O sol nasceu radiante no dia seguinte ao "Dia da Luz", e a aldeia ainda vibrava com a energia contagiante que o evento havia proporcionado. Isadora e Lara acordaram cedo, cheias de planos e ideias para continuar a transformação que haviam iniciado.
- Precisamos pensar em como manter essa chama acesa - sugeriu Isadora, enquanto se espreguiçava. - O que você acha de criarmos um grupo de apoio? Um espaço onde todos possam compartilhar suas histórias e desafios?
Lara adorou a ideia. - Isso seria incrível! Poderíamos nos encontrar semanalmente, criar um ambiente seguro onde as pessoas se sintam à vontade para expressar seus sentimentos. Além disso, poderíamos convidar alguém da aldeia para compartilhar suas habilidades ou conhecimentos em cada encontro.
As duas amigas começaram a rascunhar um plano. Elas queriam que o grupo fosse inclusivo e acolhedor, garantindo que todos se sentissem parte de algo maior. Assim, decidiram fazer uma reunião aberta para apresentar a ideia à comunidade.
Naquela tarde, elas se dirigiram à praça novamente, onde ainda havia resquícios dos preparativos do dia anterior. Isadora subiu na mesma plataforma improvisada e começou a falar.
- Olá, amigos! Hoje queremos agradecer a todos vocês pelo sucesso do nosso primeiro "Dia da Luz". Foi um dia maravilhoso e sentimos que a conexão entre nós se fortaleceu. Mas queremos ir além!
A multidão prestou atenção, curiosa sobre o que viria a seguir.
- Estamos propondo a criação de um grupo de apoio comunitário - continuou Isadora. - Um espaço onde todos possam compartilhar suas histórias, desafios e conhecimentos. Um lugar para crescermos juntos!
Lara se juntou a ela no palco, animada. - Acreditamos que cada um de nós tem algo valioso para oferecer. Se pudermos nos apoiar mutuamente, seremos mais fortes!
As reações foram imediatas. Algumas pessoas trocaram olhares entusiasmados, enquanto outras pareciam pensativas. Um jovem levantou a mão e perguntou:
- E como funcionaria isso?
Isadora sorriu, feliz pela pergunta. - Podemos nos reunir uma vez por semana em um espaço comunitário. Cada encontro terá um tema específico ou uma atividade que nos ajude a nos conectar melhor.
Uma mulher mais velha na multidão acrescentou: - Eu adoraria compartilhar histórias antigas da nossa aldeia! Acredito que isso ajudaria todos nós a lembrar de nossas raízes.
A proposta começou a ganhar força, com várias pessoas oferecendo ideias sobre como contribuir. Juntos, eles decidiram que o primeiro encontro seria dedicado à partilha de histórias pessoais — uma forma de abrirem seus corações e fortalecerem os laços.
Nos dias seguintes, Isadora e Lara trabalharam incansavelmente para organizar tudo. Elas criaram cartazes coloridos anunciando o primeiro encontro do grupo de apoio e espalharam pela aldeia. A expectativa crescia entre os moradores.
Finalmente, chegou o dia do encontro inaugural. A sala estava cheia de rostos conhecidos e novos — pessoas unidas pela vontade de se conectar e crescer juntas. As meninas ficaram nervosas, mas também animadas ao ver tanta participação.
Isadora começou o encontro agradecendo novamente a presença de todos e explicando o formato da reunião:
- Hoje será um momento especial! Vamos compartilhar histórias que nos moldaram e nos trouxeram até aqui. Lembrem-se: este é um espaço seguro; cada voz é importante!
Um por um, os moradores começaram a se levantar e compartilhar suas experiências — algumas alegres, outras desafiadoras. Os relatos fluíam como um rio caudaloso, trazendo risos e lágrimas à medida que cada história tocava os corações dos ouvintes.
Lara observava com admiração enquanto as pessoas se abriam umas com as outras; era como se uma nova luz estivesse surgindo em cada canto da sala. O sentimento de pertencimento crescia, fortalecendo os laços entre eles.
Quando chegou a vez de uma jovem chamada Ana falar, ela hesitou inicialmente, mas logo encontrou coragem nas palavras dos outros:
- Eu costumava me sentir invisível na aldeia... mas hoje percebo que não estou sozinha! Aprendi tanto com vocês neste tempo juntos!
As palavras dela ressoaram profundamente no grupo; muitos assentiram em concordância.
O encontro foi além das expectativas; tornou-se uma celebração da vulnerabilidade humana e da força coletiva da comunidade. Ao final da noite, Isadora olhou para Lara com os olhos brilhando.
- Isso foi incrível! Mal posso esperar para ver onde essa jornada nos levará!
- E pensar que tudo começou nas Cavernas do Silêncio - respondeu Lara com um sorriso largo.
Enquanto os moradores começavam a se despedir, Isadora sentiu uma onda de gratidão por tudo o que haviam conquistado juntos até aquele momento. Elas estavam apenas no começo de uma jornada transformadora — uma jornada repleta de luzes individuais unidas em uma constelação vibrante de esperança e amor compartilhado.
E assim, sob o céu estrelado mais uma vez, as meninas sabiam que cada passo dado em direção à união era também um passo rumo ao futuro iluminado que desejavam construir juntas.
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Atualizado até capítulo 21
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