Capítulo 5: Conflitos e Conexões

No dia seguinte, Jiyeon, Woo Jin e Min Jae se reuniram na sala de estar da mansão, um espaço amplo e bem iluminado, com janelas que se abriam para o jardim. A atmosfera era tensa, mas havia uma expectativa no ar. Eles sabiam que precisavam abordar a herança e as regras impostas pelo pai deles.

“Então, o que exatamente vamos fazer?” Min Jae perguntou, quebrando o silêncio que pairava sobre eles. Ele parecia genuinamente interessado, mas havia uma aura de cautela em sua voz.

“Primeiro, precisamos entender quais são as regras que nosso pai deixou,” Jiyeon respondeu, organizando os papéis que o advogado havia entregue. “Se pudermos seguir essas diretrizes, talvez possamos facilitar o processo.”

Woo Jin revirou os olhos. “Como se isso fosse fácil. Ele deixou um monte de regras malucas para seguirmos. Como podemos até saber se podemos confiar um no outro?”

“É verdade,” Min Jae concordou. “Mas a única maneira de realmente saber é através da comunicação. Se todos nós estivermos na mesma página, talvez possamos fazer isso funcionar.”

“Comunicação? Isso é fácil de dizer,” Woo Jin disparou, cruzando os braços novamente. “Você só chegou aqui e já está pedindo para confiarmos em você. Como sabemos que você não está apenas aqui para se aproveitar da situação?”

Min Jae suspirou, entendendo a desconfiança de Woo Jin. “Olha, eu entendo que as coisas estão complicadas. Mas eu também estou lutando com isso. Não quero que isso se transforme em um conflito familiar. Sou o primo de vocês, e talvez possamos nos ajudar.”

Jiyeon, percebendo a tensão crescente, interveio novamente. “O que precisamos é de um plano. Vamos ler as regras e ver o que nosso pai esperava de nós. Se ele acreditava que poderíamos superar nossas diferenças, então devemos tentar.”

Ela começou a ler em voz alta as regras deixadas por seu pai, começando com os fundamentos da herança e as condições a serem seguidas. À medida que ela passava por cada item, o clima no ambiente mudava levemente, com todos prestando atenção nas expectativas que eram colocadas sobre eles.

“Regra número um: todos os herdeiros devem viver na mansão por um período de seis meses. Regra número dois: durante esse tempo, deverão completar uma série de desafios para fortalecer a união entre os irmãos. Regra número três: qualquer desentendimento deve ser resolvido de forma pacífica e respeitosa, ou haverá penalidades em relação à herança.”

Ao ouvir as regras, Woo Jin balançou a cabeça. “Desafios? Isso é um jogo? Estamos falando da nossa herança, não de um reality show.”

“Mas é isso que ele queria,” Min Jae afirmou, agora mais animado. “Ele queria que nós aprendêssemos a nos unir. Se conseguirmos passar por isso juntos, talvez possamos honrar o que ele deixou para nós.”

“Honrar? Ou apenas garantir o que é nosso?” Woo Jin replicou, sua desconfiança ainda presente.

“Ambas as coisas,” Min Jae respondeu, olhando fixamente nos olhos de Woo Jin. “Se não aprendermos a nos conectar, o que vamos fazer com a herança? Vai ser apenas dinheiro. Não vai significar nada se não tivermos uma família.”

A conversa começou a se transformar em um debate acalorado, com as vozes se elevando e a frustração permeando o ambiente. Jiyeon se sentiu perdida entre os dois primos, tentando encontrar uma solução que pudesse unificar a todos.

“Chega!” Jiyeon gritou, sua voz ecoando pela sala. “Se continuarmos assim, nunca vamos sair do lugar. Precisamos nos unir, mesmo que isso signifique ceder em algumas coisas. Vamos nos comprometer a trabalhar juntos.”

Ela respirou fundo, tentando controlar a situação. “Vamos estabelecer uma regra nossa. Podemos nos reunir toda semana para discutir como estão indo os desafios e o que podemos fazer para melhorar nossa convivência. Se não formos abertos e honestos uns com os outros, vamos nos afastar, e isso não é o que queremos.”

Min Jae e Woo Jin se entreolharam, ambos percebendo que a proposta de Jiyeon poderia ser a solução para a tensão entre eles. “Tudo bem,” Min Jae concordou. “Vamos tentar.”

“Eu também concordo,” Woo Jin disse, relutante, mas disposto a dar uma chance. “Mas, se você tentar jogar sujo, eu não vou hesitar em confrontá-lo.”

Min Jae assentiu, um sorriso leve aparecendo em seu rosto. “Aceito o desafio. E prometo que serei justo. Vamos fazer isso juntos.”

Com isso, uma nova aliança começou a se formar entre os três, embora as desconfianças ainda existissem. Eles sabiam que o caminho à frente seria desafiador, mas estavam prontos para enfrentar o que viesse, juntos, na busca pela herança de seu pai e pela construção de uma nova família.