Com apenas dezessete anos, Layla nasceu sem a capacidade de enxergar, mas recebeu em troca um presente raro:
a sinestesia. E que dádiva é essa! Através dela, Laila experimenta o mundo de uma forma que vai além da visão.
Ela sente aromas, degusta sensações e até mesmo "vê" através de outros sentidos.
Seus olhos, cor de caramelo avermelhado, emolduram um rosto de traços delicados, com lábios de tamanho médio e um nariz pequeno e arrebitado.
A pele clara contrasta com os cabelos negros como azeviche, que deslizam pelo longo pescoço.
Nascida em uma família nobre e influente, Layla estuda na prestigiada escola de elite chamada 'The Best'.
Seus pais são donos de uma grandiosa vinícola, passada de geração em geração por cinco vezes, mantendo viva uma tradição secular.
A propriedade se estende por vastos vinhedos e inúmeros depósitos, repletos de barris de vinho.
Desde que chegou aos Estados Unidos há dois anos, Layla Ivy é aluna da prestigiada escola The Best. Filha de Samir, um árabe libanês, e Olivia, uma inglesa, ela domina tanto o inglês quanto o árabe. A mudança para a América aconteceu por causa dos negócios do pai.
Agora, com o início de mais um ano escolar, Layla dá continuidade aos seus estudos. Apesar de sua riqueza e beleza notável, ela enfrenta comentários negativos e boatos maldosos dos colegas.
A razão? A faixa preta de cetim que usa nos olhos para atenuar o desconforto causado pela claridade. Em vez de ser ignorado, esse acessório só aumenta o mistério que a cerca.
Apesar dos percalços como o bullying e as brincadeiras de mau gosto — esconderem sua bengala ou a obrigarem a remover sua faixa —, Layla se mostra forte e persistente.
Ela se esforça para conciliar os estudos, o convívio familiar e o desenvolvimento de novas relações. Um exemplo é Júlia, a única amiga que a amparou desde o começo, quando sofreu atos injustos por parte de outros estudantes.
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