...Lua...
Saio dali determinada e vou falar com meu pai sobre tudo isso. Assim que chego, abro a porta com força e o encaro com raiva.
Drácula: Lua, eu sei que você não gosta de pessoas famosas e ricas, mas...
Lua: Mas nada! Você sabe que eu odeio esse tipo de gente, e agora quer que eu cuide dela como se fosse minha companheira? Isso só pode ser uma piada!
Drácula: Lua, eu entendo que você não gosta dela, mas acredite, ela não é como as outras pessoas famosas.
Lua: Como se isso fizesse diferença! Todas as pessoas famosas se acham superiores ao resto do mundo e acreditam que são mais bonitas que todos.
Drácula: Lua, você também é bonita, mas não é assim...
Lua: Como assim "não é assim"? O que você quer dizer com isso?
Como eu sou
Drácula suspira, tentando manter a paciência.
Drácula: Olha, Lua, eu só quero que você cuide dela. Não estou pedindo para você gostar dela, apenas que a proteja. Tudo bem?
Eu o encaro com raiva, mas no final, não tenho escolha. Ele não é apenas meu pai, é também meu chefe.
Lua: Ok... Mas não vou ser a guarda-costas dela!
Drácula: Está bem. Mas tem mais uma coisa... Amanhã você vai para a escola com ela.
Lua: O QUÊ?! Com ela? Com todo mundo olhando? Isso já é demais!
Drácula: Você não tem escolha. Agora vá.
Lua: Mas...
Drácula: Nada de "mas"! Vá logo!
Saio dali com raiva, pensando no absurdo disso tudo. Por que ela simplesmente não pode se defender sozinha? Deve ter as mãozinhas delicadas... Digo para mim mesma com sarcasmo.
???: Olha só para você, Lua, como cresceu...
Viro-me para ver quem era e, para minha surpresa, era meu tio Rodrigo.
Lua: O que você está fazendo aqui? Espera... Foi você que trouxe ela?
Rodrigo: Sim. E pelo visto, você não gostou nada disso.
Lua: Ah, tinha que ser você! Mas por que ela?
Rodrigo: Você sabe o porquê.
Rodrigo: A rainha vai adorar saber que ela está no nosso mundo... Além do mais, ela tem uma aura que não dá para ver com olhos de um vampiro normal.
Lua: Verdade, já percebi isso.
Lua: Bom, espero que ela não me dê trabalho...
Rodrigo: Não se preocupe, eu a treinei com tudo que sei. Ha ha ha!
Lua: Quer parar de rir?! Isso não tem graça!
Rodrigo: Ah, Lua... Você deve saber que ela é minha discípula. Então nada de piadas sobre ela, entendido?
Lua: Ok...
Rodrigo: Bem, tenho que ir. Preciso falar com a rainha sobre alguns assuntos sigilosos. Até mais, Lua.
Lua: Até.
Ótimo... Agora virei babá.
A noite chega rapidamente. Já estou deitada, mexendo no celular, quando vejo notícias de vários ataques de maldições perto daqui. Mas não posso sair à noite...
Tento dormir, até que tenho um sonho estranho. Nele, vejo Luara segurando a espada Rudeus... a espada da morte.
Acordo assustada. Preciso me arrumar para a escola e pegar Luara. Tomo um banho para tentar esquecer o pesadelo. Enquanto me visto, reflito sobre o sonho. Aquela espada pertencia à minha mentora. Dizem que só pode ser empunhada por alguém de sangue puro. Se uma pessoa sem esse sangue a tocar, morrerá na hora. Mas... era só uma lenda, certo?
Não é hora para pensar nisso. Saio para buscar Luara, que já está do lado de fora do meu quarto.
Lua: Que susto!
Luara: Desculpa. Eu ia bater na porta agora mesmo.
Lua: Como você sabia onde era meu quarto?
Luara: Seu pai me disse para vir te chamar para irmos à escola.
Maravilha... Mais essa agora.
Lua: Ok, então vamos.
Entramos no carro e seguimos para a escola. O lugar estava um caos, parecia um mercado lotado. Havia câmeras, repórteres e um monte de gente entrevistando os alunos. Eu já esperava por isso. Afinal, eu tinha no meu carro a pessoa mais famosa do universo inteiro.
Lua: Olha, você não vai ter mais paz, viu?
Luara: Até aqui eu não sou normal...
Lua: O quê? - resmungo para mim mesma.
Luara: Eu vim aqui para ser normal... Mas pelo visto, não vou conseguir.
Agora ela está entendendo a realidade.
Saímos do carro e, como esperado, fomos cercadas por câmeras e microfones. Luzes piscavam por toda parte, mas eu já estava acostumada. Sou a filha de Drácula, afinal.
Nos livramos dos repórteres e fomos para um lugar mais tranquilo. De repente, Luara segura minha mão e me puxa, mas para no meio do caminho.
Lua: Por que você parou? Vamos logo!
Luara: Acho que vi alguém...
Olho ao redor, mas não vejo ninguém.
Lua: Não tem ninguém aqui. Vamos logo para a aula.
Entramos na sala e, para minha total surpresa (ou seria azar?), Luara estava na minha turma.
Ótimo... Lá vamos nós de novo.
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Atualizado até capítulo 100
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