Kêmal volta pra sua forma humana e com uma cara muito assustada interroga a menina.
Kêmal: Mais quem é você? Que merda!!!! Você é uma criança!!!
A menina olha para ele como se ele fosse um idiota, dizendo e perguntando coisas óbvias.
Kêmal: Não olha pra mim assim, o que você está fazendo aqui sozinha?
Eu acho que você não é de ninguém daqui da comunidade…Como chegou até aqui garota?
Responde!?
A menina olhava e apontava com um olhar muito bravo e apontando com as mãos, que Kêmal a colocasse no chão, ele não sabia como mais entendia perfeitamente a menina e fez a sua vontade.
Kêmal estava assustado ele nunca tinha estado tão próximo de uma criança, bem, na verdade era a primeira vez que alguém além de Abel e Simão ficavam tão perto dele, e o que mais o assustava era uma conexão que ele sentia com aquela criança. Depois de alguns instantes ele se acalma e entende que ela mora na floresta sozinha desde que sua mãe morreu, era ela por ela mesma, Kêmal fica um pouco chocado pois nunca havia conhecido um ladino tão jovem vivendo sozinho, já que para um ladino adulto sobreviver já era muito difícil.
Kêmal: Você tem nome?
A criança faz que sim com a cabeça.
Kêmal: E consegue me explicar como é seu nome?
A menina se abaixa no chão, e Kêmal a acompanha também se abaixando, e a menina escreve no chão e Kêmal não consegui entender nada, Kêmal vê logo que é uma língua diferente muito estranha mais que ele já havia visto antes, e não gostou do que viu.
Kêmal: Olha garota, não sei nada que está escrevendo aí, mais de uma coisa eu sei, não escreva assim pra ninguém pode ser perigoso, queria te dar um nome pra não ficar te chamando de garota ou troço.
A menina entendeu tudo que Kêmal havia simalizado pra ela e o sentido que ele quis colocar nas palavras enquanto se comunicava, então fez ela entender que ele poderia dar um novo nome a ela.
Kêmal: Porque eu entendo você? Isso é loucura!
A menina diz que está com fome e Kêmal acha melhor sair do meio da mata e levá-la a única pessoa em que ele confiava, Simão.
Kêmal chama na porta da tenda de Simão até que ele se levanta e ir até onde ele estava com a menina.
Simão: O que está acontecendo Kêmal estamos sobre ataque?( Fala bravo)
Kêmal: Estava indo até o rio por causa do calor e….olha o que me achou!?
Kêmal levanta a menina com uma das mãos até a altura dos olhos de Simão que se assusta com o relato que escuta de Kêmal, em seguida já dentro de sua tenda as coisas e as surpresas não melhoram.
Simão: Alguém mais a viu?
Kêmal: Acho que não, e a monstrinha morta de fome ali devorando a sua comida, foi quem me achou, quase que eu arranco a cabeça dela com o susto que ela me deu.
A menina olha para Kêmal e gesticulando e briga com ele e o chama de medroso.
Ele não fica atrás e repreende a malcriação da menina.
Kêmal: Não se deve assustar as pessoas principalmente a noite no meio da floresta, poderia ter matado você trocinho
Simão: Você ainda se lembra, você a compreende perfeitamente é incrível….rsrs
Kêmal: Do que está falando?
Simão: A morte trágica da sua mãe causou alguns bloqueios em você e eu achei que você havia esquecido a linguagem de sinais…
Kêmal: Que?
Simão: Rsrs sua mãe era surda, assim como a menina e se comunicava por sinais, depois que ela se foi você nunca mais usou nenhum de seus sinais, ou falou a respeito. Eu respeitei o seu silêncio achando que era um bloqueio causado pela dor que sofreu com a morte dela....mais não.... você se lembra rsrs
Kêmal olha para criança e se lembra dele mesmo e de quando era criança, assim como ela também era a sua mãe, e sua mãe o ensinava como dizer sem ter palavras, através da linguagem de sinais.
Kêmal: Eu me lembro, me lembro dela me ensinando os sinais e a ouvir o som do silêncio, lembro dela mostrando o mundo dela, eu não me lembrava…. porque ?....mais só que…. quando a menina começou a gesticular para mim eu simplesmente a compreendia é simples pra mim…
Simão: rsrs uma ligação forte surgiu entre você e ela rsrs e outra coisa não pode ficar chamando a criança de trocinho, ela tem um nome pergunte qual é!?
Kêmal: Já fiz isso, mais acho que não existe sinal para o nome dela, pois quando perguntei ela começou a escrever no chão com uma língua estranha, que eu acho que já vi em um desses seus livros antigos.
Simão: Interessante!!!
Qual?
E Você se lembra do que ela escreveu?
Kêmal: Acho que posso repetir me dá um lápis ou uma caneta
Simão: Sim…..aqui está, escreva aqui…..
Kêmal começa a escrever como a pequena menina tinha feito alguns momentos antes e Simão se assusta ao ver o que Kêmal escreveu.
Simão: Tem certeza, foi isso que ela escreveu para você?
Kêmal afirma com a cabeça e mostra o papel para a menina e pergunta se ele escreveu certo o que ela tinha escrito na terra momentos antes, a pequena afirma que sim com um belo sorriso no rosto.
Kêmal: Ela disse que sim você viu, e o que está escrito?
Simão: O nome dela é élfico, Êwua, você faz ideia de como isso é estranho e muito perigoso.
Kêmal: Ela pode ter ouvido esse nome em algum lugar e achado bonito..
Simão: Sim….poderia, se ela não tivesse escrito ele corretamente como ela escreveu em élfico gênio, não podemos chama-la pelo nome, temos que arrumar outro até sabermos quem ela é, temos aqui uns porquês de muitas coisas Kêmal…
Kêmal sente a preocupação exagerada em Simão e vai conversar com Êwua, e explica para ela tudo que envolvia o nome dela e como era perigoso se meter com os elfos, ainda mais sendo ladinos, era como colocar um diamante 💎 na lama para os porcos, não havia a menor possibilidade de um elfo se envolver com um ladino, elfos eram seres de alta nobreza que nem mesmo os lycans se metiam com eles, e ladinos não passavam sequer perto de um elfo. O único ser capaz de chegar perto de um elfo em segurança era outro elfo ou quem tivesse o respeito e a confiança deles o que era praticamente impossível de conquistar por isso existiam poucos seres que tinham essa chance.
Kêmal: Você quer continuar com a gente não quer?
A menina aponta para Kêmal e Simão ri alto, do embaraço do amigo.
Kêmal: Para ri! Obrigado!!
Olha vou chamar você de Lia, você gosta?( Ele pergunta timidamente, com medo da resposta)
Mais a menina abre um sorriso e gesticulando diz que achou muito lindo o nome, e Kêmal sorri e explica.
Kêmal: Era o nome da minha mãe, para mim é o nome mais lindo que existe, fico feliz que tenha gostado dele assim como meu gosto, e a partir de agora só nós aqui sabemos o seu nome élfico e você não vai mais escrever em élfico entendeu.
A menina afirma que sim e abraça Kêmal que fica sem graça com a demonstração de carinho da menina.
Simão: Eu acho que ela gosta de você rsrs só acho
Kêmal: Simão me ajuda aqui eu não tenho ideia de como cuidar de uma criança ainda mais uma menina, não posso ter essa responsabilidade estarei condenando ela a uma vida igual a minha ou ainda pior, quando alguém responsável realmente por ela achar que fui eu que a tirei dele ou dela Simão, eu não quero problemas com “eles” sabe quem? Os orelhudos!!
Simão: Não pode ou não quer?
Kêmal, as melhores coisas da vida nós vem e muitas das vezes achamos que não damos conta, essa criança escolheu você por alguma razão…. Você não tem nem curiosidade de saber o porquê dessa escolha?
Kêmal: Não!!! Mais não mesmo!! Eu sou um perigo para mim mesmo Simão!!! Imagina para uma criança que loucura…… ( nervoso e assustado)
A menina observa que Simão e Kêmal estão alterados e isso a deixa angustiada, Kêmal senti a tristeza da garota e tenta explicar a ela o motivo de tudo, a menina se mantém dura e fria com Kêmal mais acaba entendendo as razões de suas preocupações.
Ela diz a ele com seus sinais,” estou sozinha desde que minha mãe se foi, minha voz interior me disse para confiar em você porque você é igual a mim, e que eu defenderei você, e você fará o mesmo por mim, e minha voz interior não mente”
Kêmal olha intrigado para a menina que agora estava sendo chamada de Lia com muita surpresa, e sinalizando diz a ela.
Kêmal: Lia, que voz? Como assim?
A menina gesticula e responde.
“” Minha voz, acho que é meu lobo””
Quando Kêmal entendi o que Lia estava contando literalmente caiu da cadeira com tamanha surpresa.
Kêmal: Você tem um lobo, mais você não tem cheiro de lupina!!! Simão volta aqui agora!!!!
Lia ria do desespero de Kêmal.
Simão: Mais o que foi agora?
Kêmal: Lia disse que tem um lobo, mais ela não tem cheiro de lupina!
Simão: Hããã sim!? Bem, então, minha nossa a tempo não vejo uma mestiça, ainda mais como você.
Kêmal: Mestiça?
Simão: Sim, mestiços não cheiram como lobos comuns, ou melhor filhotes de lobos comuns, eles passam a exalar seu cheiro quando recebem seu lobo em definitivo, o cheiro deles só é reconhecido por um familiar, não entendi porque você sentiu o cheiro dela!
Kêmal: Tá me dizendo que ela pode ser uma mestiça de lobo com elfo?
Que maluquice é essa? Com cheiro de bala de hortelã e canela?
Simão: Kêmal, a vida ainda vai mostrar a você coisas que nunca poderia sequer imaginar. Agora é ainda mais importante que tudo sobre ela seja guardado em segredo.
Kêmal: Acho que ficamos tempo demais aqui, é melhor irmos embora.
Simão: Também acho, vamos assim que amanhecer.
E assim foi feito, não era surpresa para ninguém os anciões mudarem de ideia a respeito de alguma coisa, principalmente quando se tratava de ir e vir, e como aquela região estava assolada por disputas, todos acharam muito melhor irem para o sul, e seria uma longa viagem já que tomariam estradas secundárias.
A viagem seguiu bem durante um mês, um longo e até satisfatório mês, Lia fez amizade com todos, mais sempre voltava para perto de Kêmal, as fofoqueiras do bando juravam que Lia era filha bastarda de Kêmal, de alguma prostituta que ele havia pegado, ele não se dava mais ao trabalho de dizer que não era pai da menina, e que deu o nome da mãe a ela porque era o único nome de uma mulher decente que ele conhecia.
Já estavam na estrada a mais de um mês a essa altura, e estavam entrando em um território perigoso que pertencia a um Alfa muito sistemático e mandão e as más línguas falavam que ele estava ainda pior após o desaparecimento de sua única filha e a morte de sua Luna, o Alfa Alaster, de poucos amigos e muito rígido, mais um homem justo e correto com os seus, só era um homem solitário e muito triste pois a vida o havia machucado de uma forma muito bruta.
Abel: Pai, acho melhor irmos pelo rio, todos estão com sede e podemos usar os botes infláveis para passar com mais rapidez pelo território do Alfa Alaster, ele não é um Alfa que gostaria de ver.
Ghor: Também acho grande ancião!
Simão: De acordo….. vamos rápido e em silêncio.,..
Kêmal: Espera!!! Estamos sendo observados, vamos manter a calma e mostrar que só estamos de passagem, Igo como quem não quer nada deixa a bandeira dos Krus aparecer….
Igor: Infelizmente perdemos a bandeira, e ainda não pintamos outra….
Simão: Vamos seguir em direção ao rio, com calma e sem alvoroço…..
Eles seguem até o rio em uma marcha lenta e aparentemente tranquila, mas saber que eles estavam sendo vigiados causou a eles uma tensão.
Bruno: Alfa, o senhor quer atacar?
Rufos: Serão presas fáceis!!!
Taru: Não me importaria de matar alguns Ladinos só para aliviar o tédio rsrs
Todos: kkkkkkk
Alfa Alaster.
Alfa Alaster: Já chega, matar por diversão onde está a honra de vocês?
Vocês me enojam e me envergonham, se eles fossem de arruaça já estaríamos em batalha, aquele grande atrás carregando uma criança já me farejou a tempos, e mesmo assim eles mantiveram o ritmo e a calma, estão tentando demonstrar que não querem confronto, eles são pacíficos…. só estão de passagem…..
Taru: Nos perdoe Alfa…
Alfa Alaster: Já chega, fiquem de olho mais não ataquem.
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Atualizado até capítulo 37
Comments
Luluzinha
olha por esse ei não esperava ela fala com ele por sinais que interessante mas porque ela seguiu ele e foi justo atrás dele ????
2025-03-15
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Luluzinha
pera aí a lua e filha dele m nossa e como ela acabou nesse estado ???? e eu gostei de saber que ele e um alfa justo pelo menos
2025-03-15
4
Luluzinha
nossa eu pensei que poderia ser tudo mesmos surda que interessante to amando Cíntia lembrei de vc kkkkkk ontem fazendo as músicas em sinais prós surdos
2025-03-15
3