Os primeiros raios do amanhecer filtravam-se pelas árvores, mas a floresta parecia mais silenciosa do que o normal. Haru, com sua postura sempre alerta, liderava o grupo enquanto segurava firme o medalhão do Eclipse.
Kael, o estrategista do grupo, andava logo atrás, murmurando:
— Isso não faz sentido. Se as Runas das Sombras estão aqui, por que o céu continua tão claro?
Aiko, uma jovem cheia de energia e dona de um talento para desvendar enigmas, deu de ombros:
— Talvez as sombras ainda não tenham encontrado seu hospedeiro. Elas precisam de alguém vulnerável, certo?
Sra. Yumi, uma mulher sábia que cuidava de todos como uma mãe, suspirou:
— Não subestimem as Sombras. Elas se alimentam não só da fraqueza, mas também do orgulho.
Ren e Taru, irmãos gêmeos com personalidades opostas, caminhavam lado a lado. Ren, sempre impulsivo, resmungava por estar fora da ação, enquanto Taru, mais calmo, observava os arredores com atenção.
Mira, a mais jovem do grupo, carregava um pergaminho antigo em suas mãos. Sua expressão era de preocupação.
— Eu decifrei parte do texto, mas ele menciona um “Guardião Perdido”. Quem será?
Antes que alguém pudesse responder, um barulho cortou o silêncio da floresta. Um grupo de criaturas das sombras surgiu entre as árvores, seus olhos brilhando com uma luz avermelhada.
— Fiquem atrás de mim! — gritou Haru, desembainhando sua espada que brilhava com a luz do Eclipse.
Kael se posicionou ao lado dele, preparando seus feitiços de proteção, enquanto Aiko começou a desenhar runas no chão, criando barreiras para proteger o grupo.
Sra. Yumi pegou seu cajado e murmurou palavras antigas, canalizando energia curativa ao redor deles. Ren e Taru, em perfeita sincronia, atacaram as criaturas com suas armas gêmeas, enquanto Mira tentava entender as inscrições do pergaminho.
— Esperem! — gritou ela de repente. — O Guardião Perdido... somos nós!
O grupo parou por um momento, confuso. Mas não havia tempo para explicações. As criaturas atacavam com ferocidade, e eles precisavam lutar para sobreviver.
Enquanto a batalha se intensificava, Haru percebeu que o medalhão do Eclipse começava a brilhar mais intensamente. Algo estava se aproximando, algo maior do que as criaturas.
— Isso é só o começo — murmurou ele, encarando a floresta.
O terceiro capítulo termina com o grupo em meio à batalha, cientes de que os segredos do Eclipse são mais profundos do que imaginavam.
O brilho do medalhão no pescoço de Haru tornou-se quase ofuscante, lançando raios dourados pela floresta. As criaturas das sombras hesitaram por um momento, como se aquele brilho as machucasse, mas logo avançaram novamente com um rugido ensurdecedor.
Kael gritou:
— Aiko, precisamos de mais barreiras! Eles estão ultrapassando a primeira linha!
Aiko, com as mãos trêmulas, continuava desenhando runas no chão, mas o esforço parecia drená-la.
— Não sei se consigo segurar todos!
Sra. Yumi, percebendo a dificuldade da jovem, colocou a mão em seu ombro e sussurrou:
— Você é mais forte do que pensa. Confie em sua energia.
Com isso, um brilho suave emanou da mão de Yumi, energizando Aiko, que conseguiu criar uma barreira ainda mais forte.
Enquanto isso, Ren e Taru lutavam juntos, suas armas gêmeas — uma espada e um arco — cortando e perfurando as criaturas com precisão letal. Ren estava visivelmente frustrado:
— Essas coisas não acabam nunca! Taru, algum plano brilhante?
— Sobreviver é meu plano — respondeu Taru, lançando uma flecha encantada que explodiu ao atingir um grupo de criaturas.
Mira, ao fundo, estava ajoelhada com o pergaminho aberto no chão. Os olhos da garota estavam fixos nas linhas de texto que pareciam brilhar conforme ela lia. Suas palavras eram hesitantes, mas cheias de determinação:
— “O Guardião Perdido... surge quando as Sombras tocam o coração...”
Haru, ouvindo isso, olhou para ela enquanto lutava contra uma das criaturas maiores.
— Mira, o que isso significa?
— Eu... ainda não sei. Mas algo está prestes a despertar!
De repente, o chão tremeu. Uma sombra gigantesca surgiu entre as árvores, fazendo o grupo parar por um momento. A criatura era diferente das outras — seus olhos brilhavam com uma luz roxa intensa, e sua forma era quase humana, mas envolta em escuridão pura.
— Isso é... o Portador das Sombras! — exclamou Sra. Yumi, apertando o cajado com força.
O Portador das Sombras estendeu a mão em direção ao medalhão no pescoço de Haru, como se fosse atraído por ele. Haru sentiu uma onda de calor e frio ao mesmo tempo, como se algo estivesse tentando invadir sua mente.
— Não... vou... ceder! — gritou ele, segurando o medalhão com força.
Kael ergueu as mãos, conjurando um círculo mágico ao redor do Portador, tentando prendê-lo.
— Isso deve segurá-lo por um tempo, mas precisamos atacar juntos!
Todos se posicionaram, unindo suas forças. Aiko lançou runas explosivas em direção à criatura, enquanto Ren e Taru atacavam suas extremidades, tentando limitá-la. Sra. Yumi canalizou uma onda de luz para enfraquecer a escuridão ao redor dela.
Haru avançou para o golpe final, mas algo inesperado aconteceu. O Portador das Sombras falou, sua voz ecoando como um trovão:
— Vocês são os escolhidos... mas não compreendem o preço.
O medalhão no peito de Haru brilhou mais uma vez, e ele sentiu como se estivesse sendo puxado para outro lugar. Uma visão tomou conta de sua mente — um campo devastado, o céu dividido entre luz e escuridão, e sete figuras lutando desesperadamente contra um inimigo desconhecido.
De volta à batalha, Haru hesitou por um segundo, e a criatura aproveitou a abertura, atacando com uma explosão de sombras que jogou todos para trás.
Mira gritou:
— Haru, você viu, não é? O futuro...
Haru se levantou, ofegante, encarando a criatura que parecia mais forte a cada segundo.
— Sim, e precisamos impedir que isso aconteça.
O grupo, ferido mas determinado, se preparou para a próxima investida. Eles sabiam que a batalha estava longe do fim, e que o segredo do Guardião Perdido era a chave para vencer.
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Atualizado até capítulo 83
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