Naquela noite, Júlia mal dormiu. A lembrança do olhar de Eduardo e de suas palavras pairava em sua mente como um eco insistente. Virava-se na cama, tentando encontrar uma posição confortável, mas o calor do quarto parecia refletir o turbilhão dentro dela.
Na manhã seguinte, decidiu evitar Eduardo a qualquer custo. Saiu mais cedo para comprar ingredientes frescos para o jantar e, ao retornar, percebeu que a casa estava vazia. Sentiu um alívio imediato, mas durou pouco. Enquanto colocava os alimentos na despensa, ouviu passos firmes se aproximando.
— Fugindo de mim de novo? — A voz grave de Eduardo ecoou pela cozinha.
Júlia respirou fundo antes de se virar.
— Só estava resolvendo algumas coisas — respondeu, tentando manter um tom casual.
Eduardo apoiou-se no balcão e a observou em silêncio por um momento.
— Júlia, eu não quero que se sinta desconfortável aqui — disse ele, sua voz mais suave agora. — Mas também não vou fingir que não sinto algo por você.
Ela engoliu em seco. Não queria ouvir aquilo. Não podia.
— Eduardo, eu…
— Eu sei que isso é complicado — interrompeu ele, aproximando-se. — Mas o que sinto por você não é algo que eu possa simplesmente ignorar.
Júlia fechou os olhos por um instante, sentindo o peso daquela confissão. O coração dela dizia uma coisa, mas a razão gritava outra.
— Precisamos manter a distância — disse ela, forçando-se a olhar para ele. — Por Cris e Emily. Eles jamais entenderiam.
Eduardo suspirou, passando a mão pelos cabelos.
— Você tem razão — murmurou. — Mas isso não muda o que sentimos.
Júlia abaixou a cabeça, tentando organizar seus pensamentos. O que deveria dizer? Como afastar aquele sentimento sem magoá-lo, sem magoar a si mesma? Mas antes que pudesse responder, o som da porta da frente ecoou pela casa.
— Pai? Júlia? — A voz de Emily preencheu o silêncio, seguida por passos rápidos pelo corredor.
Eduardo se afastou discretamente, e Júlia sentiu um alívio misturado ao arrependimento. Emily surgiu na porta da cozinha, animada como sempre.
— O que estão fazendo? — perguntou, sem perceber a tensão no ar.
— Conversando sobre o jantar — respondeu Eduardo rapidamente, pegando uma maçã da fruteira.
Emily sorriu, completamente alheia ao que acontecia.
— Ótimo! Estou morrendo de fome. Júlia, você poderia fazer aquele risoto maravilhoso hoje?
Júlia forçou um sorriso e assentiu. Emily foi para a sala, e Eduardo lançou um último olhar para Júlia antes de sair da cozinha. Um olhar cheio de promessas não ditas.
Sozinha, Júlia encostou-se ao balcão e respirou fundo. Sabia que aquele sentimento não desapareceria tão facilmente. E, pior, sabia que Eduardo não desistiria dela
Olá queridos e queridas leitores estou escrevendo essa história com muito amor e carinho e espero que vocês gostem
peço que por gentileza que quem poder curtir, comentar, dar presente e compartilhar serie muito grato e isso estará me incentivando a escrever mais e mais histórias, sei que essa história esta um pouco diferente do que estou acostumada a escrever mais espero de todo coração que vocês gostem
se não fosse você eu não estaria aqui muito obrigada um beijo para cada um de vocês
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Atualizado até capítulo 23
Comments
LMCF
Será dificil resistir...
2025-02-15
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