exatamente. Eu não fazia ideia de quem ele era. Ele parecia ser apenas um homem comum, com um pedido maluco e uma atitude estranha. Mas quando ele apareceu de novo, hoje à noite… tudo fez sentido. E agora, eu não sei o que pensar.

Sendy franziu a testa, claramente pensativa.

– Isso explica tudo. – Ela disse, pensativa. – Ele parecia tão… controlado e seguro. Agora que você disse, dá para entender por que ele se comportou daquela forma. Ele deve estar acostumado a ser tratado de forma diferente. Como se estivesse no controle de tudo.

Eu me sentei mais confortavelmente no sofá, sentindo a necessidade de explicar a situação, de algum modo aliviar as tensões internas.

– Eu não sei o que pensar sobre ele. – Falei, olhando para elas. – Por um lado, ele tem esse poder todo, mas por outro, ele age de uma forma tão fria, distante, como se as pessoas não tivessem valor algum para ele. E foi exatamente isso que me deixou mais irritada.

Joyce suspirou.

– Amiga, eu entendo você. Ninguém merece ser tratado dessa forma. Mas talvez você precise decidir se vai continuar nessa história ou se vai deixar isso para trás de uma vez. Porque, sinceramente, ele não parece ser o tipo de pessoa que vai mudar.

Eu concordei com a cabeça, sentindo um peso no peito, mas também uma sensação de alívio por finalmente ter dividido com minhas amigas a verdade.

– Eu já sei o que eu preciso fazer. – Disse, com um suspiro. – Ele não vai mais me controlar. E não vou mais me deixar envolver por ele. A partir de agora, é só seguir em frente. E quem sabe… talvez encontrar alguém que realmente me mereça.

As meninas sorriram para mim, como se soubessem que essa era a decisão certa. Eu tinha acabado de me libertar de um peso que estava me atormentando, e agora, era hora de seguir em frente.

Os dias se passaram, e eu e Maks estávamos nos conhecendo melhor. O trabalho estava me consumindo, e minha agenda estava lotada. Mesmo assim, combinamos de nos encontrar novamente para conversar.

Enquanto descia o elevador, passei pela recepção e ouvi duas funcionárias conversando animadamente.

— É sério que o senhor Han vai dar uma festa? — disse uma delas, empolgada.

— Sim! Vi na notícia que ele vai convidar várias celebridades.

— E por que essa festa?

— Acho que é para comemorar o novo hotel que está sendo construído. Eu queria tanto ir…

— E vamos combinar, ele é um gato!

Revirei os olhos. "Gato? Essas moças só podem estar loucas! Ele é um lunático, isso sim", pensei enquanto saía da empresa e começava a andar em direção a um café ali perto.

As ruas estavam movimentadas, como sempre. O barulho dos carros, as pessoas apressadas, as vozes misturadas… Era o caos urbano de sempre. Eu precisava de um café forte para me manter acordada e focada.

Assim que entrei no café e me sentei perto da janela, senti o aroma do café recém-passado misturado com um leve toque de baunilha. Peguei o celular para mandar uma mensagem para Maks, mas antes que pudesse digitar algo, uma conversa na mesa ao lado chamou minha atenção.

— Você viu a lista de convidados para a festa do Vicent Han? — disse uma mulher empolgada. — Todo mundo está falando disso!

— Sim! Ele vai fechar um dos salões mais luxuosos da cidade. Dizem que o evento será exclusivo para empresários e celebridades. Mas o mais curioso é que ninguém sabe por que ele decidiu fazer essa festa tão de repente…

Meu estômago revirou ao ouvir o nome dele novamente. Por mais que eu tentasse seguir minha vida, Vicent Han continuava aparecendo de alguma forma.

Tomei um gole do meu café, tentando ignorar a inquietação que aquelas palavras me causaram. Ele podia dar quantas festas quisesse, cercado de quem quisesse. Isso não era mais problema meu.

Mas, no fundo, uma sensação estranha me dizia que essa história ainda estava longe de acabar.

Eu estava distraída mexendo no celular quando ouvi a porta do café se abrir, acompanhada do som do sino que anunciava a chegada de um cliente. Levantei o olhar e vi Maks entrando. Ele vestia uma camisa polo azul-escura e calça preta, como sempre, impecável. Seus cabelos loiros estavam levemente bagunçados, e ele carregava um ar confiante.

— Espero não ter te feito esperar muito. — Ele disse, sorrindo ao se aproximar.

— Não, cheguei faz pouco tempo. — Respondi, fechando o aplicativo no celular e sorrindo de volta.

Maks puxou a cadeira e se sentou à minha frente, apoiando os braços sobre a mesa. Chamou a atenção da garçonete e pediu um café preto.

— Como foi seu dia? — Ele perguntou, ajeitando a manga da camisa.

— Corrido. Muitos projetos para entregar, mas nada que eu não consiga lidar. E você?

— Mais do mesmo. A empresa está indo bem, mas sempre tem problemas para resolver. — Ele deu de ombros. — Ah, quase esqueci de te contar. Fui convidado para uma festa no fim de semana.

— É mesmo? De quem? — Perguntei, fingindo desinteresse enquanto mexia na colher dentro da xícara.

— Vicent Han.

Lunático.

Fingi desinteresse, mexendo no café.

— E você vai?

Maks soltou um suspiro e recostou-se na cadeira.

— Para ser sincero, não sei.

— Por quê? Achei que fosse um evento importante.

Ele riu sem humor.

— Depois do que aconteceu na boate, você acha que eu iria com a cara dele? O cara chamou a polícia como se eu fosse um criminoso. Tudo bem que eu estava bêbado, mas quem nunca exagerou na bebida? — Ele tomou um gole do café, balançando a cabeça. — Ele agiu como um arrogante.

Engoli seco. Maks ainda não sabia que Vicent era o homem do metrô.

— Então você não vai?

— Provavelmente não. Mas confesso que estou curioso para saber quem realmente é esse cara. Ele tem essa fama de ser frio e misterioso, mas ao mesmo tempo é um dos empresários mais influentes do país. — Maks me lançou um olhar avaliador. — Você parece bem interessada nesse assunto.

Meu coração acelerou.

— Só achei curioso. Ele parece ser bem comentado.

Maks sorriu de canto.

— Quer saber? Acho que seria interessante irmos juntos. Assim, se ele for mesmo esse cara todo, podemos descobrir juntos.

Meu estômago revirou. A última coisa que eu queria era estar no mesmo lugar que Vicent Han de novo. Mas agora eu estava encurralada.

— Não sei se seria uma boa ideia, Maks… — Eu disse, cruzando os braços.

— Vai recusar um convite meu? — Ele sorriu de lado, inclinando um pouco a cabeça.

— Não, mas…

— Te busco às sete. Esteja mais gata do que já é. — Ele piscou e saiu antes que eu pudesse responder.

Passei o dia tentando me concentrar no trabalho, mas minha mente voltava para aquele convite. Uma festa de luxo, cheia de gente importante, e eu lá no meio… Não era exatamente meu cenário preferido.

Depois de algumas reuniões e ajustes nos projetos, decidi deixar a preocupação de lado e me preparar. Joyce e Sendy apareceram no meu apartamento assim que souberam da festa.

— Você vai mesmo? — Joyce perguntou, jogada no sofá.

— Sim… Maks insistiu.

— E Vicent vai estar lá — Sendy cruzou os braços, me analisando. — Vai fingir que não o conhece?

— Eu já estou fazendo isso há dias — revirei os olhos, tentando ignorar o frio na barriga.

As meninas me ajudaram a escolher um vestido preto elegante, que realçava minhas curvas sem ser exagerado. Fiz uma maquiagem leve e finalizei o cabelo com ondas soltas. Assim que terminei, meu celular vibrou.

Maks: Estou te esperando. E sim, você está incrível.

Respirei fundo e saí. Eu estava prestes a entrar no mundo de Vicent novamente, mesmo sem querer.

Assim que desci, vi Maks encostado em um carro luxuoso, com um sorriso convencido no rosto. Ele usava um terno escuro, sem gravata, e parecia perfeitamente à vontade naquele papel de empresário bem-sucedido.

— Uau… — Ele passou os olhos por mim de cima a baixo. — Acho que vou ter que brigar com alguns caras hoje.

— Engraçadinho — revirei os olhos, entrando no carro.

A festa acontecia em um hotel luxuoso, um dos mais sofisticados da cidade. Quando chegamos, um tapete vermelho levava até a entrada, onde fotógrafos registravam a chegada dos convidados. Suspirei fundo antes de descer do carro.

— Pronta? — Maks perguntou, oferecendo a mão.

O trajeto até a festa foi tranquilo, com Maks comentando sobre os convidados que provavelmente estariam lá e como essas festas costumavam ser cheias de negócios mascarados por brindes e sorrisos educados.

— Espero que não seja entediante — brinquei, olhando pela janela.

— Comigo ao seu lado, duvido — ele piscou, confiante.

Assim que chegamos, um manobrista abriu a porta para mim, e saí do carro, ajustando a barra do vestido. A mansão onde a festa acontecia era imensa, iluminada de forma impecável, com carros de luxo estacionados na entrada e uma fila de convidados sendo recebidos por seguranças de terno preto.

Maks ofereceu o braço para mim, e aceitei. Caminhamos juntos pelo tapete vermelho que levava à entrada, passando por fotógrafos e jornalistas ansiosos por um clique das personalidades que chegavam.

— Nada discreto, hein? — sussurrei para Maks.

Ele apenas sorriu.

Ao entrar, o ambiente era ainda mais impressionante. Lustres enormes pendiam do teto, garçons passavam equilibrando bandejas com taças de champanhe, e a música ambiente tornava o clima elegante e sofisticado.

Foi então que, no meio da multidão, meus olhos encontraram Vicent. Ele conversava com algumas pessoas, segurando um drink na mão, mas seu olhar sério indicava que estava atento a tudo ao seu redor.

Meu coração acelerou por um segundo, e Maks, percebendo minha reação, inclinou a cabeça ligeiramente.

— Interessante — ele comentou.

— O quê? — perguntei, tentando agir normalmente.

— Sua expressão… Parece que viu um fantasma — ele disse, analisando meu rosto. — Ou talvez um velho conhecido?

Revirei os olhos e dei um gole na minha taça.

— Não é nada disso, Maks. Só estou observando a festa.

— Observando ou procurando alguém? — Ele ergueu uma sobrancelha e desviou o olhar por um segundo na direção de Vicent.

Meu coração deu um leve salto. Será que ele tinha notado algo? Maks já não gostava de Vicent desde a noite na boate. Melhor evitar qualquer conflito.

— Eu só estou impressionada com o tamanho desse evento — respondi, tentando mudar de assunto. — Você já esteve em festas assim antes?

Ele riu baixo, como se não tivesse acreditado completamente na minha resposta, mas resolveu entrar no jogo.

— Já estive em algumas, mas nenhuma organizada pelo famoso Vicent Han. Dizem que ele sabe como impressionar.

— É o que parece — murmurei, desviando o olhar.

Eu só queria que aquela noite passasse logo.

Maks logo foi chamado por um grupo de empresários e, com um sorriso convencido, me deu um beijo no rosto antes de se afastar.

— Volto logo, não vá fugir — ele disse, piscando antes de sumir no meio da multidão.

Fugir era exatamente o que eu queria. Eu não conhecia quase ninguém ali e, para piorar, sentia os olhares curiosos de algumas pessoas. Como se soubessem que eu não pertencia àquele círculo de luxo e poder.

Peguei outra taça de champanhe de um garçom que passava e caminhei para um lugar mais tranquilo. Havia uma área externa lindíssima, com um jardim impecável e uma piscina iluminada por luzes azuladas. O reflexo das águas tranquilas me hipnotizou por alguns instantes, e o ar fresco da noite foi um alívio para a atmosfera sufocante do salão.

Enquanto observava o movimento ao redor, senti alguém esbarrar em mim com força. Não tive tempo de reagir. Meu corpo perdeu o equilíbrio, e em segundos, tudo que vi foi a água da piscina se aproximando rapidamente.

O impacto gelado me fez prender a respiração. O vestido pesado dificultava meus movimentos, e o pânico tomou conta de mim por um instante. Mas antes que eu pudesse lutar para subir, senti mãos firmes me puxando.

Fui trazida à superfície em um só movimento, e quando abri os olhos, tossindo e tentando recuperar o fôlego, me deparei com Vicent.

Seus olhos me analisavam com um misto de irritação e preocupação.

Antes que eu pudesse me recompor, senti braços firmes me envolvendo. Num instante, eu estava fora da piscina, mas, em vez de me deixar de pé, Vicent me pegou no colo.

— O que você está fazendo? — perguntei, surpresa.

Ele não respondeu. Apenas seguiu andando com passos firmes, me carregando como se eu não pesasse nada.

Os olhares curiosos dos convidados me deixaram ainda mais constrangida. Algumas pessoas cochichavam, outras riam discretamente, mas Vicent não parecia se importar.

Ele abriu uma porta lateral e me levou para uma sala mais reservada, luxuosamente decorada, com um sofá amplo e um bar no canto. Sem cerimônia, me colocou sentada no sofá e tirou o próprio paletó, dobrando as mangas da camisa branca.

— Fique aqui. — Sua voz era fria, quase indiferente.

— E se eu não quiser? — provoquei, cruzando os braços.

Ele me lançou um olhar firme, mas não respondeu. Apenas pegou uma toalha de um armário e a jogou no meu colo antes de se virar para sair.

— Vicent… — chamei impulsivamente.

Ele parou por um segundo, mas não olhou para mim.

— Você não vai dizer nada?

Silêncio.

E então, ele saiu, fechando a porta atrás de si.

Maks entrou na sala apressado, com os olhos arregalados e a respiração ofegante.

— Evellin! Meu Deus, o que aconteceu? — Ele correu até mim, segurando meu rosto com as mãos. — Você está bem?

Antes que eu pudesse responder, a porta se abriu novamente. Vicent entrou com uma expressão impassível e jogou outra toalha no sofá ao meu lado.

— Você deveria ir para casa — disse ele, sem emoção na voz.

Maks se levantou, fechando a cara.

— Cara, qual é o seu problema? Ela caiu na sua festa e você age como se fosse um inconveniente?

Vicent o ignorou completamente, voltando-se para mim.

— Tem um carro esperando na entrada.

E, sem dizer mais nada, ele saiu novamente, deixando Maks ainda mais irritado.

— Quem esse cara pensa que é? — Maks resmungou. — Você quer que eu faça alguma coisa?

Eu suspirei, sentindo um misto de raiva e frustração.

— Não, só me leva para casa.

No dia seguinte meu celular não parava de vibrar. Quando finalmente peguei para ver, dezenas de mensagens inundavam minha tela. Antes que eu pudesse processar tudo, Joyce entrou no meu apartamento sem aviso, ela logo pegou o celular e começou a mostrar as notícias. Fiquei paralisada olhando para a tela do celular de Joyce. Meu rosto estava ali, estampado em várias matérias de fofoca. Meu coração disparou, minhas mãos suaram frio, e uma onda de desespero tomou conta de mim.

— Isso só pode ser um pesadelo… — murmurei, passando a mão pelo rosto, como se pudesse apagar tudo aquilo.

— Você não acha que tá sendo um pouco dramática? — Joyce riu, jogando-se no sofá com o celular em mãos. — Olha isso, amiga! Tem gente te chamando de “A garota misteriosa de Vicent Han”!

— Me dá isso aqui! — Arranquei o celular dela, lendo a manchete com os olhos arregalados.

"Quem é a mulher que chamou a atenção do empresário Vicent Han? A misteriosa jovem foi flagrada nos braços do magnata durante sua festa exclusiva."

Meu rosto queimou de vergonha.

— Eu não quero ser “a garota misteriosa de ninguém”, Joyce! — rosnei, jogando o celular no sofá e enterrando o rosto nas mãos.

— Ah, então você prefere ser “a garota que caiu na piscina e foi salva pelo milionário bonitão”? — Ela arqueou uma sobrancelha, segurando o riso.

— Isso é pior! — exclamei, atirando uma almofada nela.

— Se serve de consolo, Vicent não fez nenhuma declaração — disse ela. — Ele ignorou todas as perguntas da imprensa.

Senti um frio estranho no peito.

— Ótimo — murmurei, soprando o café antes de tomar um gole. — Agora pareço ainda mais insignificante.

Joyce bufou e revirou os olhos, cruzando os braços.

— Você precisa relaxar, Evellin. Isso tudo vai ser esquecido em poucos dias.

Suspirei, tentando me convencer disso, mas no fundo, uma sensação incômoda me dizia que essa história estava longe de acabar.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!