Capítulo 1: O Sussurro do Destino

A brisa suave da noite acariciava o rosto de Isadora enquanto ela caminhava pelas ruas de Eldoria, uma cidade pequena cercada por montanhas misteriosas. Desde que se mudou para lá, algo a atraía para o antigo cemitério no topo da colina. Uma noite, impulsionada pela curiosidade, ela decidiu explorar o local.

-Isadora, você está maluca?- disse sua amiga Lara, segurando o braço dela. -Aquilo é só um cemitério!.

-Talvez, mas eu sinto que há algo mais lá. Algo que me chama.- Isadora respondeu, sua voz cheia de determinação.

Ao chegar ao cemitério, Isadora ficou fascinada com o brilho da lua refletindo nas lápides antigas. Ela se aproximou de uma em especial, marcada com um nome que parecia familiar: “Leonardo de Alencar”. Ao tocar a lápide, um frio percorreu seu corpo. O arrepio a fez hesitar, mas a curiosidade era mais forte. Isadora fechou os olhos por um momento, tentando sintonizar-se com a energia que emanava daquele lugar. O ambiente ao seu redor parecia silenciar, como se o próprio tempo tivesse parado.

De repente, um sussurro suave flutuou no ar, quase inaudível, mas suficientemente claro para que Isadora pudesse entender. "Isadora..." O nome escapou como uma brisa leve, envolvendo-a em um mistério que a fez abrir os olhos rapidamente.

- Você ouviu isso? - perguntou Lara, olhando ao redor com um misto de medo e fascinação.

- Sim... eu ouvi! - Isadora respondeu, seu coração acelerando. - É como se alguém estivesse me chamando.

A atmosfera ao redor delas começou a mudar. As sombras das árvores dançavam sob a luz da lua, criando formas que pareciam ganhar vida. Isadora não conseguia desviar o olhar da lápide de Leonardo de Alencar. Algo dentro dela dizia que havia uma conexão entre eles.

- Vamos embora! - insistiu Lara, puxando o braço de Isadora com força. Mas ela estava paralisada pela curiosidade e pela sensação de que algo importante estava prestes a acontecer.

Com um movimento hesitante, Isadora se inclinou mais perto da lápide e sussurrou: - Quem é você?

Nesse instante, uma brisa gelada passou por elas, e as folhas das árvores começaram a sussurrar em resposta. "Eu sou... o que você procura", ecoou a voz novamente, agora mais clara e poderosa.

Isadora sentiu uma onda de determinação invadir seu ser. Ela sabia que precisava descobrir mais sobre aquele homem e por que seu nome parecia tão familiar.

- Lara, eu preciso ficar aqui! - declarou Isadora, firme em sua decisão.

A amiga olhou para ela com preocupação, mas não havia como convencê-la a sair agora. O chamado era forte demais. Assim, Lara decidiu permanecer ao lado dela, mesmo relutante.

- Se você ficar aqui, eu fico também. Mas vamos nos apressar! Não gosto desse lugar à noite.

As duas se sentaram em frente à lápide e começaram a conversar sobre o que sabiam sobre Leonardo de Alencar. Com cada palavra trocada, Isadora sentia crescer uma conexão inexplicável com ele. Então, algo brilhante chamou sua atenção: um pequeno medalhão caído entre as raízes de uma árvore próxima.

Isadora se levantou rapidamente e foi até lá. Ao pegar o medalhão nas mãos, ela percebeu que tinha um símbolo gravado: uma estrela envolta em sombras.

- O que é isso? - Lara perguntou curiosa, enquanto Isadora examinava o objeto minuciosamente.

- Não sei... mas sinto que é importante - respondeu Isadora com uma expressão intensa no rosto.

Enquanto elas olhavam para o medalhão sob a luz da lua, as sombras ao redor começaram a se agitar novamente, como se estivessem respondendo à presença do objeto. Um sentimento de expectativa pairava no ar enquanto Isadora segurava o medalhão firmemente, sem saber que aquele seria apenas o começo de uma jornada cheia de mistérios entre sombras e estrelas.

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