Ele me ajuda a levantar e por um instante ficamos a nos olhar, até que ele disfarça,passa a mão na nuca e diz:
— Vem,eu te ajudo a subir na moto,vou te levar ao hospital mais próximo,você não pode sair mancando por aí, o seu pé vai acabar piorando e outra eu não ficaria bem comigo mesmo, se eu te deixasse aqui sozinha nesse estado.
(Dava pra notar seu olhar dele preucupado)
-Olha obrigada por me ajudar a levantar e por querer me levar no hospital,mais não posso pegar carona com um estranho, não me leve a ma— Euvocê pode ser um sequestrador , até mesmo um assediador pior que meu chefe.
-Eu não um sequestrador e nem assediador.
(pela sua expressão,ele havia ficado bem incomodado com minha suposição).
-Viu,um sequestrador diria isso.
-Se você prefere ir a pé, então vamos caminhando juntos, só segura no meu braço,vai que você cai de novo.
Eu concordo com a cabeça,eu sinto que mesmo se eu dissesse não,ele me acompanharia até lá mesmo assim, seguro em seu braço e começamos a caminhar ao lado da sua moto que ele carregava do seu outro lado, o hospital era perto, pois já estávamos no centro. Pela primeira vez na vida, achei alguém no mesmo nível de teimosia que eu, não sei se isso me incomodava ou me atraia por ele, que garoto mais irritante, olhando de perto ele tinha risquinho na sobrancelha, que nem todos esses garotos ridículos fazem dizendo estar no estilo,seu olhar era bem melancólico e cansado, ele parecia ser forte e era bem alto também! Quando chegamos no hospital, William pede meus documentos e vai falar com a recepcionista:
-Oi,boa noite!eu acabei atropelando aquela moça ali, ela está bem machucada, não sei se quebrou algo.
-Eu preciso dos documentos delas.
-Aqui está.
A recepcionista vai pegar o documento e aproveita para passar a mão na dele e demora para tirar,ela coloca uma mecha do cabelo atrás da orelha e fala meio envergonhada:
-Ok, só esperar ,logo iram chama-la senhor.
Que mulher mais abusada,depois que fui atendida ,eu saí com meu pé enfaixado e não sabia se aquele rapaz havia ido embora ou se ele estava lá fora a me esperar. Quando saio lá estava ele,no banco da sala de espera,ele ainda estava lá,,achei que ele havia ido embora e eu nunca mais o veria de novo,sento ao seu lado e digo:
-Porque ainda está aqui?
-Queria ter certeza,que ficaria bem.
-Estou bem,obrigada,agora pode ir.
-Está bem, mais você vai me denunciar ainda, você sabe que a culpa foi sua de atravessar a rua no sinal verde, né?
-Eu sei que a culpa foi minha,mas na hora eu precisava fazer um drama,eu não ia sair me culpando assim de cara, não sou boba.
Ele cai na gargalhada e todos os pacientes do hospital começaram olhar pra gente com cara feia,eu faço um
sinal com a mão,pra ele fazer silêncio e digo:
-Aqui é hospital,tem que fazer silêncio.
-Desculpa,bom quer que eu te levo para sua casa?
-Não, você já fez muito,obrigada.
-Tem dinheiro pro táxi,se não tiver eu te dou,aqui.
-Eu tenho,valeu
-Eu vou indo então,espero que melhore logo, aliás eu me chamo William.
-Eu sou a Tônica.
Ele aperta a minha mão, como se estivesse a dizer prazer Tônica e dá um sorriso de lado, lá fora ele sobe na moto ,coloca o capacete e vai embora e eu percebo que um pouco para frente, ele olha para trás, para ver se eu ainda estava lá,eu dou risada sozinha e logo depois meu táxi chega.O que aconteceu hoje,foi tudo uma doidera,o destino coloca pessoas do nada na sua vida,quando chego em casa já estava a amanhecer, desço do carro e vejo uma senhora bem velhinha passando por mim, empurrando um carrinho de flores,ela me olha, dá um largo sorriso e pergunta:
-Você gostaria de comprar uma rosa,essa vermelha simboliza amor e paixão e eu posso ver no brilho de seus olhos,que o amor chegou para você.
-Não,eu não tenho tempo para romances,eu sou minha prioridade ,estou juntando dinheiro pra ir embora daqui o quanto antes e começar a viver sozinha,mas eu compro uma rosa sim para ajudar a senhora.
-Obrigado meu bem,mais uma coisa lhe digo,o destino é algo que não controlamos,quando menos espera coloca pessoas do nada em nossa vida,parece ser só mais uma pessoa, maís é alguém que irá mudar nossa história para sempre.
Ela dá-me uma rosa e volta a caminhar com o seu carrinho, o meu dia está muito estranho hoje,eu acabei de pensar a mesma coisa sobre destino e essa senhora vem e diz o mesmo, credo,entro em casa e vou direto ao meu quarto deitar na minha cama maravilhosa e apago. Novamente elas corriam das sombras pela floresta, só que dessa vez eu consegui observar o rosto da enfermeira, era o rosto da minha mãe,como isso era possível .Acordo sem fôlego e um brilho chama a minha atenção, a rosa que a senhora havia-me dado estava a brilhar,eu pego-a nas mãos e todas as pétalas começam a cair, só sobra o miolo da flor e bem lá havia uma jóia roxa.
O seu brilho era controlador, na hora que toco na jóia,no mesmo instante ela pula na minha testa, grudando em mim, começo a sentir uma dor na cabeça terrível ,parecia que iria explodir, tentei puxar, mais ela não saía,eu levantava ,mais caía novamente derrubando coisas da escrivaninha no chão,tudo. Quando olhei para o espelho , a joia havia se tornado uma coroa, os meus olhos e cabelos haviam ficado roxos e eu sentia uma grande força dentro de mim,era muito para entender,tudo ficou confuso e acabei apagando.
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Atualizado até capítulo 22
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