capítulo 2

Ouço meu telefone tocar, eu pego e o atendo, ouço o som urgente da voz do meu tio. "Everlly, preciso que você venha aqui agora", disse ele, sem dar detalhes. "O que houve?", perguntei, sentindo uma ponta de preocupação. "Não posso falar pelo telefone. Você precisa vir aqui e ver por si mesma", respondeu meu tio.

Eu hesitei por um momento, mas então concordei em ir. Cheguei ao local e havia vários seguranças. Meu tio interviu e eles me deixaram passar. Eu abri a porta e entrei na sala, acompanhada de Luther e Baruc. Foi então que eu vi meu pai, com uma arma apontada para Melissa. "Baixe a arma!", ordenei, com uma voz firme. Meu pai ficou confuso, olhando para mim com uma expressão de desentendimento. "O que... o que está acontecendo aqui?", perguntou ele, ainda com a arma apontada para Melissa. "Eu pensei que você era a minha filha", disse ele, olhando para Melissa com uma expressão de confusão. "Mas... mas não é possível. Você não pode ser a minha filha. Eu não entendo", disse ele, olhando para mim e Melissa com uma expressão de confusão.

Melissa é uma jovem de pele clara e cabelos loiros, que caíam em ondas suaves sobre seus ombros. Seus olhos eram azuis, brilhantes e expressivos, e seu rosto era ovalado, com uma estrutura fina e delicada. Ela era baixa e magra, com um corpo esguio e elegante. Ao olhar para ela, eu não pude deixar de notar a semelhança entre nós duas. Ela era como eu era quando fui embora, há tantos anos atrás. A mesma pele clara, os mesmos cabelos loiros, os mesmos olhos azuis. Era como se estivesse olhando para uma versão mais jovem de mim mesma. "Baixe a arma!", ordenei novamente. Meu pai olhou para mim, surpreso com o meu tom, e ele baixou a arma, ainda olhando para mim com uma expressão de confusão, sem saber quem era a verdadeira filha dele "O que está acontecendo aqui?", perguntou um homem idoso, que se aproximou de nós com passos lentos e cuidadosos. Ele era um homem de idade avançada, com cabelos brancos e olhos cansados, mas ainda brilhantes. Seu rosto era marcado por rugas profundas, mas sua expressão era de integridade e sabedoria. Ele vestia um terno preto impecável, que parecia ter sido feito sob medida para ele.

"Afinal, qual das duas é a sua filha?", perguntou ele, olhando para mim e Melissa com uma expressão de curiosidade . Sua voz era fraca, mas ainda autoritária.

"Eu me chamo Everlly Blackwood", disse eu, com uma voz firme e confiante. O nome simplesmente saiu da minha boca, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Everlly Blackwood. Era o meu nome, e eu o pronunciei sem hesitar. "Eu sou a filha de Leonardo Blackwood", disse eu, com uma voz firme. "Everlly...", disse minha mãe, se aproximando de mim com um sorriso triste nos lábios. Ela estendeu a mão, tentando encontrar a minha, mas eu recuei instintivamente, não querendo que ela me tocasse.

Meu coração estava fechado, protegido por uma parede de dor e ressentimento. Eu não estava pronta para perdoar, e nem sei se algum dia eu estaria. "Filha, sou eu, a sua mãe", disse ela, com uma voz trêmula e cheia de emoção. "Sei que passou muito tempo, mas ainda sou eu. A mesma mulher que te deu à luz, que te amou e te cuidou. Não importa o que aconteceu, não importa o tempo que passou. Eu ainda sou tua mãe, e eu te amo."Ela disse isso com os olhos cheios de lágrimas, sua voz tremendo de emoção. Ela tentou passar a mão no meu rosto, com um gesto de carinho, mas eu segurei sua mão no ar, impedindo que ela me tocasse.

Meu olhar encontrou o dela, e por um momento, nós apenas nos encaramos, o silêncio entre nós pesado de emoção e tensão. Eu podia ver a dor e a saudade em seus olhos, mas também podia sentir a minha própria dor e ressentimento, como uma parede entre nós.

A tensão entre nós era palpável, e eu podia sentir o peso da história que não havia sido contada, das palavras que não haviam sido ditas. Minha mãe parecia querer dizer algo mais, mas as palavras ficavam presas em sua garganta. Eu soltei sua mão e dei um passo para trás, criando uma distância entre nós. "O que vocês querem?", perguntei, minha voz firme, mas com uma ponta de hesitação. "porque me querem aqui?

Eu cruzei os braços sobre o peito, sentindo uma onda de ceticismo. "vão me explicar agora?", perguntei, minha voz um pouco mais alta. "Vai me dizer por que me querem aqui, depois de tanto tempo?"

Minha mãe levantou os olhos, e eu pude ver a dor e o arrependimento neles. "Eu sei que não posso desfazer o que foi feito", disse ela, "mas eu quero que você saiba que eu nunca parei de te amar. Eu nunca parei de pensar em você."

Eu senti um nó na garganta, e por um momento, não consegui falar. A raiva e a dor que eu havia guardado por tanto tempo estavam começando a borbulhar para a superfície.

Minha mãe pareceu recuar, como se tivesse levado um golpe. Ela olhou para mim com olhos tristes e feridos, mas eu não me importei.

"Por quê?", repeti, minha voz firme e dura. "Por que me fizeram vir até aqui? O que vocês querem de mim?"

Meu pai limpou a garganta e começou a falar, sua voz grave e autoritária, enquanto permanecia ao meu lado, sua presença opressiva. "Everlly, você vai se casar com o Sr. Ziram."

Eu senti um arrepio na espinha ao ouvir as palavras dele. Não era uma pergunta, não era uma sugestão. Era uma ordem.

"O que?", perguntei, tentando manter a voz firme, mas sentindo um tremor de medo.

Meu pai colocou uma mão pesada sobre meu ombro, seu toque frio e possessivo. "Você vai se casar com o Sr. Ziram, Everlly", disse ele, sua voz baixa e ameaçadora. "Você vai fazer o que é melhor para esta família, e você vai fazer isso sem questionar."

Eu ri, uma risada seca e sarcástica. "Ah, claro, porque casar com um homem que eu nem conheço é exatamente o que eu sempre quis. E, claro, porque eu sou uma boneca que pode ser controlada e manipulada para fazer o que vocês querem."

Meu pai apertou meu ombro, seu toque doloroso. "Everlly, não seja insolente", disse ele, sua voz fria e ameaçadora.

Eu olhei para ele, meus olhos desafiadores. E, com um movimento rápido e firme, eu tirei a mão dele do meu ombro, como se estivesse arrancando uma corrente que me prendia. Meu pai recuou, surpreso, e eu aproveitei o momento para falar.

" E eu não vou me casar com um homem apenas para satisfazer os seus interesses.

Eu fiz uma pausa, olhando para meu pai com curiosidade. "Mas eu tenho uma pergunta: por que vocês tão desesperados para que eu me case com esse homem Ziram?

Meu pai hesitou por um momento, e eu pude ver uma sombra de dúvida em seus olhos. "Isso não é da sua conta", disse ele, finalmente. "Você apenas precisa fazer o que é melhor para esta família."

Eu sorri, um sorriso irônica. "Ah, claro. Porque sempre foi assim, não é? Vocês decidem o que é melhor para mim, e eu apenas tenho que seguir em frente, sem questionar."

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