Naquela noite mágica, a ″casa rosa″ brilhava sob o suave cintilar de luzes que dançavam como estrelas no céu. O ambiente pulsava com risadas e melodias envolventes, e Camila se sentia abraçada por uma energia contagiante. Enquanto suas filhas se divertiam, decidiu se afastar um pouco e explorar o jardim, onde a brisa suave da noite a convidava a relaxar e a respirar a beleza ao seu redor.
Ao se aproximar da piscina, a visão da lua cheia refletida nas águas serenas a fez parar em contemplação. A beleza do momento a inspirava profundamente, e, com um gesto quase instintivo, ela puxou um caderno da bolsa. Começou a transcrever, em frases e poemas que brotavam de sua mente, sua paixão pela escrita ressoando em cada palavra cuidadosamente escolhida.
Foi então que, ao fundo, um jovem se aproximou. Gabriel Martins, um rapaz encantador de apenas 21 anos, que nutria uma paixão pela fotografia, mesmo que ainda não fosse um fotógrafo profissional. Ele trabalhava como assistente em eventos organizados por Paulo, sempre em busca de aprender mais sobre a arte de capturar a beleza do mundo que o cercava, especialmente a natureza exuberante da pequena cidade de Guapimirim.
— Oi, eu sou Gabriel — disse ele, com um sorriso tímido que iluminava seu rosto. — Você está gostando da festa?
— Muito, obrigada! Me chamo Camila. É um prazer conhecê-lo! — respondeu ela, intrigada pela presença dele.
Seu nome eu já sabia. Quem não sabe por aqui? — retrucou Gabriel, com um sorriso maroto.
Sério? Não sabia que era famosa por aqui. Espero que tenham te contado o quão terrível eu sou — brincou Camila, numa leve ironia.
— Terrível eu não sei, mas, pelo menos para mim, todos falam bem de você e a acham realmente bonita — afirmou Gabriel, com sinceridade e um toque de timidez.
— Já te contaram que sou avó de uma linda menina? — perguntou Camila, com um sorriso cúmplice.
Isso é irrelevante para mim. O que vejo é uma linda mulher — respondeu Gabriel, com um olhar que expressava sua honestidade.
Camila sentiu um calor subir pelas suas bochechas, um pouco constrangida, mas também lisonjeada e sorriu, sentindo o coração acelerar. A conversa fluía naturalmente, como se eles compartilhassem uma amizade profunda e antiga.
— Sabe, eu sempre amei ler e escrever poemas, mas agora estou decidida a escrever e publicar meu primeiro livro. Ainda não sei se será um romance ou um documentário. A literatura é minha paixão número um, e eu sempre sonhei em escrever um livro. Pois, elesfia é uma paixão que cultivo nas horas vagas — ela contou, olhando para ele com entusiasmo. — Capturar momentos é algo mágico, não acha?
— Com certeza! Eu também tenho esse amor pela fotografia. É como se cada imagem contasse uma história, e você pode eternizar aquelas emoções — disse Gabriel, animado. — Tem algum lugar que você sonha em fotografar?
— Sempre quis explorar as paisagens do Egito e alguns lugares da Ásia. A cultura, as cores, a arquitetura... tudo parece tão fascinante! — Camila respondeu, sonhando acordada. — E você? Algum destino que gostaria de visitar?
— Ah, eu adoraria conhecer a Islândia. As paisagens naturais lá são de tirar o fôlego, e a luz do sol da meia-noite deve ser incrível para fotografar — Gabriel disse, seu olhar distante. — Mas, por enquanto, estou aqui, aproveitando essa noite.
Camila riu, sentindo-se cada vez mais à vontade.
— Então, vamos fazer um pacto. Se um dia formos a esses lugares, podemos trocar fotos e experiências! — sugeriu ela, brincando.
— Combinado! — Gabriel respondeu, sorrindo. — E quem sabe, a gente não faz uma viagem juntos?
O coração de Camila disparou com a sugestão, mas ela tentou disfarçar.
— É, bem… isso seria interessante! — respondeu, um pouco mais séria. — Mas, por enquanto, vamos apenas nos divertir aqui mesmo. Aqui tem lugares lindos para fotografar. As matas, a serra, as cachoeiras. Isso é lindo demais!
— Com certeza. E para isso, precisamos de mais vinho! Que tal? — ele perguntou, levantando a taça.
— Sim! Vou pedir para você trazer mais, por favor. A noite está esfriando e eu adoraria tomar mais um vinho, enquanto conversamos — Camila respondeu, com um sorriso travesso.
Gabriel levantou-se, e mesmo sabendo que ele mesmo não bebia bebidas alcoólicas, foi até a cozinha e trouxe uma garrafa de vinho e uma taça para Camila, enquanto ele pegou uma Coca-Cola.
— Aqui está! — disse ele, entregando a taça a ela. — Espero que goste desse. E não se preocupe comigo, vou ficar na Coca mesmo.
— Obrigada, Gabriel! Você é tão atencioso — Camila disse, sorrindo ao ver a garrafa. — Às vezes, um bom vinho é tudo que precisamos para aquecer a conversa.
Quando ele voltou e se sentou ao lado dela, a atmosfera ao redor parecia desaparecer. Eles se concentraram apenas um no outro.
— Sabe, a música aqui não faz muito sentido para mim — Camila disse, olhando ao redor da festa. — Mas com você aqui, a música é o que menos importa. A nossa conversa é melhor que a música que está tocando.
— Concordo plenamente — Gabriel respondeu, olhando nos olhos dela.
As horas passaram, e eles continuaram conversando animadamente, compartilhando sonhos, risadas e histórias, ignorando o restante das pessoas que estavam na festa. A conexão entre eles crescia a cada instante, como se a noite fosse feita só para eles.
A conversa fluiu naturalmente, como se eles compartilhassem uma amizade profunda e antiga. Ambos estavam cientes de que havia uma química especial entre eles, um laço que transcendia o momento e prometia algo mais.
Passaram horas conversando, ignorando o restante das pessoas que estavam na festa. A música que tocava não fazia muito sentido para ela, pois era um género musical longe dos seus gostos, mas com a presença de Gabriel, a música era o que menos importava, pois, eles faziam das suas conversas a mais bela e doce melodia.
Ao observar as horas, Camila percebeu que já adentrava a madrugada, todos já tinham ido embora, menos eles. Gabriel ficaria na casa rosa, por isso não se importava com as horas, mas ela nem percebeu que as suas filhas e as meninas já tinham ido para casa.
Foi então que ao se despedir olhou em seus olhos e o beijou. Ele, mesmo tímido e talvez surpreso com a atitude ousada dela, correspondeu ao beijo e no mesmo instante eles se apaixonaram.
Era hora de ir para a casa, dormir e sonhar com o seu mais novo e doce amor.
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Atualizado até capítulo 58
Comments
Syl Gonsalves
sonho que a escrita pague minhas contas, mas seja na literatura ou no meio acadêmico, acredito que vai ficar só no sonho mesmo.
2025-02-24
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Syl Gonsalves
e lá vem um romance kkk
2025-02-24
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Vicki Hungria
Ai aí, não, vou me iludir com esse papinho😑... Alguns minutos depois... Me iludir🤣😏🤭
2025-02-26
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