Alexia
...Dois anos atrás...
Alexia era uma jovem comum, com uma vida tranquila e sem grandes aventuras.
Um dia, enquanto navegava pela internet, ela se viu em um canto obscuro da web, um site negro que prometia tudo, desde produtos ilegais até fóruns de discussão secreta. Curiosa e um pouco nervosa, ela decidiu explorar.
Foi nesse ambiente hostil que ela conheceu Zake, um hacker enigmático que parecia saber tudo sobre o que acontecia nas sombras da internet. A princípio, a conversa entre eles era casual, cheia de brincadeiras e trocas de informações sobre tecnologia e segurança cibernética. Zake tinha um jeito intrigante de se expressar, e Alexia não pôde evitar a atração pela sua inteligência e audácia.
Conforme as conversas se tornaram mais frequentes, Zake começou a abrir seu coração. Ele confessou que estava apaixonado por Alexia. Para ele, a conexão que tinham era especial, algo raro em seu mundo caótico. No entanto, Alexia não compartilhava os mesmos sentimentos; para ela, Zake era apenas um amigo interessante e misterioso.
Quando Zake revelou seu segredo mais profundo — que estava foragido há seis anos por crimes contra o governo — Alexia sentiu um frio na espinha. O medo a invadiu.
Como alguém poderia se envolver em algo tão perigoso? Ela hesitou por um momento, pensando em cortar laços imediatamente. Mas havia algo em Zake que a prendia; talvez fosse sua vulnerabilidade ou o jeito como ele falava sobre suas motivações.
"Eu me envolvi em algo que sabia que era errado", ele disse com sinceridade. "Mas eu sou um dos mocinhos, se é que posso chamar assim."
Essa declaração a deixou confusa.
Como ele poderia se ver como um herói quando suas ações eram claramente ilegais? O dilema moral a fez refletir sobre o conceito de certo e errado em um mundo onde as linhas eram frequentemente borradas.
Alexia sabia que precisava manter uma distância segura. Embora Zake não parecesse tão mal quanto outros que ela poderia imaginar nesse cenário sombrio, a realidade de sua situação ainda era alarmante. Ela decidiu ser cautelosa nas conversas, sempre mantendo uma parede entre eles.
Ele também confiou a ela que tinha duas irmãs e que nunca contou sobre o parentesco deles, mas elas conversavam online.
A amizade deles se tornou uma dança delicada entre luz e sombra, onde cada passo precisava ser cuidadosamente calculado para evitar cair no abismo do desconhecido.
...Oito meses depois - Atualmente...
Era uma noite tranquila em Blackwood, e Alexia estava no seu pequeno apartamento, deitada na cama, ao seu redor na penumbra, cercada por pilhas de livros e uma xícara de café frio. O silêncio da cidade era quase reconfortante, até que um barulho estrondoso a acordou.
Ela se sobressaltou, levantando-se rapidamente da cama. O relógio na parede marcou 3:15 da manhã, e a luz fraca da rua mal iluminava o quarto.
Confusa e um tanto alarmada, Alexia se aproximou da janela. O que ela viu a deixou paralisada: uma movimentação intensa do lado de fora, com vários carros de polícia cercando o prédio. As luzes vermelhas e azuis piscavam como um sinal de alerta em sua mente.
O coração dela disparou ao perceber que a cidade, normalmente calma, estava agora em estado de alerta.
Foi então que a memória do dia anterior voltou à sua mente como um relâmpago. Durante a conversa com Zake, ela havia desligado acidentalmente sua VPN enquanto tentava resolver um problema técnico em seu computador. Isso havia permitido que os perseguidores do hacker rastreassem sua localização no site obscuro onde se comunicavam. A realidade da situação a atingiu como um soco no estômago: ela estava em perigo por causa de uma simples distração.
Enquanto olhava pela janela, um policial muito bonito — com cabelo escuro e traços marcantes — pegou o megafone. Sua voz ecoou pela rua silenciosa:
— Senhorita Cox, saia com as mãos para cima. - O tom firme e autoritário dele fez Alexia sentir um frio na barriga.
Ela não sabia o que fazer; as opções se esgotavam rapidamente.
O pânico tomou conta dela. Alexia sabia que não poderia simplesmente sair para a rua e se entregar; isso significaria se envolver em algo muito maior do que ela poderia controlar. O instinto de sobrevivência gritou dentro dela enquanto ela olhava ao redor do apartamento em busca de uma saída.
O que fazer?
A mente dela girava com possibilidades enquanto buscava por qualquer coisa que pudesse usar a seu favor.
Ela ia para seu esconderijo secreto.
Enquanto ponderava, as vozes dos policiais aumentaram em volume, exigindo que ela saísse imediatamente. A adrenalina pulsava nas veias de Alexia; a realidade do mundo ao seu redor parecia distorcida pelo medo e pela confusão.
Com um último olhar para o apartamento — seu refúgio seguro que agora parecia uma armadilha — ela decidiu: precisava agir rápido.
Com as mãos tremendo, ela começou a procurar algo útil entre seus pertences, tentando encontrar uma maneira de contornar essa situação desesperadora antes que fosse tarde demais.
O policial bonito, com um olhar intenso e decidido, gritou:
— Tragam ela!
A ordem ecoou pela calada da noite, quebrando a tranquilidade que antes imperava em Blackwood. Vários policiais se mobilizaram rapidamente, subindo as escadas do prédio e se espalhando pelo andar. A vizinhança, antes pacata, agora assistia à cena com um misto de pavor e curiosidade, as janelas se iluminando com rostos preocupados.
Os vizinhos sabiam que aquela jovem que havia se mudado para a cidade há dois meses, não era a criminosa que todos imaginavam; sempre foi uma pessoa gentil e prestativa na comunidade.
Alexia, em sua mente frenética, sabia que não podia esperar. O que parecia ser uma simples conversa havia se transformado em uma caçada.
Com o coração disparado, Alexia se dirigiu à escada de incêndio nos fundos do prédio. Cada passo era um misto de medo e determinação. Ao chegar ao chão, ela avistou seu Mini Cooper S, coberto por um toldo preto que o escondia da vista dos policiais. A adrenalina tomou conta dela enquanto ela se esgueirava para dentro do carro.
Com um giro rápido da chave na ignição, o motor rugiu e Alexia acelerou em direção à saída. O carro disparou pela rua silenciosa enquanto os policiais finalmente chegavam ao quarto dela. O ambiente estava em desordem; a cama desfeita deixava indícios claros de que ela havia estado ali momentos antes.
Um dos oficiais, com um walkie-talkie em mãos, relatou ao delegado loiro:
— Senhor, ela acabou de sair. A cama dela tem indícios de que estava aqui. Ela fugiu pela saída de incêndio.
O delegado franziu a testa, frustrado com a situação.
— Estamos perdendo tempo! Precisamos encontrá-la!
Lá fora, a movimentação aumentava rapidamente com a chegada da equipe do FBI. Vários agentes se aproximaram do delegado, que explicou a situação com um tom de urgência:
— Lamento, mas ela fugiu.
Um agente com um relógio Patek ajustado no pulso e uma expressão calma no rosto, ouviu atentamente antes de responder:
— Não se preocupe; ela não tem para onde fugir. Ele olhou ao redor como se já estivesse antecipando os próximos movimentos dela: — Há uma equipe em pontos estratégicos. Pessoas desesperadas sempre correm para a floresta.
O agente fez uma pausa significativa antes de continuar:
— E é lá que ela vai cair.
A determinação em seus olhos refletia a confiança na operação meticulosamente planejada para capturar Alexia antes que ela pudesse realmente escapar.
Enquanto isso, no Mini Cooper S acelerando pela estrada deserta, Alexia sentia o vento no rosto e a urgência da situação pressionando suas decisões.
A floresta estava à vista à distância — um labirinto verde que poderia oferecer tanto abrigo quanto perigo. Com cada curva feita em alta velocidade e cada batida do coração ressoando nos ouvidos dela, ela sabia que precisava encontrar uma maneira de se esconder e planejar seu próximo movimento antes que os agentes conseguissem cercá-la.
...........
Zake estava em seu esconderijo, a luz fraca da manhã filtrando-se pelas janelas empoeiradas. Ele tomava um gole do seu café amargo, mas a bebida já não tinha sabor. Sua mente estava completamente voltada para Alexia.
Desde que ouviu os rumores sobre a operação policial, uma inquietação crescente se instalou em seu peito. Ele sabia que ela estava em perigo.
De repente, seu celular vibrou sobre a mesa, e ele quase derrubou a xícara ao pegar o aparelho.
Mas ao ver o que havia na tela, seu coração disparou: uma notificação do rastreador GPS que ele havia instalado no carro dela.
Ele clicou na notificação rapidamente, e seus olhos se arregalaram ao ver o ponto vermelho se movendo rapidamente pela cidade. “Ela está fugindo,” pensou, mas logo uma sensação de pânico o dominou.
Zake acessou as câmeras ao redor do apartamento dela e assistiu quando um grupo de policiais se aproximavam do prédio onde Alexia morava. A preocupação tomou conta dele como uma onda avassaladora.
Ele tentou ligar para ela, a sua mente correndo com pensamentos de proteção e amor.
"Atenda, por favor,” murmurou para si mesmo enquanto esperava ansiosamente o toque.
Mas o celular nem sequer chamava.
O sinal parecia ter desaparecido, e a frustração se transformou em desespero. Ele tentou novamente, pressionando os botões freneticamente, mas nada funcionava.
“Droga!” Ele bateu com a mão na mesa.
Ele voltou a olhar para o GPS e viu que Alexia havia deixado o prédio e agora seguia em direção à floresta próxima à cidade. Conhecendo-a como conhecia, Zake sabia que aquele era um lugar onde ela poderia se sentir mais segura — ou assim pensava.
Com a mente trabalhando a mil por hora, ele começou a montar um plano. Se os policiais estavam atrás dela e ela estava se dirigindo para a floresta, ele precisava alcançá-la antes que as autoridades fizessem isso.
Zake rapidamente arrumou suas coisas.
Ele não poderia deixar que ela enfrentasse isso sozinha.
Sabendo que cada segundo contava, ele seguiria em frente com foco absoluto — determinado a proteger a mulher que amava acima de tudo, mesmo que isso colocasse em risco sua própria liberdade.
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Atualizado até capítulo 44
Comments
Dulce Gama
nossa será que ele vai conseguir salvar Alexia tomara ❤️❤️❤️❤️❤️🌹🌹🌹🌹🌹👍👍👍👍👍🎁🎁🎁🎁🎁
2025-04-05
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Marilena Yuriko Nishiyama
começando hoje 04/04/2025
2025-04-05
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