A senhora Walton observava tudo em silêncio, de braços cruzados.
A enfermeira terminou de coletar o sangue, retirou a agulha e pressionou um algodão sobre o pequeno furo em meu braço.
— Segure aqui por alguns minutos. — instruiu antes de recolher seus instrumentos e sair da sala, deixando-me sozinha com a senhora Walton.
Pressionei o algodão contra o braço, sentindo um leve latejar no local. A senhora Walton sentou-se novamente na cadeira em frente a mim, seus olhos fixos nos meus.
— Agora que isso está resolvido, vamos ao que interessa — começou, com a voz firme e direta. — Você vai trabalhar diretamente para mim e meu marido, Eleonor. E isso significa que fará exatamente o que pedirmos. Entendido?
— Sim, senhora Walton. — respondi, minha voz saindo um pouco trêmula.
— Bom. Para começar, vamos conversar sobre seu salário, folga, seus direitos e deveres.
— Como desejar, senhora Walton.
Ela começou a falar sobre meu salário, o plano de saúde para mim e meu noivo, as folgas e, claro, os deveres. O salário inicial seria de US$ 10.000 por mês. A única coisa que me deixou um pouco triste foi a questão das folgas e das viagens. Eu teria que passar a semana na mansão e só poderia sair aos domingos.
— Bem, Eleonor, já sabe as vantagens que terá trabalhando para mim e meu marido. Agora, os seus deveres. Primeiro, eu e meu marido sempre seremos tratados como senhor e senhora Walton. Os funcionários desta casa usam os uniformes que fornecemos, incluindo os calçados. Não admitimos qualquer questionamento.
Com todas as vantagens e aquele salário, eu não poderia recusar.
— Entendi perfeitamente, senhora Walton.
Ela sorriu de leve, parecendo satisfeita.
— Ótimo, boa menina. Me conte, Eleonor, seu inglês é muito bom, mas seu sotaque denuncia que você não é daqui.
— Não. Eu sou brasileira, senhora Walton.
— Ah, interessante. Uma brasileira. Você fala outras línguas?
— Não, senhora. Só aprendi inglês porque sempre fui apaixonada pelo idioma.
Ela me olhou em silêncio por um longo tempo, o que me causou certo desconforto. Raspei a garganta, tentando disfarçar a inquietação. Isso pareceu despertá-la de seus pensamentos.
— Entendo. Bem, Eleonor, preciso saber de certos detalhes, pois eu e meu marido prezamos pela moral e pelos bons costumes. Por isso, peço desculpas pelas perguntas íntimas que farei a seguir, mas precisamos nos precaver contra pessoas de… comportamento inadequado. Se é que me entende.
Não esperava por algo assim, mas sabia que não tinha muita escolha.
— Claro, Senhora Walton. — respondi, tentando manter a voz firme.
Ela cruzou as pernas inclinou-se para frente, seus encontrando os meus.
— Muito bem. Então, vamos começar. Quantos anos você tinha quando perdeu a virgindade?
Senti meu rosto queimar. Hesitei por um momento, mas acabei respondendo:
— Eu tinha 18 anos.
A Senhora Walton anotou algo no computador.
— E quantos parceiros você já teve até hoje?
Respirei fundo, sentindo-me envergonhada.
— Três.
Ela ergueu uma sobrancelha, mas continuou.
— Você e seu parceiro atual fazem sexo regularmente?
— Sim. — respondi, evitando o contato visual.
— E… você faz sexo oral nele?
Senti-me ainda mais envergonhada, mas respondi.
— Sim, faço.
— E ele faz em você?
— Sim.
— Você gosta?
— Sim, gosto.
Notei que suas pernas, cruzadas, começavam a se mover sutilmente, uma esfregando na outra.
— Você já goz@u durante a relação?
— Sim... — respondi.
A Senhora Walton sorriu levemente, como se aquela resposta a satisfizesse de alguma forma.
— E quanto a um squirt? — continuou ela, sua voz agora um pouco mais baixa. — Já experimentou?
— Não... — respondi, sentindo o rosto queimar ainda mais.
Com seus olhos estavam fixos em mim, as suas pernas continuavam se esfregando com intensidade.
— E o sex@ an@l? Já fez sexo an@l?
— Não... — Sussurrei.
— Já participou de um ménage à três?
Senti o sangue subir ao rosto.
— Não, nunca.
— E tem vontade de experimentar?
— Não, nunca pensei nisso — respondi rapidamente, quase em um tom defensivo.
E assim, o interrogatório continuou, com ela fazendo perguntas cada vez mais invasivas, enquanto seu corpo se contorcia na cadeira, e suas pernas se esfregavam com uma intensidade que deixava claro que aquela mulher à minha frente parecia estar em um estado de excitação gradativa.
Quando enfim aquele interrogatório chegou ao fim, ela desviou o olhar do computador e recostou-se na poltrona, fixando seus olhos em mim.
— Muito bem. Agradeço sua sinceridade, Eleonor. Como eu disse, precisamos nos assegurar de que estamos lidando com pessoas que compartilham de nossos valores. Espero que compreenda.
Concordei com a cabeça, ainda me sentindo envergonhada.
— Compreendo perfeitamente, Senhora Walton.
— Ótimo. Eleonor preciso lembrá-la que tudo que você ver ou ouvir dentro desta propriedade é de total sigilo, nem para seu marido poderá contar. Você assinará um contrato concordando com todos os termos. Quero lembrá-la, Eleonor, que o descumprimento deste contrato acarretará um processo que lhe custará 142,4 milhões de dólares, o dobro de 71,2 milhões de dólares, e você irá direto para a cadeia. Pode ter certeza de que vamos garantir que fique por um longo tempo lá.
Com essa ameaça, fiquei com medo. Não que fosse contar algo a alguém, mesmo porque não tenho amizades, só a minha cunhada e meu noivo.
— Senhora Walton, eu posso conversar com meu marido sobre o salário, as vantagens, como será minha folga e a necessidade de viajar com a senhora e seu marido algumas vezes?
— Sim, Eleonor, vá para casa, fale com seu marido, converse com ele, conte só o necessário, mas lembre-se: se até o meio-dia de amanhã você não me der a resposta, as coisas vão se complicar.
Falei na hora, até eufórica, com medo de perder aquela oportunidade.
— Não, senhora Walton, eu estarei aqui bem cedo, eu prometo. Será só uma conversa, assim posso explicar a Vinícius sobre tudo que a senhora me falou. Principalmente sobre a folga e as viagens com a senhora e seu marido, pois ficarei uma semana longe dele.
— Poderá ficar até mais de uma semana. Me garanta que amanhã estará aqui, já para trabalhar.
— Sim, senhora Walton, estarei aqui bem cedo!
— Ótimo. Assim que entrar amanhã nesta casa, assinará o contrato. Agora venha, quero lhe mostrar a casa.
Eu a acompanhei por toda a propriedade, e ela me explicou todo o trabalho, me apresentou a todos os empregados. Parecia tudo normal até então. No final, ela me deu uma sacola com o uniforme de governanta e se despediu de mim.
Voltei para casa muito empolgada.
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Atualizado até capítulo 24
Comments
Bela Black
Engraçado eles não contratam qualquer um e provavelmente a maioria da galera da limpeza que trabalha nessa mansão deve ser estrangeira. Tu sabe muito bem que ela também é estrangeira, não me venha com essa.
2025-05-02
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Bela Black
O que iludiria qualquer um é o salário. Se fosse eu talvez guardaria o dinheiro pra pagar o colar, só que a pessoa teria que trabalhar a vida toda pra pegar um valor desses de milhões.
2025-05-02
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Carolini Meneget
KKKKKKKKKKK Ainda da tempi de correr?
2025-04-28
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