O encontro inevitável.

Layla Mancini. 🥀✒️

Passei o dia inteiro procurando um emprego decente que me desse uma boa grana, mas não encontrei nada. Voltei para casa com algumas compras que fiz no mercado. Ainda tinha um pouco do dinheiro que aquele maluco do Gustavo me deu, então pelo menos isso ajudava a manter as coisas em ordem por enquanto.

Entrei em casa e deixei as sacolas no chão. Lucas estava na sala, sentado no sofá, assistindo desenhos animados. — Cheguei, maninho! — falei alto o suficiente para que ele conseguisse me ouvir.

Lucas pulou do sofá e correu até mim com um sorriso infantil. — Trouxe a geleia de pêssego? — perguntou, os olhos brilhando de expectativa. Merda. Eu tinha esquecido completamente de comprar.

— Ah, maninho... Esqueci. Mas posso ir agora rapidinho! Você me espera? Prometo que não vou demorar. — sorri para ele, tentando transmitir confiança.

Lucas sorriu de volta e assentiu. — Tá bom, Lala. Vou esperar no sofá! — ele respondeu antes de voltar correndo para o seu lugar.

Soltei um suspiro e me virei até a porta, saindo novamente para ir ao mercadinho que ficava perto de casa. A noite estava tranquila e o céu cheio de estrelas, me dando uma sensação passageira de paz.

Cheguei ao mercadinho e peguei a geleia. Depois de pagar, comecei a voltar para casa com um pequeno sorriso. Lucas ia ficar feliz. Fazia tempo que ele não comia a tal geleia e eu sabia que isso ia alegrar o dia dele.

Mas... quando cheguei perto de casa, meu coração parou por um momento. Uma caminhonete preta estava estacionada ali. Não era comum ver um carro tão luxuoso por aqui. Algo estava errado.

Acelerei o passo, caminhando o mais rápido possível sem parecer suspeita. Quando cheguei na minha casa, abri a porta rapidamente e meus olhos percorreram cada canto da sala. Nada fora do comum.

Exceto uma coisa... O sofá estava vazio.

Lucas não estava lá.

Meu coração começou a acelerar, uma onda de pânico subindo pelo meu peito. Rapidamente, me aproximei da escada para ir até os quartos, mas, antes que eu pudesse sequer dar um passo, senti uma mão forte me agarrar e me puxar bruscamente.

Fui arrastada para perto da cozinha, quase sem tempo de reagir. — Onde você pensa que está indo com tanta pressa? — a voz rouca e carregada de ironia fez meu corpo congelar.

Meu olhar subiu lentamente, o medo se instalando em cada célula do meu corpo ao ver o homem ruivo na minha frente. Gustavo Miller.

Ele me achou.

Tentei dar um passo para trás, mas ele ainda segurava meu braço com firmeza, os dedos se apertando contra minha pele.

— O que você está fazendo aqui? — Minha voz saiu mais baixa do que eu gostaria, mas tentei me recompor. — Me solta! — gritei. Minha expressão era uma mistura de raiva e medo, mas ele apenas sorriu, como se estivesse se divertindo com a situação.

— Ah, Layla... — ele murmurou, aproximando o rosto do meu. — Realmente achou que poderia fugir de mim? —

Minha respiração ficou pesada, meu coração batendo contra minhas costelas como um tambor acelerado. Lucas... Onde estava Lucas? Será que tinham feito algo com ele?

— Cadê o meu irmão? — Exigi, com uma expressão dura tentando me soltar.

Gustavo me puxou ainda mais para perto e eu podia sentir o calor que o corpo dele emanava. Seu olhar era afiado e cruel analisando cada detalhe da minha expressão.

— Ele está bem... Por enquanto. — respondeu o arrombado e sorriu de lado. —Isso depende de você, Layla. Depende muito de você. —

Minha visão começou a ficar turva com o desespero.

Eu precisava pensar, pensar rápido.

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