Capítulo 04: Perguntas íntimas

A senhora Walton observava tudo em silêncio, de braços cruzados.

A enfermeira terminou de coletar o sangue, retirou a agulha e pressionou um algodão sobre o pequeno furo em meu braço.

— Segure aqui por alguns minutos. — instruiu antes de recolher seus instrumentos e sair da sala, deixando-me sozinha com a senhora Walton.

Pressionei o algodão contra o braço, sentindo um leve latejar no local. A senhora Walton sentou-se novamente na cadeira em frente a mim, seus olhos fixos nos meus.

— Agora que isso está resolvido, vamos ao que interessa — começou, com a voz firme e direta. — Você vai trabalhar diretamente para mim e meu marido, Eleonor. E isso significa que fará exatamente o que pedirmos. Entendido?

— Sim, senhora Walton. — respondi, minha voz saindo um pouco trêmula.

— Bom. Para começar, vamos conversar sobre seu salário, folga, seus direitos e deveres.

— Como desejar, senhora Walton.

Ela começou a falar sobre meu salário, o plano de saúde para mim e meu noivo, as folgas e, claro, os deveres. O salário inicial seria de US$ 10.000 por mês. A única coisa que me deixou um pouco triste foi a questão das folgas e das viagens. Eu teria que passar a semana na mansão e só poderia sair aos domingos.

— Bem, Eleonor, já sabe as vantagens que terá trabalhando para mim e meu marido. Agora, os seus deveres. Primeiro, eu e meu marido sempre seremos tratados como senhor e senhora Walton. Os funcionários desta casa usam os uniformes que fornecemos, incluindo os calçados. Não admitimos qualquer questionamento.

Com todas as vantagens e aquele salário, eu não poderia recusar.

— Entendi perfeitamente, senhora Walton.

Ela sorriu de leve, parecendo satisfeita.

— Ótimo, boa menina. Me conte, Eleonor, seu inglês é muito bom, mas seu sotaque denuncia que você não é daqui.

— Não. Eu sou brasileira, senhora Walton.

— Ah, interessante. Uma brasileira. Você fala outras línguas?

— Não, senhora. Só aprendi inglês porque sempre fui apaixonada pelo idioma.

Ela me olhou em silêncio por um longo tempo, o que me causou certo desconforto. Raspei a garganta, tentando disfarçar a inquietação. Isso pareceu despertá-la de seus pensamentos.

— Entendo. Bem, Eleonor, preciso saber de certos detalhes, pois eu e meu marido prezamos pela moral e pelos bons costumes. Por isso, peço desculpas pelas perguntas íntimas que farei a seguir, mas precisamos nos precaver contra pessoas de… comportamento inadequado. Se é que me entende.

Não esperava por algo assim, mas sabia que não tinha muita escolha.

— Claro, Senhora Walton. — respondi, tentando manter a voz firme.

Ela cruzou as pernas inclinou-se para frente, seus encontrando os meus.

— Muito bem. Então, vamos começar. Quantos anos você tinha quando perdeu a virgindade?

Senti meu rosto queimar. Hesitei por um momento, mas acabei respondendo:

— Eu tinha 18 anos.

A Senhora Walton anotou algo no computador.

— E quantos parceiros você já teve até hoje?

Respirei fundo, sentindo-me envergonhada.

— Três.

Ela ergueu uma sobrancelha, mas continuou.

— Você e seu parceiro atual fazem sexo regularmente?

— Sim. — respondi, evitando o contato visual.

— E… você faz sexo oral nele?

Senti-me ainda mais envergonhada, mas respondi.

— Sim, faço.

— E ele faz em você?

— Sim.

— Você gosta?

— Sim, gosto.

Notei que suas pernas, cruzadas, começavam a se mover sutilmente, uma esfregando na outra.

— Você já goz@u durante a relação?

— Sim... — respondi.

A Senhora Walton sorriu levemente, como se aquela resposta a satisfizesse de alguma forma.

— E quanto a um squirt? — continuou ela, sua voz agora um pouco mais baixa. — Já experimentou?

— Não... — respondi, sentindo o rosto queimar ainda mais.

Com seus olhos estavam fixos em mim, as suas pernas continuavam se esfregando com intensidade.

— E o sex@ an@l? Já fez sexo an@l?

— Não... — Sussurrei.

— Já participou de um ménage à três?

Senti o sangue subir ao rosto.

— Não, nunca.

— E tem vontade de experimentar?

— Não, nunca pensei nisso — respondi rapidamente, quase em um tom defensivo.

E assim, o interrogatório continuou, com ela fazendo perguntas cada vez mais invasivas, enquanto seu corpo se contorcia na cadeira, e suas pernas se esfregavam com uma intensidade que deixava claro que aquela mulher à minha frente parecia estar em um estado de excitação gradativa.

Quando enfim aquele interrogatório chegou ao fim, ela desviou o olhar do computador e recostou-se na poltrona, fixando seus olhos em mim.

— Muito bem. Agradeço sua sinceridade, Eleonor. Como eu disse, precisamos nos assegurar de que estamos lidando com pessoas que compartilham de nossos valores. Espero que compreenda.

Concordei com a cabeça, ainda me sentindo envergonhada.

— Compreendo perfeitamente, Senhora Walton.

— Ótimo. Eleonor preciso lembrá-la que tudo que você ver ou ouvir dentro desta propriedade é de total sigilo, nem para seu marido poderá contar. Você assinará um contrato concordando com todos os termos. Quero lembrá-la, Eleonor, que o descumprimento deste contrato acarretará um processo que lhe custará 142,4 milhões de dólares, o dobro de 71,2 milhões de dólares, e você irá direto para a cadeia. Pode ter certeza de que vamos garantir que fique por um longo tempo lá.

Com essa ameaça, fiquei com medo. Não que fosse contar algo a alguém, mesmo porque não tenho amizades, só a minha cunhada e meu noivo.

— Senhora Walton, eu posso conversar com meu marido sobre o salário, as vantagens, como será minha folga e a necessidade de viajar com a senhora e seu marido algumas vezes?

— Sim, Eleonor, vá para casa, fale com seu marido, converse com ele, conte só o necessário, mas lembre-se: se até o meio-dia de amanhã você não me der a resposta, as coisas vão se complicar.

Falei na hora, até eufórica, com medo de perder aquela oportunidade.

— Não, senhora Walton, eu estarei aqui bem cedo, eu prometo. Será só uma conversa, assim posso explicar a Vinícius sobre tudo que a senhora me falou. Principalmente sobre a folga e as viagens com a senhora e seu marido, pois ficarei uma semana longe dele.

— Poderá ficar até mais de uma semana. Me garanta que amanhã estará aqui, já para trabalhar.

— Sim, senhora Walton, estarei aqui bem cedo!

— Ótimo. Assim que entrar amanhã nesta casa, assinará o contrato. Agora venha, quero lhe mostrar a casa.

Eu a acompanhei por toda a propriedade, e ela me explicou todo o trabalho, me apresentou a todos os empregados. Parecia tudo normal até então. No final, ela me deu uma sacola com o uniforme de governanta e se despediu de mim.

Voltei para casa muito empolgada.

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Comments

Bela Black

Bela Black

Engraçado eles não contratam qualquer um e provavelmente a maioria da galera da limpeza que trabalha nessa mansão deve ser estrangeira. Tu sabe muito bem que ela também é estrangeira, não me venha com essa.

2025-05-02

0

Bela Black

Bela Black

O que iludiria qualquer um é o salário. Se fosse eu talvez guardaria o dinheiro pra pagar o colar, só que a pessoa teria que trabalhar a vida toda pra pegar um valor desses de milhões.

2025-05-02

0

Carolini Meneget

Carolini Meneget

KKKKKKKKKKK Ainda da tempi de correr?

2025-04-28

1

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