capitulo 4

Capítulo 4– Projeto Sombra

— "Você não é única. É só a primeira."

As palavras ecoavam dentro da minha cabeça como um código corrompido se espalhando pelo sistema. Drakovic não estava atrás de mim só por vingança. Ele estava atrás do que eu era.

E o que eu era… talvez não fosse tão especial quanto imaginei.

Na manhã seguinte, convoquei uma reunião no laboratório com Enzo, Valentim, Léo e mais dois técnicos da Família Ventura. Mostrei o vídeo, frame por frame.

— Reparem no fundo — disse, pausando a imagem. — Essa mesa é de aço galvanizado russo. Modelo padrão dos laboratórios da SKT Biotech, uma antiga parceira de pesquisa militar.

— Isso é coisa do governo russo? — perguntou Enzo, sério.

— Não. Pior. É coisa de cientistas mercenários. Drakovic não está só contratando hackers. Ele está criando eles.

— Clonagem? — Léo arqueou uma sobrancelha.

— Não exatamente. Ele está tentando replicar mentes como a minha. Como se pudesse fabricar cérebros moldados para invadir, codar, destruir... como uma arma digital viva.

Valentim cruzou os braços. — E você era o quê? O protótipo?

— Sim. A cobaia. O primeiro experimento funcional. Só que eles perderam o controle de mim.

— Então agora... eles estão tentando criar outra versão de você. Uma que obedeça. — Léo apertou os punhos.

Assenti.

— E se conseguirem... não vai ter sistema no mundo seguro.

Naquela noite, meu cérebro não desligava. As imagens do vídeo, as lembranças do laboratório, as torturas veladas que sofri nas mãos de Dogrado... tudo voltou como um filme de terror.

Eu me sentia usada. Violada. Como se cada pedaço de mim ainda estivesse sendo explorado por alguém no escuro.

Fui até a varanda da mansão, respirar ar frio.

Mas Léo me seguiu. Sempre ele.

Sem dizer nada, me abraçou por trás, sua respiração quente no meu pescoço.

— Não consigo dormir — murmurei.

— Eu percebi.

— Me sinto um produto. Um algoritmo ambulante.

— Você é uma mulher. Forte pra caralho. Sexy. Inteligente. Corajosa. — Ele me virou de frente. — Você é tudo... menos uma cópia.

— E se eles conseguirem replicar minha mente?

— Eu continuo querendo só a original.

E então ele me beijou. Mas dessa vez... havia mais ternura do que fogo. Ele me levantou nos braços, me levou até o quarto dele e me deitou na cama como se fosse algo precioso.

— Hoje... não quero pressa — ele sussurrou. — Quero memorizar cada parte de você.

Ele começou devagar.

Beijou meus pés, subindo lentamente pelas pernas. Suas mãos acariciavam como seda, sua boca como brasa. Beijou minhas coxas por dentro, minha barriga, a curva da cintura. Cada centímetro era tocado com adoração.

— Fica de olhos fechados — pediu.

Obedeci.

Senti um pano de seda ser amarrado suavemente nos meus olhos. Depois, uma pluma deslizando pela minha pele, deixando arrepios.

A cada toque, um suspiro. A cada beijo, um estremecer.

Quando ele finalmente se posicionou entre minhas pernas, estava tão molhada que sentia meu corpo implorar.

Mas ele não me deu logo o que eu queria.

— Você vai gozar... três vezes antes de eu entrar em você — ele disse, com a voz carregada de luxúria.

— Três...?

Não tive tempo de protestar.

Sua língua encontrou meu clitóris com maestria. Ele me chupava como se fosse meu amante há anos, com precisão e fome. Dois dedos entraram em mim com suavidade, enquanto sua outra mão apertava meu seio com firmeza.

O primeiro orgasmo me pegou como uma onda. Explosiva.

Ele não parou.

— Um.

Continuou, alternando a língua com beijos profundos, me provocando até a beira da loucura. Quando entrou com três dedos e pressionou o ponto G com a curva dos dedos, gozei de novo, gritando.

— Dois.

Meu corpo estava em chamas.

Quando pensei que ele ia me dar um descanso, subiu até meus seios e mordeu suavemente, enquanto esfregava o membro duro entre meus lábios inferiores. O atrito, o calor, o peso...

O terceiro orgasmo veio intenso. Minhas pernas tremiam, o lençol encharcado.

Ele tirou a venda.

Me olhou nos olhos.

— Agora sim.

E entrou de uma vez.

Meu corpo, já sensível, reagiu com um gemido rouco. Ele se moveu dentro de mim com um ritmo lento e profundo, como se cada estocada fosse marcada no tempo. Beijava minha boca entre uma estocada e outra, como se estivesse se conectando comigo de todas as formas.

— Você é minha. — Ele sussurrou no meu ouvido. — Só minha.

— E você é meu — respondi.

Gozei de novo com ele dentro de mim, agarrando seu pescoço, mordendo seu ombro.

E ele gozou logo depois, enterrado até o fim, os olhos nos meus, como se estivesse despejando mais do que sêmen. Como se fosse alma.

Deitamos em silêncio. Ofegantes. Despidos de tudo. Medo, passado, dor.

— Se eu não voltar de uma missão... — comecei.

— Não. Nem começa.

— Só ouve. Se eu não voltar... termina o que comecei. Derruba o projeto. Destrói tudo. E encontra a próxima menina que eles tentarem usar... e salva ela.

Ele ficou em silêncio por longos segundos.

Depois me olhou nos olhos.

— Não. Porque você vai voltar. E nós dois vamos derrubar essa merda juntos.

Beijei-o, com gosto de promessa.

Mas algo dentro de mim dizia...

A guerra começou.

E o próximo alvo... era eu.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!