Capítulo 3

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— Stiven e Arthur se encarregarão da segurança do meu marido aqui presente, junto com outros da casa, Marlon e Sebastián — diante do que foi dito, Alan o olha um pouco surpreso, mas logo esboça um sorriso tentando disfarçar.

São Marlon o seguindo para todos os lados, agora será um grande problema, teria que comprar outro para que siga suas ordens, pensou Alan.

— E você, Becker, será um dos meus guarda-costas junto a outros da casa, gerente, eu lhe encarrego, devem custodiar a segurança do meu companheiro e meus quando estivermos fora de casa, esse será seu dever a partir de agora, deverão começar a viver aqui, já que os necessitaremos a todas as horas em caso de emergência, algum inconveniente? — pergunta o alfa com voz amável.

Nesse momento, Dennis viu a oportunidade de perder o trabalho, com respeito falou — Tenho uma filha da qual devo estar pendente... — quando pensava em dar seu discurso para que o deixassem ir, o alfa sorri com compreensão e nega.

— Ela não é problema, pode trazê-la para viver aqui, há suficientes quartos para os empregados, não se preocupe, tampouco odeio crianças — disse ele e seu ômega o abraça e lhe diz com diversão em sua voz

— Falando em crianças, não acha que já é o momento? — diz Alan, embora já saiba a resposta.

— Não é o momento ainda, e mais agora que estamos em perigo — disse o alfa com pesar.

Embora na realidade, esse não fosse o verdadeiro motivo.

Enquanto Dennis já não pôde refutar nada, assim que apenas olhou para cima como se a lua estivesse ali o vendo, recriminando em seus pensamentos suas andanças.

— Sem mais, vamos, devo ir ao escritório e meu marido ao seu trabalho — Primeiro sai o casal e os empregados, incluído Dennis, vão atrás deles um pouco mais afastados.

Aos escoltas que estavam presentes na entrada principal, o gerente os chamou e lhes disse — Vocês vão com o alfa Hunter e vocês dois com o Ômega Hunter — lhes disse apontando para eles e ao deixar seus postos, outros empregados tomam seu lugar.

— Dennis, será o motorista, irão às indústrias H, sabe a rota? — Responde que sim, quem não conhece a empresa de eletrônicos mais famosa do momento? — lhe diz mais perto o gerente — Qualquer anomalia, não hesite em dizer ou atacar com tal de proteger o alfa Hunter, já trabalhou neste campo, sabe muito bem o que fazer.

Dennis assente, muitas vezes teve que fazê-lo por seu país, até que saiu da milícia porque queria uma vida mais tranquila e formar uma família, coisa que conseguiu junto a sua pequena e seus amigos, os quais considera como irmãos.

Antes de subir no carro pôde ver o casal despedir-se sem rodeios, Philips pegava seu marido pela cintura enquanto sussurravam coisas ternas olhando nos olhos um do outro e logo vários curtos beijos, abriu a porta para seu chefe esperando que entrasse, mas foi inevitável não escutar o que diziam, não estavam tão longe e isso o incomodava, isto era mais vergonhoso para ele, que quando descobriu que estava grávido e contou para Frederick fazendo com que todo o bairro ficasse sabendo de sua suposta infidelidade para com ele.

Definitivamente isto era outro nível, enquanto seu lobo interior lutava para sair e deixar sair seu aroma pelos ciúmes absurdos, ele queria que a terra o engolisse e reprimia seu lobo imaginando que lhe dava muitos tapas por oferecido e fácil, está casado, tem que mostrar um pouquinho de respeito, se não soubesse que esse era seu alfa destinado e não estivesse passando tão mal com seu lobo, até tiraria uma foto deles.

— Amor, deve se cuidar, espero que os novos sejam muito eficientes ou se verão comigo — disse Alan ao que seu marido beija seus lábios e ri.

— Vou ficar bem, melhor preocupe-se em posar para a câmera para ser o modelo mais cobiçado, mas só para mim, querido — disse o alfa entre sussurros.

— Todo seu, meu amor — disse Alan — Vá já ou chegará tarde.

— Eu sou o chefe, querido — disse com orgulho erguendo seu queixo com zombaria e Alan ri para deixar um último beijo em seus lábios antes de subir na van preta que lhe foi asignada.

Uma vez que o alfa entra, fecha a porta e sobe na van para começar a dirigir com calma, para ser seu primeiro dia não estava tão mal, (tirando o sal que a lua lhe jogou), tudo ia bem, a única coisa que tinha que fazer era centrar-se, ele já não pensava com o coração, tinha que pensar com a cabeça, se não trabalha, não pode sustentar sua filha e o que menos quer é que chegue um dia a sua vida, proteção de menores a tirar sua filha porque ele não pode mantê-la.

Seu maior temor fez com que seu peito se apertasse, sua filha era tudo para ele, Esmeralda era uma boa menina que só merecia o melhor, independentemente de que muitas vezes seja muito travessa, ela é um anjo.

Mas sentiu algo muito raro na van em que iam, assim que a deteve — O que acontece? — pergunta seu chefe e ele lhes diz que façam silêncio e é ali quando escutam outro apito, outro e logo outro.

— Saiam do carro todos — todos descem e o ômega se abaixa de onde vem o som, era de onde estava dirigindo, mas mais atrás, havia um dispositivo, o qual era uma bomba, não se surpreendia pelo fato de vê-las, já esteve muitas vezes em apuros com elas — Há uma bomba.

— Posso ajudar — disse um, mas o ômega nega.

— Eu posso sozinho — disse Dennis, porque sinceramente não sabia em quem confiar.

Buscou no carro o que pudesse ajudá-lo e estava uma caixa de ferramentas com chaves e alicates (pinças), pegou isto e com cuidado a retirou do carro.

Agora devia desarmá-la até apagá-la, a contagem regressiva estava em trinta segundos, mas com cuidado e sigilo conseguiu desarmá-la até apagá-la quando estava em dez segundos.

Limpou o suor de sua testa e suspirou antes de levantar-se — Essa foi por pouco.

Quando se levanta, alguém põe uma mão em seu ombro e vira para ver quem é, e sentiu seu estômago revirar ante a proximidade desse alfa que o olhava com agradecimento e preocupação, mas mais que tudo admiração.

— Obrigado, se não fosse por você, não teríamos nos dado conta — disse Philips.

O Ômega com seus olhos bem abertos engole em seco e assente — Não é nada, é meu trabalho.

Recolheu tudo e incluído os pedaços desarmados da bomba e a levou no carro, isto tinha que ver a polícia.

O Ômega sentia seu coração bater desenfreado enquanto dirigia e fazia como se nada acontecesse.

—"Preciso de uma cerveja o mais rápido possível"— disse em seus pensamentos.

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